Informações técnicas
Distribuição: Disney
Duração: 133 min
Discos: 2
Embalagem: Steelbook
Luva: Não
Preço: R$ 99,90
Vídeo
Razão de aspecto: 2.40:1
Resolução: 1080p
Codec: MPEG-4 AVC (30.04 Mbps)
Áudio
Inglês: DTS-HD Master Audio 7.1 (48kHz, 24-bit)
Português: Dolby Digital 5.1 (448 kbps)
Espanhol: Dolby Digital 5.1 (448 kbps)
DISCO 01
O Filme
★ ★ ★ ★
O primeiro filme derivado da saga, Rogue One: Uma História Star Wars é uma experiência única por nos oferecer uma história isolada dentro da franquia. Centrando-se num grupo de personagens descartáveis – em ambos os sentidos, para bem ou para mal – e que tem o propósito de embarcar em uma missão praticamente suicida, temos a oportunidade de ver o primeiro filme verdadeiramente de guerra ambientado nessa galáxia muito distante, com Gareth Edwards sendo muito eficiente em recriar o mundo da trilogia original e povoá-lo com cenas de ação espetaculares e enriquecer ainda mais o canône cinematográfico da saga. Crítica
DISCO 02
A Ideia de Rogue One
★ ★ ★ ½
Aqui temos a gênese de Rogue One, e também do projeto de Kathleen Kennedy para iniciar a linha Uma História Star Wars, filmes com visões fortes de seus diretores e que destaquem-se do restante da franquia ao abordar novos gêneros e estilos. Vemos como a ideia de um filme de heist/Segunda Guerra evoluiu seu conceito para o que acabamos vendo no filme, assim como a entrada de um apaixonado Gareth Edwards para comandar o projeto. Um bom featurette, ainda que romantizado demais.
Jyn: A Rebelde
★ ★ ★
Iniciando a série de featurettes sobre os personagens, temos nossa série de informações sobre Jyn Erson, protagonista de Rogue One e a nova grande força feminina da saga. Vemos os produtores falarem sobre seu background, o que a difere de outros personagens da saga e muitos insights com Felicity Jones sobre os desafios de viver a personagem – principalmente os físicos durante as muitas cenas de ação, mas nota-se a empolgação da atriz.
Cassian: O Espião
★ ★ ★ ½
O soldado da Aliança Rebelde, Cassian Endor é o foco deste curtíssimo featurette. Vemos aqui Diego Luna falando sobre sua composição para o personagem, em especial quanto ao aspecto naturalista e pacato de Cassian, explicando como o personagem o lembrava de alguns de seus amigos e que buscou essa característica para o anti-herói. Luna e os produtores também expressam sua felicidade em ter um ator latino dando vida a um personagem central, dada a quantidade de fãs de Star Wars no México e no mundo.
K-2S0: O Droide
★ ★ ★ ½
Um dos grandes destaques de Rogue One fica com o sarcástico K-2SO, e aqui vemos como a equipe de design e criação novamente recorreu ao caderninho da lenda Ralph McQuarrie para criar seu visual. Descrito como um “C-3PO” tático e agressivo, o ator Alan Tudyk fala sobre os diversos elementos que tornam seu personagem diferente de todos os outros droides da saga, como seu humor e livre arbítrio, além de compartilhar divertidas histórias do set sobre seu visual embaraçoso, que exigia uma “tampa” na cabeça e saltos nada confortáveis para que a equipe pudesse ter noção da altura do andróide.
Baze & Chirrut: Guardiões de Whills
★ ★ ★ ★
Centrado nos dois astros chineses da produção, Donnie Yen e Jiang Wen, o featurette nos explica o contexto e relação entre Baze Malbus e Chirrut Îmwe. Os produtores e roteiristas falam sobre as diferentes filosofias de cada um e mergulham em suas jornadas, especialmente ao analisar a visão religiosa de Chrriut da Força (com o termo a Força dos Outros sendo resgatado de uma das anotações do roteiro de George Lucas em 1977) e ver como os dois atores contribuiram para o processo; veio de Yen a ideia de Chirrut ser cego, por exemplo. Há também todo um segmento para que a equipe fique maravilhada com a incrível coreografia de Yen durante suas cenas de luta.
