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Oscar 2017: Um Especial Bastidores | Volume II | Categorias Técnicas

Sejam bem-vindos à segunda parte do especial para o Oscar 2017 do Bastidores. Dessa vez, vamos assumir um lado mais técnico (afinal, o título de nosso site não é por acaso) para falar de categorias como Fotografia, Montagem, Design de Produção, Figurino, Maquiagem e Efeitos Visuais, valendo a menção de que a Academia foi capaz de selecionar uma vasta variedade de produções e fez justiça aos indicados.

Contém textos de Lucas Nascimento, Matheus Fragata e Thiago Nolla.

Vamos lá:

Melhor Fotografia

É muito melhor fazer um bom filme, do que um filme só com bom visual – Robert Richardson

A Chegada

Bradford Young, ASC

A primeira indicação de Bradford Young para o Oscar certamente é merecida. A Chegada é um deleite para os olhos, mesmo que haja uma enorme permanência de tons acinzentados por todo o filme. A variedade de cores é pífia, já que a foto transborda um sentimento latente de luto, tristeza e pessimismo até o fim, mesmo depois da redenção da protagonista. A fotografia é cheia de bons significados já abordados na nossa extensa crítica. Apesar do trabalho belíssimo de modelagem de luz e do trato com cores mudas, dificilmente o filme deverá levar essa estatueta por conta do próximo indicado. (MF)

La La Land: Cantando Estações

Linus Sandgren, FSF

Essa é uma das maiores certezas do Oscar. La La Land tem situações sempre muito inventivas na iluminação por conta do gênero musical. Desde demarcações únicas para destacar os dançarinos ou determinados personagens ou aproveitando do auxílio de uma iluminação mais naturalista com o uso do luscofusco durante a primeira dança com Mia e Sebastian. Mesmo mantendo um bom trabalho bastante clássico que presta diversas homenagens, Linus consegue se superar na cena final repleta de planos sequência também insistindo na metamorfose de iluminação e cores. É a aposta mais segura do prêmio. (MF)

Percurso na Temporada

  • BAFTA – Melhor Fotografia
  • Critics Choice Awards – Melhor Fotografia

Lion: Uma Jornada para Casa

Greig Fraser, ASC, ACS

Está aí um nome que, junto de Bradford Young, vem tornando-se um dos mais sofisticados e talentosos diretores de fotografia da indústria. Ainda que não seja o melhor trabalho de Greig Fraser, seu jogo de luzes para Lion: Uma Jornada para Casa é funcional e criativo, merecendo créditos por não simplesmente copiar o estilo que outros filmes do gênero já usaram – vide Quem quer ser um Milionário? ou Trash. Fraser captura a pobreza e imensidão da Índia como um lugar perigoso e sem vida, graças à paleta predominantemente cinza e o uso constante de sombras, principalmente durante o percurso de trem do protagonista Saroo. Já as cenas da Austrália ganham mais luz e uma paleta mais vívida, mas que ganham o preenchimento dessaturado apropriado à medida em que o protagonista é assombrado por seu passado como criança perdida. Um trabalho consistente, mas eu não pensaria duas vezes em indicar o trabalho melhor de Greig Fraser em 2016: Rogue One. – (LN)

Percurso na Temporada

  • ASC – Melhor Fotografia

Moonlight: Sob a Luz do Luar

James Laxton

Moonlight também pode ser encarado como um forte concorrente, mesmo com chances reduzidas de conquistar o prêmio. A graça principal da fotografia de James Laxton é usá-la a favor da narrativa principalmente para o discurso majoritário da obra: “Quando um negro é banhado pela luz da lua, ele se torna azul.” Mesmo que as cores do filmes sejam diversificadas, em muitos momentos há alguma reminiscência da cor azul, seja pelo cenário ou por algum ponto de iluminação discreto. De resto, boa parte da luz, mesmo difusa, penetra os sulcos das faces dos personagens enfatizando um drama bastante pessoal que assombra alguns deles. Em outros momentos, próximos do final, Laxton cria esquemas delicados, envolvendo o espectador em uma cena de clima extremamente romântico. (MF)

Silêncio

Rodrigo Prieto, ASC, AMC

Por incrível que pareça, o novíssimo filme de Martin Scorsese acabou sendo indicado para apenas UMA categoria, sendo sem sombra de dúvidas o esnobado mais injustiçado da noite. Porém, ao menos a fotografia maravilhosa de Silêncio foi lembrada, trazendo de volta à premiação o subestimado Rodrigo Prieto – único da categoria que não está em seu ano debutante no Oscar. Aqui, Prieto adota uma abordagem predominantemente naturalista, preservando a beleza natural das paisagens do Japão feudal e mantendo uma paleta de cores fria e dessaturada; a exceção sendo durante os momentos em que a figura de Jesus Cristo é inserida na trama, seja pelas orações do Padre Rodrigues ou pelos encontros secretos dos padres com a população japonesa, onde a temperatura aumenta e a paleta torna-se amarelada. Em momentos mais oníricos, há um uso fabuloso da névoa para criar um ambiente perigoso e quase saído de um sonho profundo (vide a espetacular tomada de abertura ou o trajeto pelo “nada” que Rodrigues faz por uma canoa em certo momento) e até algo mais simbolista, como expresso na cena em que o protagonista vê o rosto de Cristo refletido num riacho, em nítida inspiração na obra de Goya. (LN)

