Lista | 10 melhores filmes medievais
Filmes de época sempre foram bem recebidos pelo público e pela crítica especializada. Não importa em qual período que ele é feito ou ambientado. Se bem produzido, com toda certeza terá muitos fãs e será cultuado. A maioria das produções acaba apelando para as cenas de batalha, outros apelam para a política, alguns acertam outros não.
A idade média é talvez o período com maior retratação e destaque no cinema de época. Filmes medievais são na maioria das vezes épicos, pois contam a trajetória heroica de algum personagem. Há muita coisa para ser mostrada pela sétima arte, por exemplo, uma versão mais atual de Alexander Nevsky seria bem vinda, assim como uma produção contando rigidamente o que foi a peste negra.
É um período muito mostrado, mas que ainda sempre dá para se fazer mais. E parece que nos tempos atuais de super-heróis os filmes medievais e suas batalhas grandiosas andam esquecidos. É uma pena! Estreou na quinta o filme do Rei Arthur: A Lenda da Espada e para isso resolvemos elaborar uma lista e lembrar das boas produções existentes sobre esse período tão complicado da história.
10. Joana D'Arc de Luc Besson (1999)
Muitos foram as versões de Joana D'Arc para o cinema. Aqui poderia estar facilmente O Martírio de Joana D'Arc (1928), por exemplo, mas o que conta nessa produção de Luc Besson são as ótimas cenas de batalha e a caracterização de personagem feita por Mila Jovovich (Apesar de Joana D'Arc ser ruiva). O longa exalta a heroína e guerreira que Joana foi e mostra todo o processo até chegar o dia em que morreu queimada viva no ano de 1431. Joana foi canonizada como santa pela igreja católica e hoje é a santa padroeira da França.
9. Arn - O Cavaleiro Templário (2007)
Arn - O Cavaleiro Templário é um filme um pouco desconhecido. Ele é ambientado durante o período das cruzadas em que cristãos lutavam contra muçulmanos na retomada de Constantinopla e Jerusalém. Arn Magnusson é um guerreiro templário que vive em uma região nórdica que viria a se tornar a Suécia, ele é enviado para participar da guerra santa como cruzado. Baseado na trilogia "As Cruzadas" do sueco Jon Guillou essa é a primeira produção e conta com uma continuação chamada Arn - O Reino ao Final da Jornada.
8. Cruzada (Versão do Diretor) (2005)
Dirigido por Ridley Scott a mega produção Cruzada foi lançado em um momento de instabilidade no Oriente Médio e assim como Arn apresenta os cruzados em busca de retomar Jerusalém, cidade havia sido tomada por Saladino. Há alguns furos históricos na trama, mas não deixa de ser uma boa produção com cenas de batalha muito bem orquestradas, além de uma direção de arte e figurino bem montada. O elenco talvez deixe um pouco a desejar com interpretações medianas.
7. Excalibur (1981)
Das várias histórias feitas sobre o mito do Rei Arthur essa deve provavelmente é a melhor de todas. Clavada em uma pedra pelo então Rei Uther Pendragon pouco antes de morrer é imposto que apenas quem for digno de a tirar de lá poderá governar a Inglaterra que no momento da morte do soberano fica sem comando. País vivia dividido por guerras e disputas até que o jovem Arthur, filho de Uther consegue a tirar de lá e dando assim origem ao mito. A partir daí unifica O Reino Unido, cria a távola redonda com os principais nobres com um código de ética e constrói a cidade de Camelot. É um filme essencial para quem quiser saber mais sobre o mito do Rei Arthur e sua espada Excalibur.
6. El Cid (1961)
Com Charlton Heston (Cid) e Sophia Loren (Jimena) no elenco conta a história do herói espanhol chamado de El Cid que foi importante ao unir os mouros e os católicos na luta contra Ben Yussuf. Cid está entre os maiores guerreiros medievais de sua época, mas antes de se aliar aos mouros ele havia os combatido e tomado várias cidades espanholas que estavam sobre controle deles. Ele morreu em seus castelo, diferente do que foi mostrado na produção em que ele aparece morrendo durante a batalha. Há outra longa de 64 sobre o guerreiro, mas essa versão de 61 é melhor. Ótimas cenas de batalhas, caracterização da época perfeita, além de contar com Charlton logo depois de ter estrelado Ben-Hur.