Bodhi & Saw: O Piloto & o Revolucionário
★ ★ ★ ★
Dois dos personagens com menor tempo de cena do filme, mas que certamente deixaram uma marca graças às ótimas performances de seus respectivos intérpretes. Primeiro, vemos sobre o piloto Bodhi Rook de Riz Ahmed, com destaque para a empolgação do jovem ator em fazer parte do filme e sua hilária obsessão, que o levou a literalmente “spammar” a caixa de email de Gareth Edwards com vídeos do ator experimentando diferentes entonações e estilos para seu personagem. Já o Saw Gerrera de Forest Whitaker tem sua origem explicada como um personagem saído diretamente de Clone Wars (criado, inclusive, por George Lucas) e como o ator e a equipe moldaram sua postura de guerrilheiro, enquanto Whitaker afirma tomar “decisões ousadas” quanto à fala e o andar de Saw. Com certeza, é o melhor sotaque da galáxia.
O Império
★ ★ ★ ★ ★
Então chegamos ao grande núcleo antagonista do filme, com Edwards frisando sua intenção em criar personagens que caíssem em tons de cinza, evitando maniqueísmos típicos do gênero. Isso se deve muito ao Galen Erso de Mads Mikkelsen, cientista imperial que o ator define como uma espécie de Oppenheimer, enquanto os roteiristas debatem o drama paternal entre os Erso. Então, passamos para a personalidade explosiva e complexa do Diretor Krennic, que Ben Mendehlson intepreta como um empresário ambicioso e cheio de paixão; ainda que não tenhamos nem uma vírgula sobre sua capa branca. Sobre os grandes retornos, temos Guy Henry brevemente fala sobre seu desafio imenso de recriar a performance de Peter Cushing como Grand Moff Tarkin e uma seção toda dedicada à presença sobrenatural de Darth Vader no set, onde é possível sentir a empolgação e reverência de toda a equipe diante de uma figura tão icônica.
Visões de Esperança: O Visual de Rogue One
★ ★ ★ ★
Novamente, somos levados de volta às influências de Ralph McQuarrie e George Lucas na criação do visual do filme. O conceito era recriar o mundo da trilogia original e o visual de Uma Nova Esperança, com a ideia de inserir elementos e personagens que nunca havíamos visto ali antes, mas que definitivamente são pertencentes daquele universos. Vemos a concepção de naves, criatures e cenários, com o habitual entusiasmo da equipe mais jovem em ver os ícones da saga caminhando pelo set. Seguindo essa linha, vemos como os designers elaboraram o conceito dos Death Troopers, chamando-os de “Equipe SEAL 6 dos Stormtroopers”, assim como a pesquisa de locações para cada novo planeta da saga.
A Princesa & O Governador
★ ★ ★ ★
A questão mais polêmica envolvendo o filme é a recriação digital das performances de Peter Cushing e Carrie Fisher em Uma Nova Esperança, com o governador do Império sendo um desafio particularmente maior, dada sua presença na trama e o fato de apresentar diversos diálogos. Vemos como a equipe de efeitos visuais aceitou a tarefa de renderizar rostos humanos fotorrealistas, contando com grande trabalho de seus esforçados dublês e do departamento de maquiagem. Felizmente, pouco se fala sobre o CGI pavoroso da Princesa Leia rejuvenescida.
Epílogo: A História Continua
★ ★ ★ ½
Encerramento do grande documentário dividido, vemos a premiere de Rogue One em Los Angeles, sendo divertido ver a reação entusiasmada de Gareth Edwards, Kathleen Kennedy e todo o elenco da produção. Além disso, é bonito ver uma grande variedade de fãs de diversas etnias e gêneros felizes pelo fato de este ser o Star Wars com elenco mais diverso de toda a saga.
As Conexões em Rogue One
★ ★ ★ ★ ★
Um dos melhores extras do disco, temos aqui um narrador pegando diversos pontos chave da trama onde temos easter eggs e referências aos filmes anteriores, desde a aparição de C-3PO e R2-D2 até pequenos objetos e inscrições em paredes, além de revelar cameos de Gareth Edwards e Rian Johnson. Divertidíssimo
Conclusão
O material extra de Rogue One: Uma História Star Wars oferece um tratamento bem padrão e eficiente, com featurettes de duração média razoável que são centrados nos personagens e no aspecto visual do filme. Porém, é extremamente decepcionante ver a Disney acovardando-se em explorar as polêmicas refilmagens do filme, que praticamente construíram um novo terceiro ato e mudaram completamente o final, e o fato de não termos nem ao menos menção delas revela que foi um processo problemático. Também é decepcionante encontrar quase nada sobre outros aspectos técnicos do filme, como os efeitos visuais das batalhas espaciais ou Michael Giacchino falando sobre a trilha sonora; pela primeira vez não sendo composta por John Williams. Muitas oportunidades perdidas, mas no geral é um material competente.