Histórico de Indicações

  • Indicado em Melhor Fotografia por O Segredo de Brokeback Mountain, em 2006

Aposta: La La Land

Voto do Bastidores: La La Land

Esnobado: Café Society, de Vittorio Storaro

Melhor Design de Produção

Está bem na sua frente. Esse é o filme. Ele vem de um nível profundo acima. É confiável porque existe uma história a ser contada – Rick Carter

Animais Fantásticos e Onde Habitam

Stuart Craig e Anna Pinnock

Stuart Craig já trabalhou nos filmes da franquia Harry Potter e retorna mais uma vez, agora ao lado de Anna Pinnock, ao universo mágico para dar vida a Animais Fantásticos. O incrível trabalho da dupla culminou numa caracterização perfeita da cidade de Nova York em meados dos anos 1920, cujas ruas eram pinceladas com edifícios muito semelhantes entre si. Claro, a paleta de cores essencialmente neutra – dispondo-se de cores como marrom, bege, preto e lilás – entra em contraste com o hibridismo mágico encarnado dentro da maleta de Newt Scamander, a qual contém diversos micro ecossistemas vibrando com tons mais elaborados e quase oníricos. A deslumbrância e grandiosidade dos cenários é impressionante, desde a imponência do prédio da MACUSA até o clube underground de um duende mafioso. Poucas vezes o universo de Harry Potter ganhou um mundo tão rico nas telas. (TN)

Percurso na Temporada

  • BAFTA – Melhor Design de Produção

Histórico de Indicações

Stuart Craig

  • Indicado como Melhor Direção de Arte (com Stephenie McMillan) por Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2, em 2012
  • Indicado como Melhor Direção de Arte (com Stephenie McMillan) por Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1, em 2011
  • Indicado como Melhor Direção de Arte (com Stephenie McMillan) por Harry Potter e o Cálice de Fogo, em 2006
  • Indicado como Melhor Direção de Arte (com Stephenie McMillan) por Harry Potter e a Pedra Filosofal, em 2002
  • Venceu como Melhor Direção de Arte (com Stephenie McMillan) por O Paciente Inglês, em 1997
  • Indicado como Melhor Direção de Arte (com Chris Butler) por Chaplin, em 1993
  • Venceu como Melhor Direção de Arte (com Gérard James) por Ligações Perigosas, em 1989
  • Indicado como Melhor Direção de Arte (com Jack Stephens) por A Missão, em 1987
  • Venceu como Melhor Direção de Arte (com Robert W. Laing e Michael Seirton) por Gandhi, em 1983
  • Indicado como Melhor Direção de Arte (com Robert Cartwright e Hugh Scaife) por O Homem Elefante, em 1981

Anna Pinnock

  • Venceu como Melhor Design de Produção (com Adam Stockhausen) por O Grande Hotel Budapeste, em 2015
  • Indicada como Melhor Design de Produção (com Dennis Gassner) por Caminhos da Floresta, em 2015
  • Indicada como Melhor Design de Produção (com David Gropman) por As Aventuras de Pi, em 2013
  • Indicada como Melhor Direção de Arte (com Dennis Gassner) por A Bússola de Ouro, em 2008
  • Indicada como Melhor Direção de Arte (com Stephen Altman) por Assassinato em Gosford Park, em 2002

Ave, César!

Jess Gonchor e Nancy Haigh

Que maravilhoso ver que o ótimo novo filme dos irmãos Coen não foi ignorado completamente pela Academia. Ambientado na Hollywood dos anos 50, Ave, César passa boa parte de sua projeção nos levando a diferentes cenários das mais diversas produções de gênero, desde épicos bíblicos que recriam a Roma Antiga, bares de marinheiros que armam um grande número musical ou o aspecto labiríntico do pavilhão dos estúdios por onde o protagonista de Josh Brolin está sempre correndo. Jess Gonchor e Nancy Haigh trazem glória e respeito a tais ambientes, favorecendo o uso de cores fortes e destoantes (um exemplo é o curioso restaurante marinho onde Brolin tem reuniões com seu contato da empresa aérea), além de adotar o próprio aspecto artificial de uma produção da época na própria narrativa; como observamos no green screen expressionista e fake da cena que envolve um submarino russo. (LN)

