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DVD | Piratas do Caribe: No Fim do Mundo – Edição Limitada

Informações Técnicas

Distribuição: Disney
Duração: 168 min
Discos: 2
Embalagem: Slimline
Luva: Sim
Preço: Indisponível

Vídeo

Razão de aspecto:  2.35:1
Resolução: 480p
Codec: MPEG-4 AVC

Áudio

Inglês: Dolby Digital 2.0
Português: Dolby Digital 2.0
Espanhol: Dolby Digital 2.0

 

Análise

Disco 1

O Filme

★ ★ ★

Temos aqui um exemplo de um filme preso em suas próprias ambições, mas que acaba ficando melhor com o tempo. A épica conclusão de Gore Verbinsky para sua trilogia com Piratas do Caribe: No Fim do Mundo trouxe os piratas viajando para o além a fim de salvar a alma de Jack Sparrow, e também marcar o conflito decisivo entre todos os piratas dos Sete Mares contra a maléfica Companhia das Índias Orientais. O grande pecado do filme é inventar muitas reviravoltas e subtramas que tornam o resultado final inchado, mas definitivamente vale pelo espetáculo visual e as ótimas cenas de ação. Crítica

Erros de Gravação do Caribe

★ ★ ★ ★

Sua tradicional montagem com erros de gravação e bloopers do set. Divertidos como de costume, e quem poderia adivinhar que Chow Yun-Fat seria um dos mais brincalhões do set?

Disco 2

Keith e o Capitão: No Set com Johnny e a Lenda do Rock

★ ★ ★ ★

Com Johnny Depp tendo revelado em 2003 que sua principal inspiração para compor o personagem de Jack Sparrow fora o guitarrista Keith Richards, nada mais apropriado que o membro do Rolling Stones apareça no terceiro filme como ninguém menos do que… seu pai! Aqui, vemos toda essa interação de Richards no set, assim como a alegria de Depp em tê-lo por perto. Rende momentos divertidos, e é impagável como Richards parece completamente embriagado durante suas entrevistas, ou vê-lo chamando Geoffrey Rush de “Barbarossa”.

Anatomia de uma Cena: O Redemoinho

★ ★ ★ ★ ★

Sem sombra de dúvida a mais épica e grandiosa cena de ação de toda a saga – e de muitas sagas, parando pra pensar – o clímax de No Fim do Mundo envolve a inacreditável batalha naval entre o Pérola Negra e o Holandês Voador ao redor de um tempestuoso redemoinho. Aqui, vemos todo o trabalho da incansável equipe em construir os navios no set, garantir o movimento dos mesmos, a simulação da tempestade e toda a coreografia que se desenrola ali. Também vemos o complicado trabalho dos efeitos visuais, que merecidamente foram indicados ao Oscar.

A História de Muitos Jacks

★ ★ ★ ★

Uma das cenas mais e bizarras do filme é quando encontramos Jack Sparrow no purgatório dos Domínios de Davy Jones, onde há diversas versões dele mesmo interagindo simultaneamente. Vemos como Depp lidou com a cena ao elaborar diferentes performances para o personagem – comparando-o à uma torta fatiada – e também o trabalho de câmera e direção para criara a maravilhosa ilusão de que há múltiplos Depps ali.

Cenas Inéditas

★ ★ ★ ½

Aqui temos apenas duas cenas deletadas, uma com os personagens discutindo o conceito de charada enquanto cruzam as geleiras na viagem para o Fim do Mundo, e uma segunda que segue apostando no conflito entre Jack e Barbossa para o posto de capitão do Pérola Negra. São duas cenas divertidas, mas que justificam a exclusão. Vale apontar que há uma opção de comentário em áudio do diretor Gore Verbinsky para ambas, marcando aqui a única forma de comentário presente na edição.

O Mundo de Chow Yun-Fat

★ ★ ★

É basicamente uma celebração de Chow Yun-Fat, cultuado ator chinês que dá vida ao personagem de Sao Feng. É divertido ver todo o respeito e admiração que praticamente toda a equipe tem por ele, assim como a empolgação do ator em falar sobre a franquia e seu longo beijo com Keira Knightley, mas nada além disso. Não aprendemos muito sobre seu personagem, que – convenhamos – não passa de uma participação de luxo.

O Maestro Pirata: A Música de Hans Zimmer

★ ★ ★ ★ ★

Ter Hans Zimmer para falar de música já é ouro o suficiente, certo? Aqui vemos como o brilhante compositor trabalhou em conjunto com sua formidável orquestra para criar novos temas para o terceiro filme da série, procurando atender à demanda emocional e narrativa do roteiro, como os aspectos mais dramáticos e operáticos. Zimmer ainda trouxe referências da cultura oriental e até européia para os temas mais místicos do filme, citando Amarcord de Felinni como uma forte inspiração. Também é divertido ver Gore Verbinsky tocando o tema de Era Uma Vez no Oeste para uma cena pivotal.

Mestres do Design

★ ★ ★ ★ ★

Aqui temos cinco featurettes isolados, cada um deles centrando-se em um profissional e algum elemento visual de No Fim do Mundo. Temos aqui a criação do mapa de Sao Feng, a tripulação amaldiçoada, o design geral de Cingapura, as roupas típicas do Capitão Teague Sparrow e a confecção do livro do Código dos Lordes Piratas. Cada documentário mergulha fundo na criação e desenvolvimento, com os mínimos detalhes de cada um dos elementos citados acima sendo explorado com precisão. Pessoalmente, acho o mapa de Sao Feng o elemento mais fascinante de toda a produção, e gostei de ver como o designer James Byrkit explorou todas suas intenções e ideias na criação do objeto e suas infinitas possibilidades.

A Inspiração de Hoist the Colours

★ ★ ★ ★ ★

Mais Hans Zimmer! Agora, o foco é para a canção Hoist the Colours, que marca presença na cena de abertura do longa – assim como em todo o restante da narrativa. Vemos como Zimmer tomou inspiração de E Meu Ódio será sua Herança e Os Miseráveis para criar a canção do código pirata, que representa o aspecto dramático e revolucionário dos personagens que agora enfrentam a extinção. É um toque muito interessante para o filme, e a equipe toda justifica bem sua presença.

Dentro da Confraria da Corte da Confraria

★ ★ ★ ★

Mais um extra interativo para a coleção, agora sobre a Confraria dos Lordes Piratas. Aqui, é possível selecionar cada uma das Peças de Oito para que tenhamos acesso a um pequeno documentário sobre cada um dos membros da organização, incluindo Jack Sparrow, Barbossa, Elizabeth e os diversos novos piratas apresentados no terceiro ato do filme.

Conclusão

A edição limitada de Piratas do Caribe: No Fim do Mundo é um pouco menos detalhada do que seus perfeitos antecessores, muito provavelmente pelo fato de muito da produção deste filme ter sido realizada juntamente à de O Baú da Morte. Ainda é sentida a ausência de comentários em áudio e extras que discutissem melhor a história do filme, mas temos ainda um cuidado muito grande do material em fornecer a atenção necessária aos diversos elementos técnicos do filme, com um cuidado particularmente especial nos quesitos gráficos. Não decepciona.

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Publicado por Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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