5. O Nome da Rosa (1986)
Jean-Jacques Annaud (Guerra do Fogo) é um diretor especializado em filmes de época. Como não poderia ser diferente em suas tramas bem trabalhadas é um filme com bom roteiro e apresenta uma visão diferente da época medieval. William de Baskerville (Sean Connery) é enviado para um monastério para investigar uma onda de assassinatos misteriosos que acontecem ali. Baseado no livro de mesmo nome de Umberto Eco O Nome da Rosa é um clássico que deve ser visto por todos que quiserem entender melhor o período.
4. Henrique V (1989)
Versão melhor concebida que a versão original de Laurence Olivier (1944) sobre a vida do Rei inglês Henrique V, responsável por pacificar a Inglaterra dos conflitos internos que devastavam o país. É o primeiro longa dirigido por Kenneth Branagh (Thor) e é uma boa ambientação sobre os conflitos em seu reinado. Henrique V é um dos reis mais conhecidos da história inglesa por um feito em especial. Ele invadiu a França com um exército inferior e e venceu a batalha com o exército francês que era muito maior. Feito foi considerado um feito heroico.
3. Trono Manchado de Sangue (1957)
Clássico de Akira Kurosawa sobre um samurai que encontra uma feiticeira e ela vidência que ele será o senhor do castelo do norte. E então que começa uma guerra sangrenta pelo poder. Trono Manchado.. é uma adaptação da obra Macbeth de William Shakeaspeare, mas ambientada na época do Japão feudal em que samurais lutavam pela honra e pelo poder.
2. O Sétimo Selo (1957)
Clássico de Ingmar Bergman sobre os conflitos internos de um cavaleiro cruzado que retorna para casa vindo da guerra. Ele encontra a morte que o deseja levar com ela, mas ele pede uma partida de xadrez para decidir seu futuro. Caso perca vai junto, se ganhar fica. Ela aceita, já que nunca perdeu. Há outro filme do diretor sobre a época medieval, trata-se de A Fonte da Donzela, entre os dois esse é melhor por mostrar os conflitos do homem além de ser uma bela metáfora sobre os medos do fim do mundo. Para começar, o termo que dá nome ao longa "Sétimo Selo" vem de um livro bíblico com nome de Apocalipse, nele todos os selos caso abertos trazem problemas para a humanidade, apenas o sétimo é que traz de fato o fim do mundo. Dá para entender as preocupações de Bergman, na época a Europa acabava de sair da devastação da segunda guerra mundial e os traumas dela ainda imperavam no continente.
1. Coração Valente (1995)
Quase todo filme de época de alguma forma tem uma imprecisão histórica. Isso não é diferente com Coração Valente. Mas não é isso que vai o tornar um filme ruim. Pelo contrário, é uma obra histórica muito bem ambientada na época em que William Walace entra em conflito contra o exército inglês pela independência da Escócia. Tudo começou com a morte de sua esposa por soldados ingleses. O que tem início por uma vingança acaba se tornando uma luta pela independência contra o Rei Eduardo I. Seu estilo era de guerrilha, atacava de todas maneiras os soldados ingleses, mas isso não foi o suficiente. Foi capturado e morto em praça pública. Dirigido e interpretado com excelência por Mel Gibson longa marcou época e até hoje é lembrado por todos como um dos melhores filmes medievais já feito.
Escrito por Gabriel Danius.
Crítica | Antes Que Eu Vá
Histórias sobre jovens vivendo dramas no período da adolescência tem aos montes. Algumas deslizam no excesso de sentimentalismo para tentar focar em alguma situação outras recorrem para a comédia escrachada. Antes Que Eu Vá novo longa da diretora Ry Russo-Young (Caminho Para o Coração) faz parte da nova geração de produções focadas para o público dessa idade e é uma mistura de muitos filmes e produções recentes, mas com um toque mais de suspense. Filmes como Cidade de Papel mostram esses adolescentes em viagens de auto-descoberta e querendo viver emoções diferentes.
No longa de Ry Russo o tema principal é sim de auto-conhecimento, mas aqui o dramatismo é deixado mais de lado e o direcionamento é mais sério e realista. Baseado na obra de mesmo nome escrito por Lauren Oliver longa vai levar aos cinemas os fãs recentes de John Green que se espelham nessas tramas. Lauren, apesar de ser desconhecida por grande parte do público brasileiro ela já conta com uma vasta carreira como escritora. Já publicou mais de uma dezena de livros entre eles o mais famoso é a trilogia Delírio lançado por aqui assim como Antes Que Eu Vá pela editora Intrínseca.