Histórico de Indicações

Jess Gonchor

  • Indicado como Melhor Direção de Arte (com Nancy Haigh) por Bravura Indômita, em 2011

Nancy Haigh

  • Indicada como Melhor Direção de Arte (com Jess Gonchor) por Bravura Indômita, em 2011
  • Indicada como Melhor Direção de Arte (com John Myre) por Dreamgirls: Em Busca de um Sonho, em 2007
  • Indicada como Melhor Direção de Arte (com Dennis Gassner) por Estrada para Perdição, em 2003
  • Indicada como Melhor Direção de Arte (com Rick Carter) por Forrest Gump: O Contador de Histórias, em 1995
  • Venceu como Melhor Direção de Arte (com Dennis Gassner) por Bugsy, em 1992
  • Indicada como Melhor Direção de Arte (com Dennis Gassner) por Barton Fink – Delírios de Hollywood, em 1992

A Chegada

Patrice Vermette e Paul Hotte

A Chegada é uma obra-prima em todos os aspectos, desde a construção de sua narrativa até a escolha dos figurinos. E para uma história que preza pela subjetividade cronológica do tempo, nada mais justo que uma paleta de cores que reflita essa mesma complexidade. Patrice Vermette volta a trabalhar com o cineasta Denis Villeneuve (após Sicario – Terra de Ninguém) e mais uma vez excede na direção de arte do filme: os tons de azul e branco trazem ambiguidade às cenas, brincando com a ideia de calmaria e uma intrínseca angústia, além de constantemente estarem embebidos numa névoa desconhecida. Ao invés da pacificidade, as construções da paleta optam por abandonar a saturação excessiva, empalidecendo as sequências e construindo gradativamente uma atmosfera mais branda que acompanhe o ritmo do roteiro, algo que também está expresso no design minimalista e geométrico das naves dos Heptapódes – além da janela de vidro servir à boa metáfora do crítico Matheus Fragata sobre uma tela cinemascope. (TN)

Histórico de Indicações

Patrice Vermette

  • Indicado como Melhor Design de Produção (com Maggie Gray) por A Jovem Rainha Victoria, em 2010

La La Land: Cantando Estações

Sandy Reynolds-Wasco e David Wasco

O casal Wasco é conhecido por trabalhar com o diretor Quentin Tarantino e por utilizarem uma vertente artística visceral em seus trabalhos – sempre adornados com tons de amarelo e vermelho que saturem a personalidade vibrante dos personagens. Em La La Land, o duo abandona a crua estética para dar lugar a algo mais leve: a recepção visual, em vez de causar angústia, é construída de forma a ressaltar o desejo dos personagens de encontrar seu lugar na “Cidade dos Sonhos”: os cenários são relativamente limpos, mas pontuados com objetos cujas cores se sobressaem a ponto de criar relevos imaginários na tela do cinema, além de diversas vezes vermos cartazes de filmes clássicos e rostos de estrelas estampados nas paredes – vide o quarto de Mia que traz uma foto gigantesca de Ingrid Bergman. À medida em que a euforia tonal é deixada de lado, a paleta complementar acaba se fundindo e criando um universo próprio e mágico – tornando o filme um dos favoritos a levar para casa a estatueta desta categoria. (TN)

Percurso na Temporada

  • ADG – Melhor Design de Produção em Filme Contemporâneo
  • Critics Choice Awards – Melhor Design de Produção

Passageiros

Guy Hendrix Dyas e Gene Serdena

O novo filme protagonizado por Jennifer Lawrence e Chris Pratt pode não ter uma das histórias mais originais do cinema, mas Guy Hendrix Dyas e Gene Serdena realizoaram um trabalho que justifica sua indicação ao Oscar: os cenários da espaçonave Avalon são suntuosos e comoventes, além de serem arquitetados com os aparatos tecnológicos mais empolgantes dos últimos anos. A escolha da paleta pode se limitar às regras de outras obras de ficção científica, mas realiza seu papel bem e entra como um facilitador para sequências subsequentes dentro do filme. Tons de amarelo, dourado e azul misturam-se com facilidade e entram em choque com a escuridão do espaço, além de refletirem as emoções dos personagens e a atmosfera inebriante da vastidão da nave. Também é válido destacar o design nada comum da espaçonave, que se assemelha a um pretzel em constante rotação e movimento de suas peças, e o bar que é fortemente inspirado pelo do hotel Overlook em O Iluminado. (TN)

Percurso na Temporada

  • ADG – Melhor Design de Produção em Filme de Fantasia

Histórico de Indicações

Guy Hendrix Dyas

  • Indicado como Melhor Design de Produção (com Larry Dias e Douglas A. Mowat) por A Origem, em 2011

