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Game of Thrones | Por que a 7ª e 8ª temporadas são mais curtas?

Muita gente deve fazer essa pergunta. Com a proximidade do final desta sétima temporada de Game of Thrones, é bem capaz que muitas pessoas fiquem surpresas ao descobrir que o sétimo episódio da temporada é também seu último. 

Esse foi um tema polêmico quando anunciado há pouco menos de um ano. Os showrunners e roteiristas D.B. Weiss e David Benioff deram entrevistas para muitos veículos explicando a razão dessa peculiaridade que pode ter deixado muita gente triste. 

Em entrevista, declararam: Estamos falando de apenas mais duas temporadas para terminar o seriado. Desde quando começamos a pré-produção da primeira temporada, já tínhamos definido que Game of Thrones seria uma série de 75 horas no máximo. Hoje, já queremos encurtar para 73 horas.

Com o final da 6ª Temporada em 2016, já tínhamos pouco mais de 60 horas de seriado. Logo, teríamos direito a mais 13-15 episódios. Para deixar as duas partes finais da série equilibradas, foi decidido que a 7ª contaria com 7 e a 8ª teria apenas 6 episódios. Logo, temos apenas 13 episódios confirmados. 

Também, na época, muita gente especulava que por conta da diminuição da quantidade de episódios, eles seriam mais longos para compensar. O que sinceramente, não faz o menor sentido indo completamente contra o que os showrunners haviam declarado para as ditas 75 horas planejadas. Essa 7ª temporada, porém, contou com episódios mais curtos como The Spoils of War e também terá episódios mais longos (os episódios 6 e 7 terão 71 e 81 minutos, respectivamente). 

D.B. Weiss e David Benioff, as mentes criativas nos bastidores do seriado.

Benioff contou mais: Queremos contar uma história coesa com início, meio e fim. Nós conhecemos o final dessa história há bastante tempo e finalmente estamos próximos dele. Os jogadores restantes já estão em suas posições partindo para a inevitável batalha final. Isso me faz lembrar da época que fizemos o pitch para a HBO. Ao contrário das outras séries, Game of Thrones conta uma história gigante e não diversas com a presença dos mesmos personagens. Não queríamos fazer uma história só de 10 horas para cada temporada. Mas sim fazer com que o espectador que pegasse todos os episódios e os assistisse em sequência sentindo que estava vendo uma história só, épica, enorme e divertida. 

Essa característica das temporadas finais permitiram que Weiss e Benioff fizessem um planejamento de produção bastante distinto do que havia sido utilizado para as outras temporadas. A HBO destinou uma verba de um filme de médio orçamento para o grand finale da série que quebrou convenções na História da Televisão. Ou seja, as duas temporadas juntas podem chegar a custar de 130 a 180 milhões de dólares. E isso para uma produção televisiva permite muitas possibilidades fantásticas para aprimorar encenação e efeitos para tornar o final o grande espetáculo que ele merece ser. 

Particularmente, penso que é uma decisão bastante louvável. Se eles quisessem, facilmente poderiam estender a série para até 10 temporadas. Todos nós já vimos diversos seriados que se estenderam muito mais do que deveriam, perdendo o fio da meada e encanto das primeiras temporadas. Isso mesmo já aconteceu na HBO com True Blood, por exemplo. Logo, é satisfatório ver dois grandes realizadores mantendo a ideia nos eixos e preservando a paixão iniciada e compartilhada com todos nós em 2011. 

Imagino que será algo tão satisfatório e belo quanto ver a despedida de Breaking Bad que durou exatamente as 5 temporadas planejadas por Vince Gilligan. Obviamente será triste ver uma série tão querida sair da programação e também do nosso cotidiano, mas há certa beleza que as fazem inesquecíveis. 

Por outro lado, a HBO não é boba. Game of Thrones é um dos carros-chefe da emissora e Martin construiu um universo gigantesco nessa história. Nesse exato momento, diversos ótimos roteiristas trabalham em cinco ideias que podem originar seriados derivados de GOT muito em breve. (Leia nossas cinco ideias para esses spin-offs aqui).

2018 marcará o fim da canção de Gelo e Fogo, mas não será nosso último adeus a Westeros. 

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Publicado por Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema seguindo o sonho de me tornar Diretor de Fotografia. Sou apaixonado por filmes desde que nasci, além de ser fã inveterado do cinema silencioso e do grande mestre Hitchcock. Acredito no cinema contemporâneo, tenho fé em remakes e reboots, aposto em David Fincher e me divirto com as bobagens hollywoodianas.

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