Em Before I Fall (nome original em inglês) apresenta a rotina de quatro amigas que vivem suas vidas enter curtição e amores. Uma não faz algo sem a outra, sabem da vida uma das outras e vivem indo à festas. Estão no último ano do colégio, mas nada disso é o foco do filme. Zoey Deutch (Samantha Kingston) e Lindsay (Halston Sage) são as amigas principais de um quarteto ainda composto por Elody (Medalion Rahimi) Ally Harris (Cynthy Wu).
Tudo começa com Samantha perguntando: o que você faria hoje se fosse seu último dia de vida? Daí a história passa a ser desenvolvida com as amigas aparecendo, sua irmã mais nova, seu namorado que parece não gostar muito dela e a garota que faz tudo mudar que é Juliet vivida muito bem pela atriz Elena Kampourius.
Juliet é a personagem que faz ter toda a reviravolta no filme. Os alunos do colégio a chamam de esquisita, aberração por ser diferente. As quatro amigas em questão realizam bullying diário com a garota. Tudo piora quando no dia do cupido, em que os alunos podem enviar flores para qualquer pessoa da escola no anonimato, as garotas enviam uma flor com um conteúdo não mostrado para ela, provavelmente algo para a humilhar. Há uma festa na casa de um dos alunos e todas estarão lá.
Eis que Juliet aparece na festa para tirar satisfação com as quatro e acaba por sofrer uma humilhação pesada das 4. As amigas saem chateadas da festa com a discussão e vão embora juntas. Então acontece do carro delas bater em algo e elas consequentemente morrem. Tudo isso é mostrado de forma rápida, pois a continuação dele que é o que importa. Samantha parece receber ao mesmo tempo uma bênção e uma maldição. Ela acorda literalmente todo mesmo dia em que vai morrer e nisso ela vai tentando fazer sempre algo diferente para ver qual o resultado na prática. Isso é o que pode se dizer resumidamente de Antes Que Eu Vá sem estragar o final que vai surpreender a muita gente.
Em tempos que 13 Reasons Why faz sucesso por falar de um tema tão atual e que pouco é discutido que é o do bullying excessivo Antes Que Eu Vá poderia ter sido mais do que é. Ele não debate o tema a fundo, o foco é total na personagem de Samantha e em ela ter que viver seus dias para sempre até que consiga mudar o rumo de sua vida. Esse é o caminho da produção, enquanto ela não saber quem ela é e o que realmente quer não vai conseguir chegar ao fim de seu dia, no caso no fim de sua vida já que tudo conspira para que ela fique dentro do carro na hora do acidente.
Mas não é 13 Reasons a maior referência de Antes Que eu Vá. A história, tanto do livro quanto a do filme parecem lembrar bastante obras pops do cinema como Feitiço do Tempo com Bill Murray no papel do jornalista que acorda todos os dias e Carrie, A Estranha obra clássica de Stephen King que já teve várias versões para o cinema e sempre é referência quando falam em bullying no colégio.
Na realidade, Before I Fall é uma trama focada mais no período da passagem da adolescência para a fase a adulta. Samantha tem vários dramas que vai percebendo durante o tempo que vai passando, viver todos os dias na verdade a faz perceber o quão errada algumas decisões são e ela tem a possibilidade de mudá-las. Ela ao término de tudo entende sua função na vida até ali. Quem nunca quis ter mais chances para arrumar algo de que se arrependeu no futuro?
Antes Que Eu Vá (Before I Fall, EUA 2017)
Direção: Ry Russo-Young
Roteiro: Maria Maggenti
Elenco: Zoey Deutch, Halston Sage, Logan Miller, Kian Lawley, Elena Kampouris, Cynthy Wu, Medalion Rahimi
Gênero: Drama, Mistério
Duração: 98 min
https://www.youtube.com/watch?v=i-W0gZm_1LE
Crítica | O Rastro
O Rastro é aquela produção que você vai assistir com a expectativa nas alturas devido ao compartilhamento massivamente do trailer ser divulgado nas redes sociais e muitos já diziam muito antes da estreia que seria o melhor filme nacional de terror já feito. Infelizmente isso está longe de ser verdade.
