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Crítica | Samurai Jack – 05×08: XCIX

Faltando três episódios para o final, Jack e Ashi continuam sua jornada para vencer Aku e seu império. Entre uma luta e outra, acabam descobrindo um sentimento nunca antes sentido entre os dois.

O episódio começa de forma incomum, com a cena no espaço onde uma nave em formato de monólito se choca com uma chuva de meteoroides que acaba direcionando a rota da nave para a Terra. Chegando no planeta, a nave cai no deserto, nos deixando a questão de quem são seus pilotos e o que traz consigo. E o que isso tem a ver com a história principal?

Voltando para os nossos heróis, Jack e Ashi se encontram em um mercado de iguarias em um lugar quente e seco, próximo de um deserto (!). Jack acaba experimentando uma das comidas à mostra e sua cabeça se transforma na de um peixe. O bom humor do início do capítulo é apenas quebrado na hora que os dois embarcam em um transporte lotado de seres com rosto felino, onde ambos começam a experimentar uma estranha sensação por estarem próximos demais um do outro.

Ao longo do episódio vemos a relação de Jack e Ashi se transformar em algo mais do que uma simples amizade. As melhores cenas do capítulo ficam com o humor gerado a partir dos constrangimentos e a tensão sexual entre os dois. As lutas ganham um charme a mais com a interação dos dois enquanto tentam se defender de um grupo de bandidos ou de ameaças extraterrestres.

Falando em aliens, da metade para o final do episódio, Jack e Ashi descobrem o monólito espacial do início do capítulo. Ao entrarem na nave, descobrem uma criatura extraterrestre parecida com um simbionte sanguessuga., formado por pequenas criaturas, que juntas viram um monstro gigante. Jack e Ashi precisam achar um jeito de derrotar a criatura e sair do local enquanto são perseguidos pelo bicho. A ameaça alien que Jack e Ashi enfrentam parece algo tirado de uma história de ficção científica a lá The Thing ou dos jogos de Resident Evil.

Apesar da interação entre os dois ter sido o ponto alto do episódio, e que acaba desenvolvendo a relação de uma forma que eu não estava antecipando, não pude conter o sentimento de enrolação, especialmente na segunda parte, onde a história trava na nave alienígena e há pouco desenvolvimento do plot principal da série. Faltando três episódios para a conclusão, era esperado que a história começasse a ganhar mais ritmo e condensasse mais acontecimentos importantes, o que não foi o caso neste episódio.

Mais uma vez a arte e o ritmo das batalhas levam o episódio. As letras estampadas na roupa das criaturas felinas no qual Jack e Ashi enfrentam no início do capítulo, passando a intenção assassina e depois usadas como onomatopeias, semelhante a uma história em quadrinhos. Em termos de cores, temos o contraste do local quente e ensolarado do começo do capítulo com cores mais frias e tons escuros na segunda parte do episódio.

 

Ao final da luta contra o alien e a conveniente forma como o samurai consegue ativar o dispositivo neutralizador da criatura, Jack e Ashi finalmente se beijam em uma bela cena final. Ao som de Everybody Loves Somebody de Dean Martin, o uso pouco recorrente de músicas famosas faz dessa uma cena mais que especial, já que quebra o usual da série mostrando o quão importante é o momento na jornada do nosso samurai. Afinal, não é possível salvar o mundo sem alguém do seu lado.

Apesar de um episódio pouco expressivo na trama principal, o desenvolvimento da relação entre Jack e Ashi torna este um dos episódios mais adoráveis da temporada, com os dois finalmente desenvolvendo a relação para algo mais que uma amizade. Afinal, os samurais também amam.

Redação Bastidores

Publicado por Redação Bastidores

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