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Crítica | Dark Souls 2

A continuação de uma das séries mais aclamadas do gênero finalmente estava de volta para as mãos daqueles que amam um bom desafio, Dark Souls 2, lançado em 2014 para todas as plataformas despertou e chamou a atenção daqueles que nunca haviam jogado ou que já acompanhavam a saga Souls. Porém Dark Souls 2 teve inúmeros problemas com sua base de fãs, julgando ter sido um jogo fraco e exagerado comparado aos seus antecessores e também pela perda do diretor Hidetaka Miyazaki responsável pela criação dos últimos títulos da franquia e que, naquele momento, estava trabalhando em Bloodborne, exclusivo para Playstation 4

Em Dark Souls 2 somos apresentados a uma nova região chamado Drangleic. A trama se situa após vários anos depois dos eventos anteriores do primeiro jogo, porém, com objetivos similares e até mesmo na história do game antecessor: ser o escolhido para trazer luz ou trevas ao mundo. Nisso, infelizmente o segundo game acabou encarado como uma grande cópia, já que a história, quase que inteira, fora reciclada.

As mudanças de interface e dos menus dentro de Dark Souls 2 ficaram muito mais nítidas e fáceis para se navegar com explicações melhores sobre o personagem, itens, armaduras e também sobre os atributos para montar e evoluir seu char. Com essas atualizações, selecionar itens no inventário ficou muito mais intuitivo, assim como configurar corretamente os pontos de habilidade de seu personagem.

A jogabilidade de Dark Souls 2 ficou bem diferente em relação ao primeiro jogo da franquia onde tínhamos um ritmo bem mais lento em seus ataques e principalmente nas esquivas como rolar ou avançar. Aqui, tudo é muito mais rápido e dinâmico podendo assim atacar e desviar de um inimigo qualquer com maior precisão. Também vale ressaltar a criação de um novo estilo de combate chamado ”modo instância” no qual é possível usar sua arma principal normalmente, mas com a força e dano de duas armas ao mesmo tempo – muito útil para matar chefes e inimigos mais resistentes.

Os gráficos de Dark Souls 2 estão realmente bonitos e isso é um excelente ponto para esse jogo. Logo de início, ao chegar no primeiro ponto principal da região de Drangleic, somos presenteados com a beleza de Majula e seu pôr do sol fantástico. Mais para frente podemos ver o castelo de Drangleic em uma tempestade toda detalhada com seus desenhos brancos. De fato, o poder gráfico que o game contém é incrível e merece seu devido valor, não só nos cenários, mas como também nas armaduras, reflexos, detalhes das armas e nos chefes presentes no jogo.

E por falar em chefes, Dark Souls 2 tem uma enorme variedade deles. Encontrados ao redor da região de Drangleic, são ao todo 41 chefes contando juntos com as 3 DLCs lançadas para o jogo. Muitos deles não são difíceis de serem vencidos, o que acabou abalando negativamente os fãs. A dificuldade praticamente sumiu e desses 41 chefes provavelmente apenas três são realmente complicados de se vencer. Vale ressaltar também a ajuda de players ou dos próprios NPCs que estão à espera para serem invocados e lhe ajudar nas batalhas que forem necessárias.

Uma outra mudança incômoda de Dark Souls 2 é a forma de penalidade quando o personagem principal morre. Nos títulos anteriores, o personagem principal perdia sua humanidade e se tornava uma espécie de morto-vivo tendo seus ataques um pouco mais enfraquecidos e perdendo diretamente 50% de sua vida e das almas que o jogador tinha coletado ao decorrer do jogo. A única forma de voltar a ser um humano novamente era coletar o item ”humanidade” e ativá-la nas fogueiras espalhadas pelo mundo.

Já em Dark Souls 2 a penalidade é bem menos rígida, fazendo seu personagem ser um morto-vivo porem perdendo em 10%, gradativamente, a cada morte e não alterando sua força de combate, para voltar a ser humano basta usar o item “Efige Humana” em qualquer local que o personagem estiver. Facilitando ainda mais a vida do jogador, mesmo que seu personagem não tenha ou encontre esse item, existe um santuário que ao rezar automaticamente lhe faz voltar a ser humano. Ser hollow nesse jogo se torna praticamente um modo offline apenas te impedindo de sumonar aliados e não colocando nenhum tipo de problema para o jogador solucionar e continuar sua aventura.

A “Estus Flask” item comum para se recuperar vida também teve uma mudança extremamente radical e passou a ser bem menos usada em Dark Souls 2 sendo substituída quase de imediato pelo item “joia da vida” que pode ser adquirido comprando de um NPC em Majula lhe dando um estoque ilimitado de regeneração de vida e dificultando bem mais as chances de você morrer.

Não podemos encerrar sem comentar das 3 DLCs que se encontram no jogo. Todas dão uma boa vida extra e um verdadeiro desafio ao game. Em cada uma delas existe um item especifico para ser resgatado que são as antigas “coroas” dos reis caídos. Felizmente, as DLCs contam com chefes difíceis de se combater – o visual deles é fantástico,valendo a pena cada segundo de prestígio às expansões.  A trilha musical é incrível! Confere um clima épico e perfeito para o combate. Na verdade, a melhor coisa que Dark Souls 2 possui, são as suas incríveis DLCs.

Dark Souls 2 sem dúvida é de fato um jogo que tem sua beleza e merece ser jogado e apreciado sim, mas as mudanças radicais que o jogo sofreu afastou muito dos fãs que adoravam a dificuldade e desafios que a série Souls trazia. As dlcs e seus gráficos fortes foram a grande salvação para que o jogo não fosse por água abaixo. Concluo com as palavras do próprio Hidetaka Miyazaki, supervisor do game:  “Dark Souls 2 é um jogo incompleto”.

Redação Bastidores

Publicado por Redação Bastidores

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