Aposta: La La Land

Voto do Bastidores: La La Land

Esnobado: Animais Noturnos

 

Melhor Figurino

A menos que o projeto exija, eu não estou interessada em uma réplica exata da época. Eu vejo a época, como deveria ser, como poderia ser, e então eu faço a minha própria versão – Sandy Powell

Aliados

Joanna Johnston

Joanna Johnston, conhecida por seu trabalho em filmes como Forrest Gump – O Contador de Histórias e O Resgate do Soldado Ryan, faz um incrível trabalho em Aliados, criando uma linha de figurinos extremamente delicada e que ao mesmo tempo consegue se tornar atemporal. A ideia aqui foi criar praticamente uma pintura em forma de tecidos como seda e risca-giz para transpassar a ideia de endeusamento dos dois personagens principais, Max (Brad Pitt) e Marianne (Marion Cotillard), de modos diferentes: enquanto esta é adornada com vestidos e casacos que a caracterizam como uma mulher forte e sensível ao mesmo tempo, aquele permanece na maior parte trajando longas capas com tons mais escuros que reflitam sua majestuosidade e personalidade contraditória – incluindo também trajes militares que marcam o personagem durante a segunda metade do longa. (TN)

Histórico de Indicações

Indicada como Melhor Figurino por Lincoln, em 2013

Animais Fantásticos e Onde Habitam

Colleen Atwood

Resgatando a moda dos anos 1920 e pincelando-a com alguns toques mágicos, o figurino de Animais Fantásticos é um dos fortes candidatos ao Oscar 2017, sendo a perfeita combinação entre época e fantasia. Enquanto o elenco masculino foi banhado com trajes sociais mais escuros, cujos tons variam entre o azul e o roxo-escuro, as escolhas para as vestimentas femininas seguem o padrão andrógeno do período pós Primeira Guerra Mundial, incluindo os chapéus em forma de sino e as saias acima do joelho com a costura reta, os quais se contrapõe aos elegantes e cintilantes vestidos de festa utilizados em determinados momentos pelas personagens. (TN)

Histórico de Indicações

  • Indicada como Melhor Figurino por Caminhos da Floresta, em 2015
  • Indicada como Melhor Figurino por Branca de Neve e o Caçador, em 2013
  • Venceu como Melhor Figurino por Alice no País das Maravilhas, em 2011
  • Indicada como Melhor Figurino por Nine, em 2010
  • Indicada como Melhor Figurino por Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, em 2008
  • Venceu como Melhor Figurino por Memórias de uma Geixa, em 2006
  • Indicada como Melhor Figurino por Desventuras em Série, em 2005
  • Venceu como Melhor Figurino por Chicago, em 2002
  • Indicada como Melhor Figurino por A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, em 2000
  • Indicada como Melhor Figurino por Bem-Amada, em 1999
  • Indicada como Melhor Figurino por Adoráveis Mulheres, em 1995

Florence: Quem é Essa Mulher?

Consolata Boyle

Em Florence, o diretor Stephen Frears opta por uma perspectiva mais solar e mais cômica ao retratar uma das figuras mais conhecidas da década de 1940 – e Consolata Boyle conseguiu captar essa identidade por meio de um conjunto vestuário memorável e que correspondesse à personalidade da personagem-título. Enquanto a escassez de materiais mais nobres obrigava a população a se adaptar a trajes mais pesados e mais sutis, a Florence de Meryl Streep deliciava-se na alta costura, com vestidos longos à la Balenciaga, incluindo o colarinho bufante, as cores chamativas em oposição à sobriedade de seus parceiros de cena – como o marido e o pianista -, e seus cartunescos adornos para a cabeça próprios do cenário teatral que tanto perscruta sua vida. (TN)

Histórico de Indicações

  • Indicada como Melhor Figurino por A Rainha, em 2006

Jackie

Madeline Fontaine

É um fato dizer que a grande vedete da passagem dos anos 1950 para os 60 foi a minissaia e a grande adoração ao couro, mas Jacqueline Kennedy sempre manteve um estilo próprio quando nos referimos à vestimenta. E Madeline Fontaine realizou um trabalho incrível em Jackie ao capturar o estilo único de uma das mais famosas primeiras-damas dos Estados Unidos. Dispondo-se de um guarda-roupa que parecia seguir certos mandamentos, as roupas trajadas por Natalie Portman mantém uma finèsse que oscila entre a sutileza combinada do clássico e do casual, e o caimento perfeito de cores únicas harmonizadas com objetos considerados “marcas pessoais” – como seus óculos gigantes. Essas escolham vão de encontro à vestimenta dos outros personagens, cuja opção pela sutileza é refletida pelas cores dos trajes e até mesmo pelos cortes mais retos. (TN)

