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Crítica | Os Smurfs e a Vila Perdida

Guilherme Coral Guilherme Coral
In Catálogo, Cinema, Críticas•5 de abril de 2017•6 Minutes

A primeira tentativa de criar uma franquia nos cinemas estrelando as pequenas criaturas azuis começou bem em termos de bilheteria, conseguindo se manter entre os três primeiros em sua semana de estreia. Sua continuação, contudo, não obteve os mesmos números e se deparou com críticas igualmente negativas, em virtude de seu roteiro composto quase que unicamente de gagssem um maior aprofundamento na história. Quatro anos depois do segundo longa, então, os azuis aparecem novamente nas telonas em Os Smurfs e a Vila Perdida, que funciona como um rebootda franquia, abandonando a mistura de computação gráfica com live-action para nos entregar uma animação propriamente dita.

A trama segue uma premissa similar a Os Smurfs 2, nos contando a história de Smurfette (Demi Lovato) e como, de criação de Gargamel (Rainn Wilson), ela se tornou uma smurf. A pequenina, contudo, conta com um grande problema: sua principal característica. Todas as criaturas da vila tem seus nomes definidos a partir de traços de suas personalidades ou constituições, enquanto que ela é definida apenas por ser do sexo feminino. A garota entra, portanto, em uma jornada de autodescobrimento, enquanto ela, Desastrado (Jack McBrayer), Gênio (Danny Pudi) e Robusto (Joe Manganiello) tomam consciência da existência de outros smurfs, que são ameaçados pelo bruxo malvado, Gargamel.

É bastante claro, desde os minutos iniciais, o teor de feminismo presente na obra, que faz um belo uso do próprio caráter dessa sociedade. Embora seja, sim, mulher, Smurfette não pode ser definida apenas por isso, é sua personalidade que conta e esse é o foco da obra, que a toma como protagonista de uma aventura. Ouvimos ela dizer coisas como “eu não preciso ser protegida”, o que funciona como uma perfeita atualização da obra, dialogando com a temática de extrema relevância nos dias atuais, além de problematizar o estranho caráter da vila, que é composta inteiramente de homens, à exceção de uma garota.

Ao não trabalhar mais com o live-action, a franquia passa a contar com muito mais liberdade criativa, especialmente em seus cenários, que são verdadeiramente exuberantes, utilizando uma paleta de cores variada que colorem toda a tela, tornando o 3D como algo que embeleza a projeção e não apenas atrapalha o espectador (especialmente se ele utilizar óculos). Por esse ser um reboot os próprios personagens foram retrabalhados, com texturas diferentes, sem uma maior preocupação com o realismo. O cartunesco toma conta do longa-metragem e enxergamos isso como algo que deveria ter sido feito desde o início, especialmente considerando o público-alvo mais infantil.

Dito isso, as gags costumeiras continuam as mesmas, mas não exageram tanto no slapstick como nos dois filmes anteriores. Além disso, pelo simples fato de Gargamel ser feito em CGI as piadas são mais fáceis de se aceitar, dispensando caretas e atuações exageradamente dramáticas. O roteiro de Stacey Harman e Pamela Ribon ainda se apoia demasiadamente em uma comédia mais fraca, com apelo maior para as crianças que adultos, mas não temos aqui algo tão terrível quanto era anteriormente. Vale ressaltar, portanto, que, embora seja uma nova abordagem a esse universo, o público-alvo continua sendo o infantil, dispensando questões mais profundas como estamos acostumados em outras animações.

Felizmente, mesmo os adultos se verão mais engajados aqui, visto que o teor de aventura é maior, ainda que esse acaba se tornando um tanto repetitivo em certos momentos, exalando a previsibilidade. Isso é contra-balanceado pelos já mencionados cenários exuberantes e a sensação de que estamos vendo coisas novas, sem saber exatamente o que virá a seguir em termos de cenário. Nesse sentido, embora a narrativa seja óbvia, o filme foge do comum, inserindo uma certa originalidade quando comparamos com o segundo filme, especialmente, que é apenas uma repetição do primeiro, mudando de Nova York para Paris.

Os Smurfs e a Vila Perdida, portanto, ainda tem muito o que melhorar para fazer jus à clássica criação de Peyo, mas, ao menos, consegue nos proporcionar um bom entretenimento que faz um bom uso das características de cada personagem, ao mesmo tempo que atualiza a obra para as questões dos dias atuais. A escolha de trabalhar com o puro CGI foi acertada, eliminando muitos dos problemas relacionados à atuações exageradas e comédia slapstick. O reboot, pois, se demonstra eficaz, abrindo caminho para um bom futuro das criaturas azuis.

Os Smurfs e a Vila Perdida (Smurfs: The Lost Village, EUA – 2017)

Direção: Kelly Asbury
Roteiro: Karey Kirkpatrick
Elenco (Voz): Demi Lovato, Jack McBrayer, Mandy Patinkin, Danny Pudi, Joe Manganiello, Rainn Wilson
Gênero: Animação, Aventura, Família, Infantil
Duração: 90 min

Guilherme Coral

Refugiado de uma galáxia muito muito distante, caí neste planeta do setor 2814 por engano. Fui levado, graças à paixão por filmes ao ramo do Cinema e Audiovisual, onde atualmente me aventuro. Mas minha louca obsessão pelo entretenimento desta Terra não se limita à tela grande - literatura, séries, games são todos partes imprescindíveis do itinerário dessa longa viagem.

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