Caso de abuso e assédio sexual contra Neil Gaiman ganha novos detalhes
O caso das acusações de abuso sexual contra o escritor britânico Neil Gaiman continua a repercutir, com uma nova matéria da revista Vulture aprofundando as investigações e trazendo mais detalhes sobre os relatos das vítimas. Embora não haja novas acusações formais, a reportagem, que surge após uma série de alegações que vieram à tona no podcast Master: As Alegações Contra Neil Gaiman, investiga as alegações de várias mulheres que acusam o autor de abuso sexual ao longo de duas décadas.
A investigação da Vulture destaca principalmente a história de Scarlett Pavlovich, uma das mulheres que afirmou ter sido vítima de Gaiman. Scarlett, que em dezembro viajou para Atlanta para se reunir com outras mulheres que também acusaram o escritor, descreveu a experiência como um encontro com sobreviventes de um “culto”. De acordo com Kendra Stout, uma das outras vítimas que entrou em contato com Gaiman enquanto trabalhava como babá de seu filho, o grupo de mulheres formou um espaço de apoio mútuo, revelando histórias de violência sexual e abuso que envolviam o autor.
Alegações detalhadas de abuso e violência sexual
As acusações contra Gaiman abrangem um período de 20 anos, com diferentes mulheres afirmando terem sido vítimas de abusos tanto quando trabalhavam para ele, como babás, quanto como fãs de suas obras.
Uma das principais vítimas, Scarlett Pavlovich, afirmou que foi agredida sexualmente por Gaiman em fevereiro de 2022, em um banheiro de sua casa na Nova Zelândia, poucas horas após seu primeiro encontro com o escritor. Gaiman, por sua vez, defende-se dizendo que apenas “se abraçaram” e “ficaram” no banho, e que o consentimento foi estabelecido entre ambos. Segundo ele, o relacionamento sexual de três semanas que se seguiu foi consensual e sem agressões.
Outro relato importante é o de Kendra Stout, que conheceu Gaiman em 2003, quando tinha apenas 18 anos, durante uma sessão de autógrafos. Stout começou um relacionamento com o autor quando completou 20 anos, e, segundo ela, se submeteu a relações sexuais violentas e dolorosas, que ela afirmou não querer nem gostar.
Além dessas duas vítimas, Caroline Wallner também se pronunciou, contando que morou com Gaiman e sua família até 2017. As alegações de Wallner incluem abusos ocorridos durante esse período.
Reações de Neil Gaiman e Amanda Palmer
Neil Gaiman, juntamente com sua esposa, Amanda Palmer, se recusou a comentar ou participar da matéria da Vulture. Nenhum dos dois emitiu declarações oficiais sobre as novas alegações que emergiram da investigação. No entanto, o silêncio de ambos diante das acusações levanta questões sobre a responsabilidade de figuras públicas em relação às acusações de abuso e assédio sexual.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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