Obs: contém spoilers. Texto longo.
Eu juro solenemente não fazer nada de bom
A audácia marcou a produção do terceiro episódio da franquia Harry Potter nos cinemas. Rowling conquistou o mundo literário em 1997. Não pouco depois, em 2001, conquistaria os cinemas e uma geração inteira de fãs, além de calcar um novo modelo de negócios copiado até hoje sem um substituto digno da qualidade cinematográfica da cinessérie.
O amadurecimento, enfim, deu as caras na saga do bruxo mais amado do cinema. Depois de dois ótimos filmes, o anúncio da saída de Columbus da direção pode ter deixado alguns um tanto aflitos, pois em 2004, Alfonso Cuarón não era um nome muito conhecido tendo trabalhado apenas em um projeto infantil, A Princesinha.
Entretanto, a escolha da Warner pelo mexicano não poderia ser mais acertada. O cara entregou o melhor filme Harry Potter que temos até agora e terei o prazer de lhes explicar o porquê. Então se acomode, fique tranquilo e prepare-se para uma boa leitura, afinal é um privilégio discorrer sobre um filme tão inteligente como este.
Tempos de mudança
Harry está com 13 anos, morando com os destetáveis Dursley. Sua rotina fugaz sofre uma reviravolta com a chegada de tia Guida, uma senhora mais desprezível que toda a família-trouxa aglomerada em um espaço apertado, com fome, sono e sob um calor escaldante.
Em mais uma discussão acalorada sobre a memória de seus pais, Harry acaba inflando a tia Guida, a condenando à uma vida flutuante. Possuído por raiva, o adolescente abandona a casa dos Dursley e se dirige ao Caldeirão Furado – que fica em Londres, importante ressaltar. Antes de adentrar o noitibus andante, Harry observa uma figura nada amistosa se escondendo entre os arbustos, o observando.
Retomando seu contato com o mundo mágico, o jovem bruxo reencontra seus grandes amigos Rony e Hermione discutindo sobre o rato Perebas e o gatinho que o tenta caçar incessantemente. Lá, Arthur Weasley o alerto sobre a fuga de Sirius Black, o primeiro detento de Azkaban a ter conseguido fugir do local maldito e isolado. Black foi um amigo do casal Potter que vendeu a informação para Voldemort descobrir onde estavam escondidos. E sabendo da existência de Harry, Black fará de tudo para matá-lo em tributo ao Lorde das Trevas.
O clima de retorno à Hogwarts é sombrio, depressivo e implacável. Ignorando os conselhos de todos, Harry volta para a escola mágica, porém, dessa vez enfrentará perigos ainda mais ameaçadores graças à presença dos guardas desalmados de Azkaban, as criaturas chamadas de Dementadores, que possuem voraz apetite pelo espírito forte de Harry Potter. Os desafios do ano letivo nem chegarão perto ao sentimento real de ameaça que trio enfrentará no terceiro ano em Hogwarts.
O horror intransponível da adolescência
Se podemos apontar o principal discurso de Prisioneiro de Azkaban, em mais uma execução exemplar de Steve Kloves no roteiro, é sentir pela primeira vez o peso da enorme responsabilidade que recai sobre os ombros de Harry. Isso muito tem a ver com a chegada de seu 13º aniversário. A entrada pela adolescência denotada pelo número místico é algo importante para diversas culturas. Marca sim um pré e pós o ritual da fase que flerta com a idade adulta, mas que ainda corre para os pais em busca de amparo e proteção.
A mudança já é sentida por uma perturbação básica no ritual inicial dos filmes da saga. Harry combate ativamente, pela primeira vez, os abusos cometidos na casa Dursley. Ao contrário de A Pedra Filosofal e Câmara Secreta, o protagonista não se acovarda ou se resigna diante do conflito. Ele segue diretamente para o combate com a tia Guida, pouco se importando com as consequências. Antes, inapto e angustiado, esperando o resgate. Agora, movimentado, cometido pelos impulsos emocionais da adolescência como a raiva e a inconsequência.
