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Lista | Os 5 Melhores Personagens de Javier Bardem

Javier Bardem é um dos atores mais versáteis de Hollywood. O espanhol já tinha um currículo muito sólido antes de ver sua carreira explodir após encarnar Ramón Sampedro em Mar Adentro de Alejandro Amenábar. Porém, a partir da excelente performance e também pelo fato do filme ter vencido o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Hollywood passou a dar mais atenção ao exótico Javier Bardem.

Quase que imediatamente, Bardem já era cotado para trabalhar com os irmãos Coen, Woody Allen e Mike Newell – diretores respeitadíssimos na indústria. Com a trinca Onde os Fracos Não Têm Vez, Vicky, Cristina, Barcelona e O Amor nos Tempos do Cólera, Bardem já era um dos nomes mais quentes da indústria cinematográfica americana arrancando elogios da crítica especializada e alcançando o posto de galã tão desesperadamente carente de bons nomes – Brad Pitt e George Clooney já estavam saindo desse nicho de filmes da indústria.

Mesmo assim, com chuvas de contratos para diversos filmes, Bardem e sua equipe souberam escolher os projetos a dedo, permitindo que o ator sempre entregue performances de fato interessantes. Agora, parte de uma das franquias de maior sucesso na História do Cinema, o nome de Javier Bardem volta a chamar a atenção do grande público. Por isso, vamos escolher 5 de seus melhores papéis e performances até agora.

5 – Uxbal em Biutiful (2010)

Um dos filmes mais duramente criticados de Iñarritu também recebeu uma chuva de elogios para o domínio que Javier Bardem apresentou em cena. Encarnando um personagem muito difícil, Bardem fez a dor de Uxbal em algo único que não chega perto da caricatura bizarra que poderia ter se tornado através de um overacting.

No filme, Uxbal é diagnosticado com câncer terminal tendo que lidar com o fim da sua vida enquanto coloca suas pendências em ordem. Porém, feliz dele caso as pendências fossem simples. Enquanto tenta fugir do crime suburbano de Barcelona, Uxbal ainda tem que garantir a segurança de suas filhas para que elas não caiam na guarda de uma mãe abusiva. Só que com o fim da vida diante de seus olhos, Uxbal passa a ficar cada vez mais egoísta.

O filme pode ser bastante confuso, mas vale assistir pelo que Bardem apresenta em tela.

4 – Rámon Sampedro em Mar Adentro (2004)

Javier Bardem já tinha chamado atenção nos filmes Carne Trêmula, de Pedro Almodóvar, e Antes do Anoitecer, de Julian Schnabel, mas foi mesmo em Mar Adentro, de Alejandro Amenábar, que ele confirmou todas as expectativas depositadas na sua capacidade de representação.

Na pele de um tetraplégico lutando pelo direito de acabar com a própria vida, o ator espanhol, impedido de usar o próprio corpo na construção de sua performance, teve de transmitir toda a complexidade interior do personagem através dos olhos, das entonações vocais e expressões faciais. O resultado foi uma atuação inesquecível e um dos filmes mais devastadores e relevantes dos últimos anos. (Miguel Forlin)

3 – Juan Antonio em Vicky Cristina Barcelona (2008)

Woody Allen aposta nos olhares apaixonados e exóticos de Juan Antonio, o personagem que se envolve romanticamente com três personagens ao mesmo tempo nesse ótimo longa. A história é bastante simples, outra comédia de erros de Allen em sua fase europeia. Acompanhamos Vicky e Cristina em sua viagem de turismo para Barcelona.

Em pouco tempo, as duas conhecem o galã Juan que acaba seduzindo as duas mulheres que desconhecem essa simultaneidade até descobrirem que a ex-mulher do espanhol também está na mesma situação. Em vez de trilhar o caminho seguro, Allen joga as cartas no poliamor mostrando como uma relação disfuncional pode entrar nos eixos.

2 – Silva em 007 – Operação Skyfall (2012)

Com pouco tempo em tela, Bardem consegue criar um dos melhores vilões que a franquia já tinha visto até então. Silva se sustenta muito bem pelo roteiro que oferece nuances interessantíssimas para seu passado e sua motivação em destruir MI6 e toda a divisão 00. Porém, basta vermos Bardem entrar em cena que o vilão se transforma em algo melhor e maior.

O ator claramente sexualiza o personagem que tenta seduzir Bond, seus trejeitos levemente efeminados entram diretamente em contraste com seus momentos mais assustadores que revelam a loucura interior de uma criatura, literalmente. Skyfall tem diversos pontos positivos e Bardem é um dos seus maiores trunfos.

1 – Anton Chigurh em Onde os Fracos não Têm Vez (2007)

Eis o psicopata perfeito. Bardem entrega uma performance nada menos que avassaladora para esse monstro silencioso. Confundida como monótona, a atuação de Bardem é na verdade totalmente o contrário. Sentimos que Chigurh é humano, mas sua representação consideravelmente robótica que praticamente não indica nenhum prazer no ato de matar, o tornando extremamente imprevisível.

Quando Chigurh entra em cena, não sabemos se vamos testemunhar outro banho de sangue. É um personagem consideravelmente complexo por si só. Bardem e seu diabo na Terra também só explicitam a obra de mestre que os Coen realizaram nesta obra-prima chamada Onde os Fracos não Têm Vez. Não é por menos que Bardem foi agraciado com seu primeiro Oscar graças ao excelente desempenho.

Menção Honrosa: Capitão Salazar em Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar (2017)

Caso fosse melhor tratado pelo roteiro, Salazar seria facilmente um dos melhores vilões que Piratas do Caribe já viu. Por total competência de Javier Bardem, felizmente o personagem se destaca mesmo sendo de uma nota só. Toda a movimentação criada pelo ator e sua fantástica dicção fazem de Salazar uma presença nojenta, pesada, imprevisível e psicótica. Sua apresentação já é excelente, com Bardem andando com o auxílio de duas espadas que mais servem como muletas, além do senso de humor totalmente deturbado.

As expressões são assustadoras e fato do personagem babar piche a todo momento só conseguem torná-lo mais sinistro. A modulação virtual em sua voz asmática e o modo que Bardem declama Jack Sparrow já deve ter enaltecido o vilão em um posto alto para os fãs mais fiéis da franquia.

E vocês? São fãs de Bardem? Diga suas performances favoritas nos comentários! 

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Publicado por Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema seguindo o sonho de me tornar Diretor de Fotografia. Sou apaixonado por filmes desde que nasci, além de ser fã inveterado do cinema silencioso e do grande mestre Hitchcock. Acredito no cinema contemporâneo, tenho fé em remakes e reboots, aposto em David Fincher e me divirto com as bobagens hollywoodianas.

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