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Análise | Mass Effect

Mass Effect é, sem sombra de duvidas, o Star Wars dos Video Games, e é claro que toda boa história tem um começo. Produzido pela BioWare e distribuído pela Microsoft Game Studios, o primeiro Mass Effect foi lançado exclusivamente para XBOX 360 em novembro de 2007. A versão para Windows veio em maio de 2008, agora já distribuído pela EA (Electronic Arts), e apenas em dezembro de 2012 o game teve sua versão para o Playstation 3. Então, acompanhando o lançamento de Mass Effect Andromeda, venha com o Bastidores e embarque nessa viagem maravilhosa pela Via Láctea, onde esse Action RPG deixa qualquer um de boca aberta.

Universo Rico, História Rica

O Universo de Mass Effect é muito rico e denso quando o assunto é a história, indo milhares de anos antes do tempo em que o jogo se passa. Por hora vamos nos focar apenas nos humanos. Eles descobriram, ao explorar o nosso sistema solar um Mass Ralay, que funcionam como grandes estilingues para viagens espaciais, criados por uma raça antiga e já extinta chamada Prothean. Com eles é possível chegar do outro lado da galáxia em questão de segundos. Ao descobrirem isso o mundo mudou para os humanos, principalmente depois de começarem a fazer contado com outras raças.

Foi descoberto que já existia uma gigante sociedade, entre as diferentes raças, tendo como a capital da galáxia a Citadel, uma gigantesca estação espacial que funciona como uma grande cidade. Ela é comandada pelo “Conselho”, formado por três das várias raças existentes. Desde então os humanos vêm tentando se entrosar e serem respeitados pelo resto. Isso tudo ocorre antes do começo do jogo.

A história verdadeiramente começa com uma missão para recuperar um artefato Prothean em uma colônia humana, e a nave Normandy é enviada para lá. Nela está Shepard, aspirante ao posto de “espectro”, que são soldados diretamente controlados pelo Conselho e somente por eles, são como a elite da elite, e ele tenta ser o primeiro humano a ter esse titulo. Acontece que o planeta está sendo invadido por Geths, uma raça de robôs sintéticos e liderada por Saren, o mais famoso e reconhecido espectro, e agora traidor. Shepard encontra o dito artefato e entra em contado com ele, o fornecendo visões sobre determinados eventos que ele não entende. Agora cabe ao jogador deter Seren e salvar a galáxia, no comando da Normandy e agora com o titulo de espectro dado pelo conaelho.

Claro que não é só isso, o lore do jogo é imenso. Cada uma das raças alienígenas tem suas próprias histórias, é tudo extremamente rico em detalhes, mas se eu for explicar tudo, isso não seria uma crítica, e sim um livro.

Cavaleiros do Novo RPG

Para aqueles que não sabem, antes de trabalharem em Mass Effect, a BioWare foi a responsável por nada mais nada menos do que Star Wars: Knights of the Old Republic, um dos melhores RPGs já feitos. Ela pegou toda a sua experiência com SW e transformou em Mass Effect.

O jogo permite customizar o/a Shepard, escolhendo o sexo, a aparência facial, a classe, e até mesmo a sua Backstory. Você aumenta de nível de desbloqueia novos poderes ao longo do tempo e a cada exploração pode-se encontrar novas armas e armaduras, mas a customização não para por ai. Pode-se dizer que o jogo deixa você customizar o personagem durante todo o jogo, através do sistema de diálogo.

Em Mass Effect os diálogos podem ser escolhidos. Toda hora o jogador está escolhendo entre diferentes opções de falas durante o jogo: agressiva, neutra e bondosa. A personalidade do seu Shepard é construída durante todo o jogo, com base em suas escolhas. Esse é o brilho do jogo. Elas importam muito ao nível de você ter que decidir, em determinados momentos, se determinados personagens vivem ou morrem. Até mesmo é possível se envolver romanticamente com alguns.