Percurso na Temporada

  • BAFTA – Melhor Figurino

La La Land: Cantando Estações

Mary Zophres

La La Land é um filme anacronicamente perfeito que faz bom uso de seu tema, seja nas músicas, seja na construção narrativa, seja nas vestimentas – e é aqui que esta abertura criativa se faz mais presente. A princípio, quando conhecemos os personagens Mia e Sebastian, eles e as pessoas ao seu redor optam por roupas com tons mais marcantes e que contrastam umas com as outras, seja se baseando na harmonia ou no complementar. À medida em que os dois começam a desenvolver um relacionamento, o tom onírico próprio da década de 1950 vai dando margem à sofisticação de meados de 1990, adquirindo estampas sutis e cores mais pastéis que contribuem para a atmosfera da narrativa. Vale destacar também o incrível equilíbrio de cores durante o número musical de “Someone in the Crowd”, onde Mia e suas amigas surgem trajando vestidos marcados por cores primárias. A indicação de Mary Zophres é uma das mais fortes da categoria – e caso leve para casa o prêmio, não ficarei nem um pouco surpreso. (TN)

Percurso na Temporada

  • CDG – Melhor Figurino em Filme Contemporâneo

Histórico de Indicações

Indicada como Melhor Figurino por Bravura Indômita, em 2011

Aposta: Jackie

Voto do Bastidores: Animais Fantásticos

Esnobado: Dois Caras Legais

 

Melhor Montagem

Eu leio o roteiro só uma vez, então esqueço dele. Eu só lido com o que eu vejo todo dia na tela, e se eu acredito e entendo aquilo – Thelma Schoonmaker

Até o Último Homem

John Gilbert

Principal representante do gênero de ação, Até o Último Homem justifica sua indicação pelo trabalho impressionante durante as muitas cenas de batalha do épico de Mel Gibson. E como aqui temos algumas das mais realistas e violentas cenas de guerra já vistas em toda a História do Cinema, é de se admirar o controle de John Gilbert em equilibrar as múltiplas ações, tiroteios, rajadas de fogo e granadas que vemos em cena, assim como gradualmente transferir o foco para Desmond Doss e os diferentes membros do pelotão protagonista e as sequências de elipses que encurtam uma série de ações; como Desmond descendo gradativamente os membros feridos de sua equipe. A decisão estrutural de iniciar o filme com uma cena do final é um início promissor para o longa, mas confesso que sua introdução com dois saltos temporais (dois prólogos, basicamente) não é muito atraente do ponto de vista formal. O mérito de Gilbert reside mesmo nas ótimas cenas de ação. (LN)

Percurso na Temporada

  • BAFTA – Melhor Montagem

Histórico de Indicações

  • Indicado como Melhor Montagem por O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, em 2002

A Chegada

Joe Walker

Dentre todos os indicados da categoria, não há dúvidas de que A Chegada traz o uso mais decisivo e essencial para o funcionamento de sua narrativa. Claro, qualquer filme desaba sem uma boa montagem (cof cof, Esquadrão Suicida), mas o que Joe Walker faz aqui merece uma atenção especial, e é preciso discutir spoilers do filme nessa área. Através de diversas quebras na narrativa que nos oferecem o que pensamos ser flashbacks da protagonista vivida por Amy Adams, o filme já nos entrega seu grande segredo nos minutos iniciais, já que tais imagens enigmáticas são na verdade flashfowards provocados pelo contato com os alienígenas. (LN)

Percurso na Temporada

  • ACE Eddie – Filme de Drama

Histórico de Indicações

  • Indicado como Melhor Montagem por 12 Anos de Escravidão, em 2014

La La Land: Cantando Estações

Tom Cross

Premiado por seu trabalho extraordinário no vibrante Whiplash: Em Busca da Perfeição, Tom Cross vai rapidamente se firmando como um dos profissionais mais habilidosos no ramo da montagem. Se La La Land não traz cortes tão intensos ou um ritmo tão acelerado quanto o longa anterior de Damien Chazelle, aqui Cross merece mérito pelas transições fabulosas que é capaz de criar entre diferentes cenas e locações, como ao misturar dois períodos temporais com sutileza e pegar o espectador de surpresa (algo no qual a fotografia também tem um papel importante) e usar a cola certa para disfarçar os plano sequências. Estruturalmente, Cross organiza a trama através da estrutura da estações, e tomem como exemplo a inteligência de se usar um cartão de “Fall” (Outono) durante um momento muito propício à história. Que Chazelle nunca largue de Cross. (LN)

