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Logan | Coletiva de Imprensa com Hugh Jackman em São Paulo

A Fox realmente trata seus X-Men com carinho. Depois de trazer Patrick Stewart e James McAvoy para uma coletiva de imprensa durante o lançamento de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido em 2014, eis que temos a ilustre presença do maior astro da franquia: Hugh Jackman, que esteve em uma coletiva no Grand Hyatt Hotel para divulgar Logan, seu último filme como Wolverine e também um dos mais especiais e distintos de toda a franquia mutante até agora.

Claramente, o fato de que esta ser a despedida de Jackman do papel gerou diversas perguntas repetidas e que giravam em torno desta última performance. Qual foi a sensação de fazer Logan, o que o novo filme traz de diferente para o personagem e como a performance do ator transformou-se foram algumas das variações do mesmo questionamento, mas felizmente Jackman foi capaz de elaborar respostas envolventes e que conseguiam oferecer insights inéditos e valiosos – mesmo que circundando o mesmo assunto. “Esse é o filme que eu sempre quis fazer, e também o mais difícil até agora. Depois dele, posso dormir em paz sabendo que definitivamente explorei tudo o que queria com o personagem”, diz um empolgado e também reflexivo Jackman.

Estando no papel do Wolverine desde o primeiro X-Men, no ano 2000, Jackman é um dos poucos atores que jamais foi substituído em um papel de quadrinhos, e também o intérprete que mais viveu um personagem nos cinemas – ao longo de 9 filmes, contando todas as participações e cameos nos filmes da saga, além dos três filmes solo. Nada melhor do que ter o relato do ator que trabalhou por mais tempo no gênero e o viu sendo transformado na máquina que é hoje, onde a DC e a Marvel Studios disputam o monopólio dos universos compartilhados. Jackman credita tudo isso não apenas ao trabalho de Christopher Nolan em sua trilogia Batman, mas principalmente à visão de Bryan Singer ao realizar o primeiro X-Men. O ator até comenta como Kevin Feige, atual chefão da Marvel Studios, trabalhou como mero assistente de produção no filme de Singer, e a partir daí já vemos como muita coisa mudou desde então.

Jackman também ofereceu uma leve cutucada à atual safra de filmes de heróis, clamando que “esses filmes não podem apenas nos entreter, nos deslumbrar visualmente e nos fazer rir”, mas que devem oferecer algo a mais, e que seja duradouro. Novamente, ele emenda o assunto com suas intenções de transformar Logan nesse filme a mais, e que fora um pedido muito particular e especial para que a Fox o deixasse experimentar algo diferente com James Mangold.

Um dos melhores momentos foi quando Jackman soltou um leque de referências de outras obras que serviram para inspirar Logan. Houve um pouco da HQ O Velho Logan, de Mark Millar, mas o ator afirma que ele e o diretor James Mangold olharam para gêneros específicos de cinema. Os Imperdoáveis, O Lutador, o western Os Brutos Também Amam e até o indie Pequena Miss Sunshine foram citados pelo ator, que frisou sua intenção de realizar não um filme de quadrinhos, mas um filme – “um grande filme, espero”.

A conferência completa pode ser assistida no YouTube, via Omelete:

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Publicado por Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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