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Análise | Donut County – Encantadoramente Bizarro

Você já teve vontade de simplesmente varrer tudo do mapa e deixar tudo absolutamente limpo? Pois é exatamente essa a proposta de Donut County, um game indie desse ano que fez bastante sucesso pela sua ideia absolutamente bizarra.

O game encanta pela sua história simples. Nele, conhecemos BK e Mira, dois amigos que vivem em Donut County. Trabalhando na loja local de donuts, o guaxinim BK realiza entregas esporádicas para todos os cidadãos da cidadezinha, porém, toda vez que entrega as deliciosas rosquinhas, acaba criando buracos que passam a engolir tudo o que há por perto.

Obviamente que essa história bizarra chega a ter alguma lógica envolvendo uma conspiração surreal, mas como o game é extremamente curto, dar qualquer detalhe sobre isso estragaria a experiência, já que o roteiro é bastante divertido.

Em termos de gameplay, tudo é muito simples. Através de flashbacks, acompanhamos as entregas de BK aos moradores de Donut County. Nelas, controlamos um buraco móvel que passa a aumentar de tamanho toda vez que um objeto acaba caindo dentro dele.

Dessa forma, em puzzles muito simples, o jogador vai “limpando” todo o cenário até remover tudo o que estava na superfície – até mesmo montanhas, prédios e casas. Em algum momento do game, o buraco ganha uma catapulta em seu interior, possibilitando “regurgitar” certos itens que são partes vitais para solucionar quebra-cabeças mais elaborados, mas nada que seja realmente desafiador.

Em uma atividade divertida e relaxante, é possível finalizar Donut County em apenas noventa minutos. Seu roteiro repleto de humor funciona muito bem para entreter, além de termos uma historinha leve e divertida. O game realmente se resume ao controle básico de mover o buraco e dar alguns cliques nas seções de diálogo.

Felizmente, o estilo artístico encantador do game consegue prender a atenção para vermos todas as fases criativamente desenhadas com diversos itens curiosos. Tanto que no final de cada fase, é possível ver o Trashpedia com as descrições de BK sobre todos os itens que caíram no buraco. Obviamente, o mesmo senso de humor único é preservado.

O mesmo pode ser dito da trilha musical do game que acompanha a qualidade do design artístico. As músicas vão de relaxantes a agitadas para diferentes fases e algumas chegam a ter homenagens aos games dos anos 1980 como Mega Man durante a fase final de luta contra o chefão.

Original e repleto de inventividade, Donut County é um game muito simples e eficiente. Ele certamente vale a sua atenção, mas somente em um preço bastante acessível devido à sua curta duração.

Donut County (2018)

Desenvolvedor: Ben Esposito
Estúdio: Annapuna Games
Gênero: Point n’ Click
Plataformas: Ios, PS4, Switch, PC, Xbox One

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Publicado por Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema seguindo o sonho de me tornar Diretor de Fotografia. Sou apaixonado por filmes desde que nasci, além de ser fã inveterado do cinema silencioso e do grande mestre Hitchcock. Acredito no cinema contemporâneo, tenho fé em remakes e reboots, aposto em David Fincher e me divirto com as bobagens hollywoodianas.

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