Percurso na Temporada

  • ACE Eddie – Filme Musical
  • Critics Choice Awards – Melhor Montagem

Histórico de Indicações

Venceu como Melhor Montagem por Whiplash: Em Busca da Perfeição, em 2015

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Nat Sanders e Joi McMillon

Houveram muitas comparações entre a narrativa de Boyhood e Moonlight, mas a montagem de Nat Sanders e Joi McMillon para o filme transcendental de Barry Jenkins adota uma estrutura muito mais definida, com a vida de Chiron sendo definida em três atos separados. Nesse quesito, a montagem da dupla funciona para demarcar o tempo e a transformação do protagonista, rendendo uma quantidade de tempo equilibrada para cada um dos atos. Com uma estrutura sólida, a montagem propriamente dita das cenas é eficiente e fornece o ritmo necessário à cada cena, desde cortes mais rápidos para uma cena de briga ou planos mais longos para demarcar contemplação; característica que também ganha força através de inserts que deliberadamente quebram o eixo de cenas de diálogo, como o encontro entre Chiron e Kevin durante o terceiro ato ou momentos mais lúcidos, como quando o pequeno Chiron recebe uma ofensa de sua mãe. E que corte maravilhoso aquele onde somos levados do beijo dos personagens para a mão de Chiron segurando a areia da praia. Um trabalho invisível e muito eficiente. (LN)

A Qualquer Custo

Jake Roberts

A montagem de A Qualquer Custo oferece o ritmo e passagem necessários para um longa de perseguição, com Jake Roberts sabiamente dividindo e equilibrando o foco narrativo entre os dois irmãos assaltantes e a dupla de policiais que os perseguem, sendo capaz de criar uma narrativa fluida e que mantém o interesse do espectador ativo. Evitando a velocidade e histeria de um filme de ação, Roberts oferece um ritmo que leva seu tempo e permite que planos tornem-se mais longos do que o esperado, até mesmo quando temos ações violentas tomando conta da tela, vide a agressão do personagem de Chris Pine a um provocador no posto de gasolina ou o intenso clímax de tiroteio é hábil em distribuir seus personagens e estabelecer a geografia do local. A exceção fica para quando os cortes oferecem uma passagem de tempo nítida, como as econômicas elipses que revelam o processo de se livrar de um carro. (LN)

Aposta: La La Land

Voto do Bastidores: A Chegada

Esnobado: Manchester à Beira-Mar

Melhor Maquiagem & Cabelo

É mágico quando você tem um ótimo ator em uma ótima maquiagem – Rick Baker

Esquadrão Suicida

Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson

Quem diria que o mais criticado filme de super-heróis de 2016 acabaria sendo lembrado pela Academia… Mas até mesmo o hater mais devoto de Esquadrão Suicida precisa reconhecer o trabalho caprichado de maquiagem, especialmente nos prostéticos altamente realistas e práticos do Crocodilo, que permitem ao ator Adewale Akinnuoye-Agbaje expressões nítidas e um trabalho de atuação não verossímel. Merecem créditos também a maquiagem colorida e detalhada da Arlequina e a transformação assombrosa de Jared Leto em seu Coringa… peculiar, marcado pelas tatuagens, dentes de metal e um cabelo berrantemente verde. (LN)

Percurso na Temporada

  • MUHAS – Melhor Maquiagem de Personagem

Um Homem Chamado Ove

Eva von Bahr e Love Larson

Está virando uma tendência da Academia lembrar de um filme esquecido pela maioria na categoria de maquiagem, e em 2017 tivemos o filme sueco Um Homem Chamado Ove lembrado por seu trabalho de maquiagem. É uma indicação puramente charmosa, já que o trabalho em transformar Rolf Lassgård em um sujeito bem mais velho do que aparenta é eficiente, mas longe de ser realmente impressionante. Porém, em tempos em que a maquiagem vem sido substituída por CGI (vide a aposentadoria de Rick Baker), certamente é bom ver que esse tipo de trabalho ainda é feito.

Star Trek: Sem Fronteiras

Joel Harlow e Richard Alonzo

Sete anos depois que o primeiro Star Trek do universo Kelvin de J.J. Abrams faturou o Oscar de Melhor Maquiagem, Sem Fronteiras retorna como o grande favorito para honrar seus antecessores. E é realmente uma indicação merecidíssima, pois o filme de Justin Lin tem a maior quantidade de novas espécies alienígenas de todos os três filmes, trazendo trabalhos que funcionam pela simplicidade – como a pintura facial de Sofia Boutella como Jaylah – ou prostéticos impressionantes que possibilitam a existência de alienígenas bizarros, vide a personagem de Lydia Wilson ou a tripulante da Enterprise que parece ter o facehugger de Alien no lugar de cabelo. Isso sem falar no personagem de Krall, cuja transformação facial progressiva já seria o suficiente para justificar a premiação por sua maquiagem. (LN)