É aí que já vemos os acertos de Alfonso Cuarón com o duro contraste entre o ambiente hostil, mas ainda seguro da casa Dursley, com as ruas mal iluminadas, úmidas, abandonadas e silenciosas. Ali vemos Harry completamente desamparado. Eis o 1º dos inúmeros choques de realidade que o protagonista tomara nesta aventura, menos mágica e mais perigosa, humana.
A questão de que esse longa trará muita movimentação já é abordada no próprio título de abertura do longa. Sob o efeito catártico do Lumus Maxima, o letreiro “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” se movimenta altivamente.
O flerte com a independência logo se arrefece no momento que chegamos ao Caldeirão Furado. Ali, se inicia outro trabalho presente no texto inteiro de Kloves, algo bem inteligente. Ao longo de toda a aventura, teremos alternâncias, quase matemáticas, entre momentos felizes e de onirismo impossível contrastando com sequências que jogam, cruel e violentamente, o protagonista para a realidade de que ele ainda é um garoto, de certa forma, amaldiçoado e, portanto, seus desafios levarão a caminhos muito tristes até a conquista do triunfo – como nós bem sabemos, isso é comprovado pelo restante dos outros filmes.
Após ser confrontado a respeito do uso de magia fora de Hogwarts (negativo), Harry reencontra seus amigos (positivo), porém, pouco depois, Arthur o puxa para uma conversa avisando que Black irá persegui-lo e mata-lo (negativo). Então retornam características do texto que novamente denotam a mudança de tom, anteriormente mágico e humorado, para esse sombrio e opressivo.
Qual melhor jeito de mostrar como Hogwarts não está segura tornando a clássica sequência da viagem do trem, um ambiente tão vivo e colorido, em uma verdadeira sequência de horror e desolação? Pois é exatamente nela que temos a introdução de duas peças-chave da narrativa: os dementadores e o Remo Lupin, o novo professor de defesa contra as artes das trevas – o cargo sempre rotaciona na saga como sugestão de que o mal é uma entidade muito poderosa a ponto de expelir sempre o patrono que, supostamente, deveria ser o porto seguro dos alunos.
A partir disso, o roteiro se assume nesse enorme vai-e-vem entre o positivo e o negativo, na lembrança que Harry estará em constante perigo, sempre. Outra sequência clássica é alterada, mais sóbria e menos feliz, apresentando um novo Dumbledore. Com a morte de Richard Harris, houve uma dor de cabeça para encontrar alguém que sustentasse o grande trabalho do britânico.
Em boa decisão, Michael Gambon entra em cena, já captando as mudanças de ares propostas por Cuarón e da exigência do texto de Kloves. Gambon encarna um Dumbledore um tanto quanto menos amistoso, mais rígido e enigmático. Novamente, outro indicador de maior independência para Harry neste terceiro ano. Mesmo assim, Gambon acerta quando o papel requer mais afeto com o trio de protagonistas.
Kloves, apesar de mais enfático no lado sombrio de seu texto, dá folga a Harry em algumas sequências que marcam o humor tão sutil do filme. Outra boa característica do filme é seu flerte com a nova disciplina, ‘Adivinhação’, marcada pela presença genial de Emma Thompson como a profa. Trelawney.
Cuarón e Kloves trabalham intensamente com diversos foreshadowings para oferecer dicas de que a narrativa brincará com o tempo, não só denotando a mudança e amadurecimento, mas sim como parte ativa para o desenrolar da trama. Muito disso marca o tom leve do filme com as constantes piadas de Rony se espantando com a presença-surpresa de Hermione em diversas classes que ela não poderia cursar, afinal batiam com o horário de outras matérias.
Essas premonições também podem ser auto-explicativas como tudo que envolve o Sinistro, Sirius Black. Outras já são mais visuais, requisitando a acuidade imagética de Cuarón como as pegadas de Harry na neve enquanto ele caminha para Hogsmeade que logo se tornam pegadas voyeur do Mapa do Maroto – outro artefato mágico que pertenceu ao pai do protagonista que retorna para suas mãos.
