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Game of Thrones | Sim, o Rei da Noite acertou o Dragão certo

A sétima temporada de Game of Thrones tem gerado reações, digamos, bastante inflamadas por parte dos fãs por conta dos rumos apresentados pela narrativa do seriado.

Nomeada como fanfic, diversas decisões dos showrunners D.B. Weiss e David Benioff tem gerado discussões incendiadas nos grupos de fãs do seriado. Alguns consideram esta temporada uma das melhores, enquanto outros já reservaram todos os episódios para a lata de lixo.

O último episódio exibido, Beyond the Wall (leia a crítica aqui), tem recebido uma reação negativa um tanto injusta. Primeiro, reclamam da existência de um dragão de gelo no seriado, comandado pelo Rei da Noite. A necessidade do dragão nesse universo televisivo de Crônicas de Gelo e Fogo é vital e expliquei a importância de sua existência neste artigo aqui.

Agora, também há outra enorme discussão envolvendo a escolha “absurda” do Rei da Noite em matar um dragão em pleno voo em vez de jogar a lança em Drogon, um alvo maior e mais fácil por estar parado na ilha de pedra.

De fato, Beyond the Wall possui caprichos de conveniência e deus ex machina em excesso, mas certamente a escolha sobre qual dragão que deveria ser ceifado foi acertada. A própria encenação obriga que o vilão mate Viserion.

E isso é bastante óbvio: um dragão voando é muito mais perigoso do que um pousado. O seriado ainda não definiu isso com clareza, mas é bastante provável que o fogo mágico de um dragão consiga matar um White Walker com tanta facilidade quanto uma espadada de aço valiriano. O vilão é inteligente e pelo que vimos no episódio, consegue controlar os wights de modo que eles obedeçam suas ordens (os zumbis tentam impedir a todo custo que o morto capturado seja levado pelo grupo de Jon). É uma mentalidade de colmeia que será aplicada aqui e também maximizada com os zumbis sendo destruídos quando o White Walker que os controla morrer – assim como acontece em diversos filmes de invasão alienígena. 

Caso o Rei da Noite tivesse matado Drogon, imediatamente Viserion voaria até ele e o torraria instantaneamente. Já com Viserion morto, o senso de urgência é maior obrigando Daenerys a fugir para proteger os sobreviventes e os outros dragões – exatamente como acontece no episódio. Também tem o motivo mais claro: o dragão estava incinerando todo o seu exército de mortos. Logo, também é conveniente matar o inimigo que pode fazer sua legião de mortos virar cinzas mais rapidamente. 

Mas um dos defeitos mais bizarros é a ausência surreal de Rhaegal, o dragão verde de Daenerys que mal aparece nas imagens deste clímax. Essa conveniência é gigantesca e talvez uma das mais incomodas do seriado até agora. Ele urra e foge para sumir para sempre.

Também há certa tragédia poética irônica com Viserion ser justamente o escolhido a “trair” Daenerys. A memória de seu irmão retorna e agora com mais violência do que nunca servindo o arqui-inimigo de um continente que Viserys pretendia conquistar.

E você? Preferia ver Drogon como dragão de gelo?

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Publicado por Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema seguindo o sonho de me tornar Diretor de Fotografia. Sou apaixonado por filmes desde que nasci, além de ser fã inveterado do cinema silencioso e do grande mestre Hitchcock. Acredito no cinema contemporâneo, tenho fé em remakes e reboots, aposto em David Fincher e me divirto com as bobagens hollywoodianas.

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