Percurso na Temporada

  • MUHAS – Melhor Maquiagem de Efeitos Especiais

Histórico de Indicações

Joel Harlow

  • Indicado como Melhor Maquiagem com Gloria Pasqua Casny por O Cavaleiro Solitário, em 2014
  • Venceu como Melhor Maquiagem com Barney Burman e Mindy Hall por Star Trek, em 2010

Aposta: Star Trek: Sem Fronteiras

Voto do Bastidores: Star Trek: Sem Fronteiras

Esnobado: Rogue One: Uma História Star Wars

Melhores Efeitos Visuais

Eu não faço efeitos especiais. Eu faço personagens. Criaturas – Stan Winston

Doutor Estranho

Stephane Ceretti, Richard Bluff, Vincent Cirelli e Paul Corbould

Filmes da Marvel Studios nunca tiveram um apuro visual memorável ou requintado, mas isso mudou quando Doutor Estranho introduziu a psicodelia a seu universo cinematográfico. Fortemente inspirado na técnica de A Origem e Matrix, os efeitos aqui são excepcionais na lógica interna da magia usada pelos personagens, seja nos detalhes de faíscas que saem de suas mãos ou os portais cósmicos que permitem viagens instantâneas. Quando estamos na chamada Dimensão Espelhada, vemos prédios e cidades se dobrarem em uma espécie de caleidoscópio enquanto as imagens vão tornando-se cada vez mais incríveis. (LN)

Percurso na Temporada

  • VES – Melhor Ambiente Digital – Nova York

Histórico de Indicações

Stephane Ceretti

  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Nicolas Aithadi, Jonathan Fawkner e Paul Corbould) por Guardiões da Galáxia, em 2015

Paul Corbould

  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Nicolas Aithadi, Jonathan Fawkner e Stephane Ceretti) por Guardiões da Galáxia, em 2015

Horizonte Profundo: Desastre no Golfo

Craig Hammack, Jason Snell, Jason Billington e Burt Dalton

Um dos indicados surpresa na categoria, Horizonte Profundo foi lembrado pela forma discreta e habilidosa com qual é capaz de misturar efeitos práticos, CGI e até miniaturas. A própria plataforma de petróleo ganha uma miniatura que é realista e fiel à verdadeira Deepwater Horizon, além de ganhar um retoque digital sutil e impressionante da equipe de efeitos visuais. Quando o desastre enfim ocorre, o longa ganha ainda mais elementos completamente digitais, em especial a explosão que se alastra pelos dutos da instalação e o impacto da pressão através do local. Muito chroma key também é utilizado para cenas em que os atores enfrentam situações mais intensas, mas seu uso também mantém o alto padrão e a veracidade proposta pela direção de Peter Berg. (LN)

Percurso na Temporada

  • VES – Melhores Efeitos Visuais de Apoio
  • VES – Melhor Miniatura – Plataforma Deepwater Horizon

Histórico de Indicações

Burt Dalton

  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Roger Guyett, Pat Tubach e Ben Grossman) por Além da Escuridão: Star Trek, em 2014
  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Roger Guyett, Russell Earl e Paul Kavanagh) por Star Trek, em 2010
  • Venceu como Melhores Efeitos Visuais (com Eric Barba, Steve Preeg e Craig Barron) por O Curioso Caso de Benjamin Button, em 2009

Kubo e as Cordas Mágicas

Steve Emerson, Oliver Jones, Brian McLean e Brad Schiff

É raríssimo que uma animação tenha seus efeitos reconhecidos nessa categoria, sendo que a última vez que isso aconteceu foi em 1994, quando O Estranho Mundo de Jack concorreu com Jurassic Park e Risco Total. Agora, a técnica impressionante de Kubo e as Cordas Mágicas ganha uma atenção especial, principalmente pela maneira como seu stop motion ganhou um reforço de CGI muito orgânico e que garante um visual único à animação, como podemos observar nas cenas envolvendo água. Todavia, o grande reconhecimento de Kubo vem pelo boneco de 30 metros do Esqueleto, a maior figura de stop motion já criada na História. (LN)

Percurso na Temporada

  • VES – Melhores Efeitos Visuais em Filme de Animação

Mogli – O Menino Lobo

Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones e Dan Lemmon

Sem sombra de dúvidas o filme que mais depende de seus efeitos visuais, Mogli – O Menino Lobo seguiu a escola de Avatar e recriou toda a floresta e seus habitantes com computação gráfica, tendo no ator Neel Sethi o único elemento real presente no set, composto quase que inteiramente de green screen. Toda a interação funciona e o espectador mergulha em um mundo convincente e que parece real, e tudo fica ainda mais interessante com os animais inteiramente digitais que o protagonista encontra ao longo de sua jornada. Os efeitos para criar o urso Balu, a pantera Bagheera ou o assustador tigre Shere Khan são impressionantes, especialmente pela expressividade que somos capaz de ver ali. (LN)

