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Crítica | The Amazing Spider-Man

O Homem-Aranha com certeza já deve ter aparecido em algum momento da sua vida através de quadrinhos, filmes, animações, camisas e claro nos seus diversos jogos eletrônicos. No ano 2000 saia o jogo mais espetacular do “aracnídeo” para a plataforma Playstation 1 e Nintendo 64 usando a mesma engine da série Tony Hawk Pro Skater considerada naquela época a melhor para demonstrar a realidade no mundo dos games.

Outro bom ano para os jogos do Homem-Aranha foi em 2005 com “Ultimate Spider-Man” lançado para todas as plataformas dando agora a liberdade de sair andando e explorando toda a cidade de Manhattan com seus poderes. Por final, chegamos em 2012 e o jogo ”The Amazing Spider-Man” é lançado para a geração Xbox360 e PS3 e como dizia um bom personagem de outro jogo chamado Nathan Spencer ”é aqui que nossa história começa”.

Logo ao iniciar o jogo e pular os logos das empresas somos presenteados com uma introdução falando e explicando sobre a Oscorp e sobre os projetos de nano robôs, sendo uma das novas maravilhas do mundo moderno tanto para uso medicinal como usos de lazer e familiares, um total projeto de marketing da Oscorp. Vale lembrar que o jogo é uma continuação do filme de mesmo nome, por isso eles tentam fundir esses 2 aspectos em um elemento só. Com esse conhecimento sobre a Oscorp em mão, podemos começar a entender melhor o enredo e as consequências da história do jogo.

A história em si não é muito chamativa, muito menos a trilha que essa história segue. Na trama o personagem Allistar Smythe está secretamente utilizando os experimentos do Dr.Connors para criar seres transgênicos dentro da Oscorp, um tipo de ser metade homem e metade animal. Porém tudo dá errado quando os transgênicos saem de controle e escapam do laboratório da Oscorp liberando um vírus fatal na cidade e infectando todos os cidadãos de Manhattan. Agora cabe ao Homem-Aranha deter todos os transgénicos, conseguir uma cura para o vírus, deter os robôs gigantes de Allistar e como sempre, livrar seu nome dessa encrenca toda.

 

The Amazing Spider-Man tem um ótimo trabalho gráfico e detalhes magníficos, ao explorar a cidade podemos notar a iluminação nos prédios e reflexos de luz em espelhos, a água bem nítida e realista dos parques e a roupa, bem-feita e modelada, que nosso herói utiliza. Um detalhe interessante de mencionar é o desgaste da roupa conforme vamos jogando, demonstrando rasgos e machucados em todo o corpo do personagem.

O trabalho foi tão bem feito no uniforme que é capaz de notar cada detalhe do material usado na roupa. O sistema de período do dia para a noite também ajuda muito nos gráficos do jogo, tendo uma cidade mais iluminada e viva a noite, com luzes de apartamentos ligados e carros com faróis acesos.

Uma das coisas bem decepcionantes são as expressões e emoção que os personagens tentam passar não só para o jogador como para outros personagens secundários encontrados no modo história. Não existem rostos alegres, tristes ou nervosos, apenas um diálogo robótico e expressões neutras de qualquer tipo de evento que esteja acontecendo na cidade. Isso faz com que o jogador não se preocupe muito com os personagens ou suas ações feitas na cidade, dando um altíssimo grau de desafeto e sendo um elemento muito mal explorado no jogo.

Em The Amazing Spider-Man temos ao todo 12 capítulos, cada capítulo varia de 30 a 50 minutos, dentro de cada missão existem dois tipos de coletáveis, os quadrinhos que são apenas revistinhas que flutuam em algum local escondido da fase e as caixas de som, que revelam alguns acontecimentos sobre personagens e dos inimigos que nosso herói irá enfrentar, para aqueles que querem fazer 100% de todos os capítulos é melhor explorar bem e ficar com os olhos bem atentos nesses coletáveis.

A jogabilidade é bem fluida e fácil de se adaptar, os combos são bem desenvolvidos e animados e o sistema de combate bem moldado. Podemos sentir que o herói de fato está batendo em seu inimigo. Também é possível sentir a esquiva apertando o botão certo na hora correta e o aumento de velocidade dos combos conforme o personagem continua batendo, no mesmo estilo que a série Batman oferece em seus jogos, vale ressaltar que não existe uma barra de vida dentro do jogo e para se recuperar o herói deve estar parado fora de combate, o uso da teia é ilimitado e muito bem vindo no modo stealth onde nosso herói deve nocautear os inimigos de uma forma sorrateira e também para interagir com objetos ao redor do cenário, graças a essas duas mecânicas os combos misturando golpes padrões e teia dão um charme e uma melhora no combate do herói.

Falando mais um pouco de suas habilidades, o jogador irá reparar que existem 2 tipos de árvores de habilidades. A primeira é quando o herói passa de nível automaticamente conseguindo uma quantidade de pontos de experiência defendendo inimigos e fazendo ações pela cidade. Já a outra tem o nome de “Tech Skills” que cuidam da parte de evolução da teia, resistência do uniforme a tiros e golpes e velocidade de sua habilidade “Web-Rush”, para conseguir esses pontos nosso herói deve achar algumas caixas mecânicas ou derrotar diversos robôs que lhe darão peças.

The Amazing Spider-Man tem diversos tipos de side-quests ao decorrer do jogo. Prepare-se para pegar 700 quadrinhos espalhados pela cidade, levar os infectados aos hospitais mais próximos, combater quadrilha de inimigos, salvar civis de crimes e entre muitos outros que dão uma tremenda vida ao jogo e um desafio até divertido para abrir as conquistas e extras especiais que o jogo oferece. Completando essas quests o jogador poderá liberar os primeiros volumes das histórias em quadrinhos do Homem-Aranha, uniformes especiais como a “Black Suit” e a “Foundation Future suit”, concept-arts mostrando o antes e depois dos cenários feitos e biografias dos personagens e suas histórias e papéis no jogo. Não é de negar que o esforço feito para adquirir essas recompensas é gratificante e valendo a pena perder um tempo dando uma atenção especial a essas side-quests.

Os inimigos em The Amazing Spider-Man também devem ser mencionados com uma atenção especial. Existem diversos inimigos presentes na cidade, os próprios transgênicos como Rhino e Scorpion, os cidadãos infectados, bandidos normais ou armados até o dente, robôs e claro os próprios chefes gigantescos que tentam acabar com a graça do nosso ”aracnídeo”. Também vale lembrar que para fazer 100% do game é necessário fotografar todos os inimigos que o jogador já enfrentou e registrar as fotos em seu save.

Podemos falar que The Amazing Spider-Man é um bom jogo apenas, tanto suas missões principais como side-quests acabam enjoando e deixando o jogador entediado. O port porco recebido para a versão de computador não colabora ao fazer o game fechar o executável a cada 40 minutos. O jogo acerta muito bem nos gráficos e nos extras explorando a cidade, mas também peca com expressões faciais dos personagens. O que nos motiva continuar jogando é a curiosidade de chegar no final e descobrir como essa história acaba depois de tanto esforço levando em torno de 15 a 18 horas para finalizar o game.

Redação Bastidores

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