Com a narrativa tão poderosa em tantas coisas, o que sobra para o trato dos personagens? Muita coisa, acredite. Com Harry, muito já foi explorado no texto, sobre a crescente mudança de atitude, de pinceladas claras de isolamento, da subversão de sequências anteriormente alegres e do primeiro contato com a prospecção de um futuro mais zeloso com Sirius Black, um tutor afastado injustamente. Novamente vemos ele lidar com a dor de outros personagens como Hagrid e Lupin, além de ter o contato valioso sobre um pouco mais do passado de seus pais.
Nesse longa, Rony e Hermione são um pouco mais apagados, reforçando a sensação de isolamento proposto pelo roteiro e direção. O legal é a inversão do jogo visto em Câmara Secreta. Dessa vez é Rony quem fica acamado, permitindo maior interação entre Hermione e Harry no clímax do filme. Em tom de mudanças, quem mais se destaca é Emma Watson mostrando um lado menos correto e chorão de Hermione, levando a personagem a ser mais proativa na ação do longa.
Até mesmo com Remo Lupin, há uma bela síntese entre a boa e a má natureza do homem. Dividido entre razão e instinto, além da dor em causar morte e destruição sem intenção. Lupin sabe que é refém de si mesmo e projeta o afeto que tinha por Lily em Harry. Logo todas as cenas com os dois personagens são excelentes e profundas, com diálogos bem construídos. O tema do foreshadowing retorna com o personagem ao encarar o bicho-papão, outra sequência bem enfática sobre o contraste da descontração vs. perigo real e imediato.
Assim como tantas outras coisas, obviamente que os dementadores também possuem sua própria simbologia nítida no longa. A representação é clara: os seres malditos são a personificação do estado depressivo/deprimido de muitos personagens como Harry, Lupin, Sirius, Pettigrew, Hagrid e Bicuço. Criaturas melancólicas e esquálidas que só removeram o encantamento de um lugar encantado.
Se não esperávamos mais surpresas no texto de Prisioneiro de Azkaban, eis que Rowling e Kloves entregam uma peça de terceiro ato absolutamente fantástica: os dois clímaces da obra. O conceito de viagem no tempo encanta pela pouca burocracia que foi apresentada aqui. O mais interessante, o uso não tem a finalidade de corrigir os erros dos personagens, mas sim em realizar mais ações no mesmo período de tempo.
A graça do primeiro desfecho se dá na grande reviravolta que marca o desenvolvimento de Sirius Black. É a total subversão dos conceitos criados até então, mostrando que o antagonista nada mais é do que um injustiçado que sofreu por décadas em Azkaban. O diálogo entre Lupin, Harry, Sirius, Snape, Hermione e Rony na Casa dos Gritos é excelente por ser curto, trabalhando mais com a “mostração” das evidencias do que uma longa exposição de diálogos. Excelente ponto em fazer o espectador perder completamente seu chão assim como com Harry, afinal a visão dos dois foi muito bem manipulada em toda a história.
Com essa jogada, o roteiro resolve seus próprios deus ex machina que marcam o 1º clímax como a desistência de Lupin perseguir a dupla ou da conjuração do poderoso patrono. Outro bom conceito bastante aprazível é um trabalho de simbologia ainda mais elaborado com a libertação de Sirius, Bicuço e Harry. Os dois representam todo a esperança de liberdade que o bruxo possui, então a decapitação é traumática justamente por isso. A libertação ocorre com a conjuração do patrono, anteriormente projetado como um resquício infantil da psique de Harry ainda esperando uma ajuda conveniente (pedra filosofal, fênix e espada de Grifinória) na ressurreição do pai. É um belo momento de catarse e superação onde Harry caminha definitivamente para ser o herói de sua própria história.
