Damien Chazelle mandou um recado para os haters do Cinema contemporâneo através da Variety. Para sustentar o argumento que os filmes ainda ousam correr riscos e sair da zona de conforto, Chazelle, diretor de La La Land, usou o épico de guerra Dunkirk, grandioso filme de Christopher Nolan.
É cinema como música – um contínuo, incessante fluxo de imagens e sons que transmitem sentimentos elementais e primais. É um filme gigante, retratando um evento épico, é simplesmente ele. Rostos, corpos, terra e mar e céu. Me lembrou das lições do Cinema Silencioso – quando você remove tudo, mas mantém o essencial. Conseguindo ver o coração pulsante da arte.
É como um milagre, um dedo do meio gigante para todos os que dizem que não há lugar para grandes riscos no Cinema hoje. Essa é uma obra de puro cinema, falando a mesma linguagem do nível dos transições das chamas para o deserto em Lawrence da Arábia, ou do osso para o espaço em 2001… Uma combinação de escopo e sutileza, da tela enorme e aos mínimos detalhes. É o filme recente mais próximo do melhor trabalho de David Lean que eu tenha visto.
O último diretor a vencer o Oscar de Melhor Direção trabalha no drama First Man, uma cinebiografia sobre a ida de Neil Armstrong ao espaço. Ryan Gosling protagoniza. O longa está previsto para 12 de outubro de 2018.