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Crítica | Liga da Justiça Sem Limites: A Série Completa – O Ápice dos Heróis da DC

Após o sucesso da primeira fase, era óbvio que a Warner iria mandar fazer uma continuação. E ela veio em 2004, o ótimo Liga da Justiça Sem Limites que se mostrou mais madura e teve um arco incrível durante as sua metade, mas teve uma queda depois.

Vamos a história: Após a invasão tanaganiana no final da primeira fase e a eventual saída da Mulher-Gavião da equipe, os outros membros da Liga decidem aumentar a equipe. É quando entram vários heróis famosos como o Arqueiro Verde, Capitão Átomo, Shazam (que era chamado de Capitão Marvel), Caçadora, Questão, Aquaman, Canário Negro e Supergirl no grupo para a Terra se prevenir contra as maiores ameaças.

A sinopse é bem simples, mas o foco continua sendo o desenvolvimento dos personagens. Dos novos os que têm mais desenvolvimento são os mencionados acima, que tem um papel fundamental na principal trama da série. Essa fase pode ser divida em duas partes sendo a primeira todo o envolvimento da Liga com o Projeto Cadmus, liderado por Amanda Waller e a segunda com a liga de vilões liderados por Lex Luthor e o gorila Grodd. A primeira é a mais bem construída e a mais interessante de toda a série. Mas o que é o projeto Cadmus? Lembram que na primeira parte havia um universo paralelo que os membros da Liga se tornaram ditadores? Então, o Governo decidiu abrir esse projeto para criar meios de deter a Liga caso eles percam o controle.

Todo o caso envolvendo esse projeto junto com as investigações da Liga é muito bem feito e coeso, sendo a parte que realmente chama a atenção da série. São dados muito interessantes como: a volta do Apocalipse; um dos membros da Liga é clonado; a aparição rápida do Esquadrão Suicida para sabotar a Torre da Liga; as investigações do Questão quanto ao caso; a criação de um grupo chamado Ultiman… Sei que falando assim parece incoerente e exagerado, mas o roteiro desse arco é muito bem amarrado.

Se tem algo durante esse arco do Cadmus que merece destaque é a Amanda Waller, que se mostra uma personagem rica e muito bem desenvolvida. É claramente uma antagonista, mas não fica na superficialidade. Por mais que seja fria e ambiciosa, suas ações são justificadas pelo medo e principalmente pelo seu lado patriota. E esse medo – que é racional, pois o que acontece se a Liga perdesse a cabeça? – se torna um meio para qual o Batman crie uma ligação com Waller, para tentar mostrar que a Liga não irá destruir o mundo. É uma personagem forte, que no episódio chamado Prólogo, que se passa no futuro, Waller tem uma longa conversa com Terry McGinnis falando sobre sua origem e porque o mundo precisa do Batman. É o fechamento perfeito da personagem.

Já a segunda parte se mostra em arcos individuais. O mais longo é um envolvendo a Mulher Gavião e outro da sua raça chamado Gavião Negro, que acredita que são reencarnações de amantes que viveram no Egito, milhares de anos atrás. Ela se torna um das personagens mais recorrentes por conta dos acontecimentos do final da primeira fase que não se sabia se podiam voltar a confiar nela, alem do triangulo amoroso envolvendo ela, o Lanterna Verde e Vixen, a nova namorada do Lanterna. O que se perde um pouco nessa fase pós-Cadmus, é que mesmo os personagens continuarem interessantes e as histórias ainda coesas, não as tornam tão interessantes. Inclusive alguns episódios parecem apenas aleatórios, como o da luta da gaiola entre as heroínas ou o que Flash e Lex Luthor trocam de corpo. Mesmo sendo divertidos, não tem a força do que foi apresentado no começo.

Os vilões também se mostraram cada vez menos interessantes. Se antes eles eram bem desenvolvidos, agora se mostram caricatos que se assumem como vilões e dão risadas maléficas. Ok, é um material em que os vilões fazem isso, mas visto que antes eles eram bem desenvolvidos, agora são caricaturas. O mais interessante continua sendo o Lex Luthor, porque o resto são apenas malvadinhos.

Se os vilões não são bem desenvolvidos, os novos heróis são. Quase todo episódio introduz um personagem novo, que se mostra interessante e é bem desenvolvido. É o grande trunfo de Sem Limites, em especial quem recebe uma atenção a mais é a Supergirl que vemos o seu amadurecimento como heroína durante a série, enquanto o Arqueiro Verde se mostra o mais charmoso, já que também tem um certo medo do poder da Liga.

Enfim, Liga da Justiça Sem Limites encerra muito bem o que foi iniciado por Bruce Timm e Paul Dini anteriormente. Mesmo caindo depois, ela tem um ápice que vale o seriado como um todo. Se hoje eu gosto dos heróis da DC e sei das suas capacidades, devo a essas ótimas series que Timm me proporcionou.

Liga da Justiça Sem Limites (Justice League Unlimited, USA –  2004- 2007)

Showrunner: Paul Dini e Bruce Timm
Direção: Butch Lukic e Dan Riba
Roteiro: Paul Dini, Bruce Timm, Dwayne McDuffie, Stan Berkowitz, Joseph Kuhr, Keith Damon, Rich Fogel, Len Uhley, Keith Damon, Andrew Keisberg e Kevin Hoops
Elenco: Kevin Conroy, Mark Hamill, Michael Ironside, Phill LaMarr, George Newbern, Susan Eisenberg,  Carl Lumbly, Maria Canals.
Episódios:
39

Emissora: Cartoon Network
Gênero:
Aventura

Duração: 23 min

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Redação Bastidores

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