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Crítica | ANTI – Rihanna

Após o lançamento do single Work em parceria com o cantor Drake, a barbadiana Rihanna fez com que os fãs criassem grande expectativa para o lançamento do seu oitavo álbum, ANTI. Já era de esperar essa grande ansiedade de quem acompanha a cantora. Depois de quatro anos de espera logo em seguida de um lançamento por ano até 2012, seu novo projeto chegou para não decepcionar ninguém.

Rihanna optou por deixar o estilo de música comercial de lado e quebrar o padrão, adotando seu estilo próprio nas músicas. Ficou claro para seu público que a escolha de batidas mais fortes e marcantes mostra exatamente quem a cantora é e de onde ela veio.

Passando as faixas, conseguimos sentir a voz da cantora e imaginá-la em cada situação tratada nas músicas. Com uma mistura de seu estilo sexy e despojado, as músicas passam a sensação de um cenário mais sóbrio. A emoção que Rihanna quis passar para suas músicas ficou, com toda certeza, bem claro. O uso de arranjos bem harmonizados com sua voz e os diferentes instrumentos utilizados fazem de ANTI um dos melhores discos dela, se não o melhor e mais autêntico.

O álbum conta 13 faixas que fazem o público lembrar quem é Rihanna e de onde ela vem. Consideration e Work são exemplos dessas faixas. Com participação de SZA, Consideration mostra muito o sotaque da cantora e traz uma batida típica das músicas de Barbados, coisa que a cantora vem trazendo muito para seus últimos grandes sucessos.

https://www.youtube.com/watch?v=49lY0HqqUVc)

Como terceira faixa vem James Joint, o primeiro interlúdio do álbum. Com duração de um minuto e 12 segundos a música é uma ação de marketing para sua própria linha de cannabis, lançada no ano passado. Logo em seguida temos Kiss It Better  que acompanha o ritmo mais calmo do interlúdio, sem chamar muita atenção para a batida ou instrumentos diferentes que são destaques em outras. Seu diferencial é a música pouco politicamente correta, mas com ritmo envolvente e melodia maravilhosamente montada onde a cantora faz com que seja a produção mais sexy de ANTI.

A quarta faixa traz o hit que estourou em muitas pistas no início do ano. O dueto de Drake e Rihanna, Work, segue grudando na cabeça das pessoas com seu refrão característico, onde a cantora utiliza do dialeto barbadiano na sua composição.

Com atenção voltada para o baixo em perfeita harmonia com a voz de Rihanna, Desperado faz lembrar uma cidade vazia do velho oeste. O discurso de fugir com o bandido e a maneira minimalista que a música foi construída não passa a imagem de assustar quem está tomando a decisão de fugir com um criminoso, e sim de plena consciência de que entrará para esse mundo também.

O dueto de Travis Scott e Rihanna na faixa Woo traz apenas três notas em sua composição, que faz referência a uma viagem louca com uso de entorpecentes. Seus três minutos e 55 segundos repetitivos não a tornam tão cansativa, pois sua batida e os recursos usados para distorcer as vozes fazem com que você entre na viagem que a cantora está.

Em Needed Me  percebemos a aproximação da cantora cada vez mais com o rap e o hip hop. Não podendo ser interpretada por outra pessoa, a letra traz uma história cheia de palavrões onde ela deixa claro para um homem que se apaixonou por ela que não quer se envolver de maneira alguma e está bem sozinha. A batida lenta, sensual e poderosa faz com que seja uma das melhores músicas do CD e da cantora.

Para não perder o ritmo sensual, o segundo interlúdio Yeah I Said It tem como um dos produtores o cantor/produtor Timbaland, que já trabalhou com a cantora em Rehab e um remix oficial de Stay.

O interlúdio nos leva até Same Ol’ Mistakes, cover fiel e maravilhoso da banda Tame Impala, produzida por Kevin Parker. A faixa foi deliciosamente produzida com cuidado nos mínimos detalhes para ser completamente fiel a original, dando destaque ao estilo de música Pop psicodélico e Neopsicodélia, que quebrou o clima escuro e pesado do álbum para dar um ar psicodélico e leve. A música original foi lançada em junho de 2015, com o sétimo disco da banda australiana.  

https://www.youtube.com/watch?v=qjWs-lVa8Oc

Never Ending trouxe voz ao violão e ao ritmo mais calmo, dando uma desacelerada das batidas fortes de hip hop e rap, até então destaques do disco. A melodia compassada e leve dá destaque na voz de Rihanna, se diferenciando até mesmo de outras músicas mais lentas da cantora, como Stay e Cry.

Na sequência, Love On The Brain surge com um ritmo muito impactante de R&B e Soul, que lembra músicas interpretadas por Beyoncé e Adele. A belíssima canção faz parte da lista de músicas “fora do comum” dessa nova era da cantora, onde ela coloca todo seu coração e cordas vocais. A segunda música mais romântica e sentida do álbum, perdendo para a faixa final do disco, Close To You, nos leva a pensar junto da cantora em amores complicados.

Higher vem como o terceiro interlúdio no CD, mostrando dois minutos de Blues e Soul, fazendo sequencia a música anterior. Ela nos liga para a última e mais melódica música de ANTI. Close To You mostra o lado apaixonado e com pouca esperança para o amor, finalizando o CD quebrando o coração dos fãs que já tiveram algum tipo de desilusão amorosa.

A versão Deluxe do CD ainda conta com mais duas faixas exclusivas, Sex With Me e Pose, que mantém o estilo que Rihanna adotou para o seu oitava projeto, e o interlúdio Goodnight Gotham.

NOTAS

  1. Consideration– 3,5
  2. James Joint– 2,5
  3. Kiss it Better– 4
  4. Work (Feat. Drake)– 3,5
  5. Desperado– 4
  6. Woo– 3
  7. Needed Me– 5
  8. Yeah, I said it– 4
  9. Same Ol’ Mistakes– 5
  10. Never Ending– 3
  11. Love On The Brain– 5
  12. Higher– 2,5
  13. Close To You– 4
  14. Goodnight Gotham (Deluxe Bonus)– 3,5
  15. Pose (Deluxe Bonus)– 4,5
  16. Sex with Me (Deluxe Bonus)– 4,5

Melhores músicas: Love On The Brain e Needed Me

Piores músicas: Woo e Work

A preferida: Same Ol Mistakes

Redação Bastidores

Publicado por Redação Bastidores

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