O homem que mudou o Jogo
Se tudo isso que explorei é de fácil interpretação, foi porque o trabalho da direção não foi nada menos que perfeito. E realmente foi. Cuarón chutou o balde com sua direção impecável em traduzir o longa para tocar diversos espectadores de todas as idades. A escolha era uma das mais acertadas para estabelecer a adolescência dos personagens devido o talento de Cuarón em E Sua Mãe Também.
Porém, mesmo que o diretor trabalhe bem com os conceitos de amadurecimento, de fazer cada um ter seu próprio estilo usando vestes normais ou customizando os uniformes para o uso dos alunos, indicando um clima mais despojado, seu verdadeiro trabalho reside na magnifica encenação.
É muito raro encontrar qualquer sequência de Azkaban que seja completamente estática. O diretor sempre está movimentando sua câmera para lá e para cá, com extrema sutileza elevando o conceito de câmera invisível, além de ter elevado o padrão de realismo da saga para níveis nunca alcançados antes. São diversos planos-sequência com muitos efeitos acontecendo ao mesmo tempo conforme há toda a encenação – por exemplo, todas as cenas do salão do Caldeirão Furado.
O motivo da câmera se movimentar tanto também é para reforçar o tom de transformação que a narrativa exige, além de nunca sugerir um terreno seguro, revelando uma atmosfera de possível desconforto e desconfiança. Ora trabalha com bastante contemplação para as cenas estacionárias que exigem esse respiro para que os personagens tenham interações mais profundas.
Cuarón oferece o insight da mudança justamente na cena crucial da revelação que Black está atrás de Harry. Na encenação, Arthur isola Harry no canto do quadro, enquanto conversam debaixo do alambrado do Caldeirão. Nos pilares que emoldura a cena, há diversos pôsteres de procurado de Black, o colocando como um espectro que ronda Potter. No ótimo jogo de encenação, os pilares sempre separam Harry de seus pontos de segurança até quando Arthur o leva para o isolamento completo, na escuridão.
Enquanto o roteiro trabalha muito com o tempo e transformação, Cuarón, além de ter que ilustrar isso, também fica a cargo de desenvolver esse sentimento de isolação que aflige Harry, dele finalmente se tocar que o fardo de ser o Eleito é somente seu e encarar todas as terríveis passagens que isso o trará.
O diretor indica isso com a canção original Double Trouble, um aceno à obra de Shakespeare, enquanto avisa que algo de maléfico vem por aí – Voldemort.
Mesmo com tudo isso, ainda o que descrevi aqui é limitar o trabalho de Cuarón. O cineasta tem muito respeito por diretores-mestre da sétima arte. Ele faz questão de frisar isso. Spielberg é um deles. Repare na quantidade absurda de similaridades que há na sequência sombria onde os dementadores são apresentados com a introdução do Tiranossaurdo em Jurassic Park. Lhes garanto que não serão poucas. Inspirado em um grande mestre, Cuarón basicamente constrói a sequência mais horripilante que já tenhamos visto em um filme Harry Potter, provocando o primeiro enorme choque de atmosfera que ele representa.
Em outro momento, com mais sutileza, acena para Hitchcock com planos fechadíssimos de corvos voando histericamente assim como em Os Pássaros.
O trabalho é tão competente que temos momentos que emanam o verdadeiro significado de Cinema. Concentremo-nos no terceiro ato do longa, a partir do momento que Harry e Hermione voltam no tempo – também outra metáfora de desejo por parte de Harry em busca de amparo e tempos melhores. Assim que eles abandonam a enfermaria, passando pela torre do relógio, a câmera de Cuarón voa e atravessa os mecanismos do relógio até passar pelo vidro. Aqui, temos outra piscadela indicando que os personagens saíram do tempo e, portanto, fugiram das regras naturais.
Isso é confirmado logo quando a dupla fecha o loop, ao retornar para a enfermaria. Cuarón eleva a câmera no pátio e atravessa novamente o vidro e os mecanismos do relógio, agora indicando a normalidade de tudo, com o mecanismo girando no sentido natural. Sutileza e inteligência.