Pode-se pensar que, esse jogo é uma espécie de sucessor de KOTOR, em cada ponto, mas não. O combate ainda é um pouco estratégico, porém muito mais ágil. A ação nunca para e o jogo dá ao jogador um certo desafio, dependo do nível de dificuldade escolhido. Mas certamente os pontos mais fortes são a história e os personagens, que conseguem ser superiores a muitos jogos lançados nos dias atuais e é completamente diferente de tudo que vimos de Star Wars.

Você tem a Normandy como sua “base”, onde todos os seus colegas estão, distribuídos em seus andares internos. Já os outros planetas existem em boa quantidade e pode encontrar diversos vendedores e NPCs com histórias para contar.

A Vida é Vazia Sem a Amizade

Os personagens de Mass Effect são uns melhores que os outros. Temos Seren como o grande inimigo, tendo uma presença marcante, Comandante Anderson como o grande mentor de Shepard, mas nada supera a tripulação da Normandy, seus melhores amigos de todos os jogos.

Nela temos personagens fantáticos, que vão ou não com o jogador para o campo de batalha. Temos: Joker, piloto da nave e o maior piadista da série; Garus, um sniper turin que começa o jogo bem tímido e rispído, mas que no final das contas é o favorito de muita gente; Ashley, uma oficial humana com cunhos racistas contra alienígenas; Tali, uma Aquarian muito dedicada e bondosa; Rex, um Krogan muito forte que derruba tudo em seu caminho; Kaidan, um oficial humano com diversos implantes em seu corpo; Liara, uma Asari especialista em Protheans; Dra. Chakwas, a médica da nave.

Cada um deles tem histórias e personalidades únicas. Você faz questão de ir falar com cada um deles, depois de alguma missão, para ver se têm alguma dialogo novo.

Apenas dois personagens vão para a ação com o jogador, que são escolhidos no começo de cada missão. Nela, eles não ficam quietos seguindo Shepard, há interações em diversos momentos, seja no meio de diálogos ou durante um passeio de elevador.

Você realmente se apaixona por vários deles, menos a Ashley, devido a pontos já citados. Você se importa com cada um e o jogo brinca com isso de forma brilhante. Além de que cada voz se encaixa perfeitamente em cada personagem, devido ao excelente trabalho de dublagem.

Imagens que Perpetuam

Os gráficos, como já se espera, não seguram muito bem as pontas nos dias atuais, mas mesmo assim conseguem causar impacto. Ver a Cidadel pela primeira vez no jogo é algo maravilhoso, o design de cada lugar é magnifico.

O jogo, de tão envolvente que é, pode fazer as pessoas com mais aversão aos gráficos antigos, pararem de se importar, deviso a qualidade da narrativa.

O Espaço é Lindo, Mas Tem sua Parcela de Escuridão

O jogo não é totalmente perfeito, seus loadings são demorados, seu sistema de combate é complicado, no sentido que o jogador as vezes se atrapalha, e certas ações como hackear terminais são muito malfeitas e exigem certa paciência. Mas nada, nada é mais desagradável do que a exploração dos planetas.

O problema não está na ideia, e sim na execução. Você tem uma espécie de caminhão para usar na exploração e ele não funciona muito bem, nos controles. As próprias missões que aparecem nas explorações são muito chatas e tudo aquilo vira uma perda de tempo, tanto que foi retirado dos dois jogos seguintes, mas acaba por retornar em Andromeda, porém ela faz sentido em relação à proposta do jogo.

Conclusão

O primeiro Mass Effect foi uma demonstração de como se contar uma história rica com um game rico. Qualquer amante de ficção científica vai se apaixonar de cara por esse jogo que foi a base para mais jogos maravilhosos. E se você leu essa review e ficou com vontade de jogar, vá em frente, nos PCs ele está bem baratinho e ele é compatível com a retro compatibilidade do XBOX ONE.

Texto escrito por Daniel Sodré 

Mass Effect (Mass Effect, EUA – 2007)
Desenvolvedora: Bioware

Distribuidora: Microsoft Game Studios, EA
Gênero: RPG de ação, exploração espacial, tiro em terceira pessoa
Plataformas: Xbox 360, PC

Redação Bastidores

Publicado por Redação Bastidores

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