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Blu-ray | Blade Runner, O Caçador de Andróides – Edição Comemorativa do 30º Aniversário

Distribuição: Warner
Duração: 110 min/107 min
Discos: 3
Embalagem: Amaray
Luva: Sim
Preço: Indisponível

Vídeo

Razão de aspecto: 2.40:1
Resolução: 1080p
Codec: MPEG-4 AVC (21.02 Mbps)

Áudio

Inglês: Dolby TrueHD 7.1 (48kHz, 24-bit)
Espanhol: Dolby Digital 5.1 (448 kbps)
Português: Dolby Digital 5.1 (640 kbps)

ANÁLISE

DISCO 01

O Filme – A Versão Final (2007)

★ ★ ★ ★ ★

Na versão preferida de Ridley Scott (um remaster da versão do diretor, com alguns toques de caixa), Blade Runner: O Caçador de Andróides é o impecável casamento entre ficção científica e film noir, que com tamanho apuro técnico, narrativo e cinematográfico, acaba rendendo uma obra que pode muito bem destacar-se como um dos melhores exemplares de ambos os gêneros. Representa um marco para setores como direção de arte, efeitos especiais e fotografia, naquele que inquestionavelmente é um dos filmes mais belos e requintados já feitos, onde o estilo ultra cuidadoso complementa uma história simples, mas poderosa e repleta de significado. Um clássico que merece ser visto e revisto, para que nenhum momento seja perdido… Como lágrimas na chuva. Crítica

Comentário em áudio de Ridley Scott

★ ★ ★ ★ ★

Aqui temos o comentário em áudio do diretor Ridley Scott, que analisa as mudanças da Versão Final e também traz algumas histórias divertidas sobre a produção – que podem ser vistas com mais detalhes no documentário gigantesco do segundo disco, mas chegaremos a ele. Ótima faixa, principalmente por ouvir as diversas referências artísticas para a criação do mundo visual de Blade Runner. Infelizmente, nenhum tipo de legenda é disponibilizado.

Comentário em áudio do produtor executivo/roteirista Hampton Fancher, roteirista David Peoples, produtor Michael Deeley e produtora executiva Katherine Haber

★ ★ ★ ★ ★

Em uma faixa bem centrada na produção e nas ideias do longa, temos a presença dos dois roteiristas e dois produtores do filme. Deeley e Haber oferecem alguns insights mais administrativos, como os problemas no orçamento e a expectativa acerca do lançamento, enquanto Fancher e Peoples (juntos) falam sobre as diferentes ideias do roteiro, suas contribuições e também as mudanças feitas por Ridley Scott – especialmente na questão do unicórnio. Infelizmente, também não há legendas disponíveis.

Comentário em áudio do designer futurista Syd Mead, design de produção Lawrence G. Paull, diretor de arte David L. Snyder e os supervisores de efeitos especiais fotográficos Douglas Trumbull, Richard Yuricich e David Dryer

★ ★ ★ ★ 

Essa é pros fãs HARDCORE de Blade Runner, e também aos interessados em artes plásticas e design. Representantes das principais áreas técnicas do filme se reunem para abordar pontos muito específicos da produção, em especial as miniaturas que imaginavam uma Los Angeles futurista, o design das ruas superlotadas e dominadas por propagandas asiáticas e todos os demais elementos que tornam O Caçador de Androides essa verdadeira obra-prima em sentidos plásticos. Fechando a trilogia da tristeza, também não temos legendas disponíveis.

DISCO 02

O Filme – Versão Original do Cinema (1982)

★ ★ ★ ★ ½

Aqui temos a primeira das versões alternativas que a edição nos trás. Nada mais justo do que começar com a versão original do filme, exibida nos cinemas em 1982. Os fãs devotos certamente a conhecem pela famosa narração do personagem de Harrison Ford, considerada pela grande maioria do público como um recurso pobre e inútil à história (Scott, Ford e parte da equipe assumem essa posição), mas que também exacerba a aproximação da obra com o cinema noir. Além disso, temos também o infame “final feliz” onde Deckard e Rachael têm um destino mais otimista, além de não haver uma forte sugestão da real natureza do protagonista – que pode ou não ser um Replicante.

O Filme – Versão Internacional do Cinema (1982)

★ ★ ★ ★ ½

É basicamente a mesmíssima versão lançada nos cinemas americanos, com a diferença que algumas cenas trazem detalhes mais violentos; como a luta entre Pris e Deckard, a morte de Tyrell ganhando um enfoque mais sangrento e o doloroso momento em que Roy Batty enfia um prego na palma de sua mão. Temos o voice over, o final feliz e os mesmos cortes da versão americana. Não há legendas em português disponíveis.

O Filme – Versão do Diretor (1991)

★ ★ ★ ★ ★

Foi aqui que Ridley Scott finalmente pôde enfim ter o filme do jeito que imaginara originalmente. Remontado a partir de instruções do próprio, a Versão do Diretor aprofunda a dúvida sobre Deckard ser um Replicante, livra-se da intrusiva narração em voice over e também do final feliz que nunca agradou ninguém da equipe. A melhor versão do filme, até a edição definitiva lançada em 2007, que trouxe apenas algumas modificações sutis. Crítica

DISCO 03

Dias Perigosos – O Making of de Blade Runner

★ ★ ★ ★ ★

Existem extras e existem os extras de Charles de Lauzirika. O mesmo responsável pelos fabulosos documentários sobre cada um dos filmes da franquia Alien, o documentarista traz seu mesmo olhar incisivo e exploratório sobre os bastidores de Blade Runner: O Caçador de Andróides, usando sabiamente o título provisório da produção: Dias Perigosos, que cai como uma luva para a conturbada produção do clássico de Ridley Scott. Chegando a 3h30 de duração, o documentário é dividido em 10 segmentos que exploram desde a concepção da ideia vinda do conto de Philip K. Dick, a adaptação feita por Hampton Fletcher, a entrada de Ridley Scott e os diversos problemas de filmagem até os revolucionários efeitos especiais, as diferentes versões do filme e a recepção mista durante seu lançamento. Temos entrevistas com praticamente todos os membros da equipe, de elenco até técnicos de iluminação, e é maravilhoso ver como nenhum deles coloca panos quentes: há diversas críticas, relatos de discussões e muita dor de cabeça. Absolutamente fascinante e obrigatório para todos os interessados no longo processo de criação de um filme.

Versão Rara da Cópia Não Finalizada (Workprint)

★ ★ ★ ★ ★

Esta é praticamente a gênese de todas as versões diferentes que Blade Runner vira a gerar. Vazada no início da década 90, a cópia batizada de Workprint apresentava uma versão diferente daquela vista nos cinemas, sem a narração em voice over e com outros elementos que viriam a ser resgatados na Versão do Diretor e Versão Final. Essa foi a versão usada para testes de público, e cuja rejeição acabou forçando a Warner a trazer elementos como a narração e o final feliz. É uma bela relíquia para os fãs devotos.

Galeria de Imagens

★ ★ ★ ★ ★

Nunca antes uma galeria de imagens foi tão épica! Nada menos do que 1.000 imagens de Blade Runner, entre fotos dos bastidores, stills e material promocional. Maravilhoso!

Conclusão

Não há uma quantidade tão grande extras nesta edição de Blade Runner, O Caçador de Androides, mas o que há, é simplesmente irretocável. Além dos comentários em áudio e do valioso arquivo de imagens e versões alternativas, o documentário Dias Perigosos é tudo o que algum cinéfilo poderia querer de um extra. Só a presença dele torna esta edição indispensável.

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Publicado por Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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