Outro grande momento se dá em diálogo entre Harry e Hermione, enquanto esperam toda a ação na Casa dos Gritos transcorrer. Antes da transformação de Lupin em um lobisomem esquálido, patético e choroso, Harry conta à Hermione que Sirius ofereceu a tutela novamente. Então ele divaga e sonha com uma vida romântica e bucólica com o primeiro contato real de família que teve.
Ali, a iluminação estupenda de Michael Seresin atinge a face direita dos personagens, porém assim que gritos começam a surgir, ela subitamente muda para o lado esquerdo, como se jogasse novamente Harry para a realidade inóspita e perigosa que vive.
Metáforas com espelhos, vidros, luzes, movimentação de câmera e até mesmo com diversas sequências fabulosas explorando a geografia de Hogwarts e indicando as passagens das estações através da folhagem do Salgueiro Lutador, são meios que o diretor utiliza para transmitir suas poderosíssimas mensagens.
Há tanto mais o que falar sobre a técnica de Cuarón que eu tornaria esse texto em um verdadeiro pergaminho digno das aulas de Snape. O que tento provar aqui é a vasta superioridade de linguagem e significância cinematográfica que o mexicano possui. Ele eleva Harry Potter para o estado de arte ao nos impactar e chocar de tantas formas possíveis – isso inclui aqui a rígida paleta de cores monocromáticas puxadas para tons neutros como variações de azul e cinza, abandonando completamente a saturação alegre vista nos anteriores.
A Magia do Cinema
Aqui, confio uma confissão. Na primeira vez que vi a Prisioneiro de Azkaban, tinha apenas dez anos. Naquela fase da vida onde não somos muito bem crianças, mas também nem chegamos perto de sermos adolescentes. Eu ainda aguardava com muito encantamento pelo terceiro título e estava completamente desligado dessa mudança completa que ele traria.
Logo, apesar das fortes emoções que o filme me proporcionou, eu tinha me convencido de que não havia gostado do filme, mesmo compreendendo sua história em totalidade – algo que sempre irei aplaudir o trabalho das produções Harry Potter em deixar os filmes tão compreensíveis para crianças pequenas, afinal eu já tinha visto os dois primeiros quando era ainda menor.
Hoje eu consigo reconhecer exatamente o motivo de eu não ter gostado na época enquanto confio nota máxima atualmente. Assim como Harry, antes de conjurar o patrono, eu não queria largar o encantamento ingênuo presente em Pedra Filosofal e Câmara Secreta. Não estava pronto para me desgarrar completamente daquela magia aventureira que flertava com o perigo mais sutilmente. Aqui fui confrontado com um universo pálido, sombrio e depressivo. Era um amadurecimento semiótico para o qual eu também não estava preparado.
Agora vejo isso como uma passagem até mesmo bonita em minha vida. Reconhecer a qual ponto um filme pode te marcar e ainda assim, nos recordarmos de sensações provocadas há doze anos. Cuarón e Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban não só me apresentaram, em outra adivinhação, as grandes dificuldades que a vida aguarda e que nós não temos as menores condições de negá-las, mas como também me educou cinematograficamente.
Se há algo que podemos afirmar em todos esses filmes Harry Potter é o excelente serviço que ele prestou e presta para diversas novas gerações em seus primeiros contatos, íntimos e honestos, com o cinema da mais verdadeira qualidade:
O verdadeiro Cinema.
Malfeito feito.
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Harry Potter and the Prisoner of Azkaban, EUA/Reino Unido, 2004)
Roteiro: Steve Kloves, baseado no livro de J.K. Rowling
Direção: Alfonso Cuarón
Elenco: Daniel Radcliffe, Rupert Grint, Emma Watson, Gary Oldman, Michael Gambon, Alan Rickman, Maggie Smith, Julie Christie, Timothy Spall, David Thewlis, Fiona Shaw, Emma Thompson, Richard Griffths, Robbie Coltrane, Tom Felton
Duração: 142 min.