Percurso na Temporada

  • VES – Melhores Efeitos Visuais 
  • VES – Melhor Personagem Digital – King Louie
  • VES – Melhor Fotografia Virtual
  • VES – Melhor FX e Simulação de Animação – Natureza
  • VES – Melhor Composição
  • BAFTA – Melhores Efeitos Visuais
  • Critics Choice Awards – Melhores Efeitos Visuais

Histórico de Indicações

Robert Legato

  • Venceu como Melhores Efeitos Visuais (com Joss Williams, Ben Grossman e Alex Henning) por A Invenção de Hugo Cabret, em 2012
  • Venceu como Melhores Efeitos Visuais (com Mark A. Lasoff, Thomas L. Fisher e Michael Kanfer) por Titanic, em 1998
  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Michael Kanfer, Leslie Ekker e Matt Sweeney) por Apollo 13: Do Desastre ao Triunfo, em 1996

Andrew R. Jones

  • Venceu como Melhores Efeitos Visuais (com Joe Letteri, Stephen Rosenbaum e Richard Baneham) por Avatar, em 2010
  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com John Nelson, Erik Nash e Joe Letteri) por Eu, Robô, em 2005

Dan Lemmon

  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Joe Letteri, Daniel Barrett e Erik Winquist) por Planeta dos Macacos: O Confronto, em 2015
  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Joe Letteri, R. Christopher White e Daniel Barrett) por Planeta dos Macacos: A Origem, em 2012

Rogue One: Uma História Star Wars

John Knoll, Mohen Leo, Hal Hickel e Neil Corbould

Um novo filme de Star Wars é sinônimo de grandes efeitos visuais, visto que todos os filmes da saga (com injusta exceção de A Vingança dos Sith) foram lembrados nessa categoria pelo Oscar. Com a guerrilha galáctica de Rogue One, a Industrial Light & Magic faz um trabalho habitualmente impressionante na criação de planetas, naves espaciais e personagens digitais, com destaque aqui para o dróide K2SO. Porém, a grande cereja no topo do bolo – e também motivo de polêmicas – é o uso de computação gráfica para recriar o Grand Moff Tarkin de Peter Cushing e a Princesa Leia de Carrie Fisher. O trabalho no oficial do Império é realmente impressionante, sendo o ápice do que a tecnologia já chegou na criação de faces humanas realistas; e isso por si só já valeria o Oscar aqui. O problema é a Leia digital, cuja artificialidade apavorante seria o suficiente para desclassifcar o longa da categoria. (LN)

Histórico de Indicações

John Knoll

  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Hal T. Hickel, Charles Gibson e John Frazier) por Piratas do Caribe: No Fim do Mundo, em 2008
  • Venceu como Melhores Efeitos Visuais (com Hal T. Hickel, Charles Gibson e Allen Hall) por Piratas do Caribe: O Baú da Morte, em 2007
  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Hal T. Hickel, Charles Gibson e Terry D. Frazee) por Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra, em 2004
  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Rob Coleman, Pablo Helman e Ben Snow) por Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones, em 2003
  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Dennis Muren, Scott Squires e Rob Coleman) por Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma, em 2000

Hal T. Hickel

  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com John Knoll, Charles Gibson e John Frazier) por Piratas do Caribe: No Fim do Mundo, em 2008
  • Venceu como Melhores Efeitos Visuais (com John Knoll, Charles Gibson e Allen Hall) por Piratas do Caribe: O Baú da Morte, em 2007
  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com John Knoll, Charles Gibson e Terry D. Frazee) por Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra, em 2004

Neil Corbould

  • Venceu como Melhores Efeitos Visuais (com Tim Webber, Chris Lawrence e David Shirk) por Gravidade, em 2014
  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Cedric Nicolas-Troyan, Phil Brennan e Michael Dawson) por Branca de Neve e o Caçador, em 2013
  • Indicado como Melhores Efeitos Visuais (com Mark Stetson, Richard R. Hoover e Jon Thum) por Superman: O Retorno, em 2007
  • Venceu como Melhores Efeitos Visuais (com John Nelson, Tim Burke e Rob Harvey) por Gladiador, em 2001

Aposta: Mogli – O Menino Lobo

Voto do Bastidores: Rogue One

Esnobado: A Chegada

Chegamos ao fim desse volume mais extenso e complexo! Queremos saber de vocês, caros leitores e leitoras, qual a opinião de vocês sobre as categorias técnicas? Quem merece ganhar, quem poderia ter sido indicado? Comente!

E fiquem ligados, na segunda-feira lançaremos o terceiro volume do especial, focado nas categorias sonoras!

Volume I: Atuações

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Publicado por Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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