Projeto que levou oito anos para chegar as salas do cinema tentou trabalhar vários elementos que deram certo em filmes de terror de outros países. A ideia da casa amaldiçoada que foi muito bem adaptada em Invocação do Mal aqui se tornou um hospital demonizado por uma garotinha. Sua aparição, por sinal lembra os espíritos que são de assustar qualquer um em produções coreanas e japonesas. Há também o fator loucura psicológica do personagem vivido pelo ator Rafael Cardoso ao estilo O Iluminado.
E são essas referências que mais atrapalharam o andamento do filme. O cinema nacional de antigamente tinha uma pegada mais macabra e bizarra com Zé do Caixão, tinha uma identidade nacional. Já O Rastro quis pegar tantas e tantas referências que acabou ficando sem foco e não conseguiu criar um estilo próprio. Para começar, o diretor na entrevista coletiva de promoção disse que usou como base alguns longas como Babadook, O Orfanato, Labirinto do Fauno entre outros.
É possível fazer um cinema que tenha elementos do terror brasileiro ou terror tropical como muitos chamam sem precisar tentar copiar ou usar produções estrangeiras que deram certo em seus respectivos países como inspiração. O Rastro tem uma boa ideia, mas o uso excessivo de referências faz o filme se perder. Quem o assistir vai perceber que em um momento ele é uma coisa em outros momentos ele muda o caminho da narrativa, até que ao final eles tentam dar uma virada que se tivesse sido colocada muito antes seria excelente, mas acabaram perdendo a chance. Tentaram chocar e surpreender ao mesmo tempo.
A história segue a vida de João (Rafael Cardoso) um ex-médico que trabalha em uma central de transferência de pacientes de um hospital para outro. Ele notifica um antigo amigo que ele não pode mais colocar ninguém em nenhum leito, pois seu hospital estava proibido de atender novos pacientes devido a precaridade do lugar. Não há higiene, aparelhos quebrados e mais uma soma de fatores fizeram com que João chegasse a decisão de fechá-lo. Antes ele conhece uma garota menor de idade e internada sozinha por lá, sem acompanhamento de uma pessoa maior de idade. Ela não tem família, não tem pais nem mãe. Ela vive em um internato e por estar doente foi parar lá.
Feito o fechamento e a retirada de todos pacientes (com foco na revolta da população e que o lugar atendia aos pobres por isso estava sendo fechado) João repara que essa menina estava desaparecida, o nome dela não constava na troca de leitos e por isso ela devia estar lá perdida ou algo havia acontecido com ela de mais sério. Eis que aí começa tudo, ele passa a correr loucamente do hospital para sua residência procurando por ela. Em seus sonhos tinha vislumbre dela como se fosse um fantasma. Sua esposa Leila (Leandra Leal) até então não tinha destaque nenhum e só aparecia para conversar com o marido. A protagonista feminina até então era a personagem de Cláudia Abreu, a médica Olivia do agora hospital abandonado e que ajuda João (um pouco) a procurar a garota. Mais para frente em sua investigação ele encontra o nome da médica envolvido em vários casos de operação de pacientes que sumiram do nada.
Ele continua investigando e o espírito da garota passa a aparecer mais vezes para ele e então começa a ter surtos psicóticos. É aí que o diretor tenta enganar o telespectador. Estaria João com problemas psicóticos e teria visões da garota? Será que ela morreu de fato e essa imagem que aparece para ele é um fantasma? Não, nada disso. O que pode ser dito sem estragar nada é que o filme fala sobre tráfico de órgãos. É um tema muito interessante se levar em conta que era um hospital quase abandonado e que cuidava da população de baixa renda. Mas precisava enrolar tanto para chegar nisso. A ideia é tão boa que deveria ser o tema central de tudo. Deveriam esquecer os fantasmas e tudo o mais. Seria um suspense excelente.
Com certeza a falha de tudo foi por parte do roteiro. A direção é boa, tem enquadramentos que dão um toque de suspense, o elenco é bem dirigido e sai bem na interpretação e a fotografia dá um ar de filme de terror. O problema como dito foi querer fazer um mistério excessivo e levar para um caminho da garota. Os efeitos especiais dela personificada em fantasma é tão ruim que lembra os do também filme brasileiro O Caseiro. Fora que os gritos dela em vez de fazer você sentir medo causam um certo constrangimento de tão forçado. Filme de terror é 50% som, ele que te causa na maioria das vezes aquele pânico. Em O Rastro ele é usado em tantas cenas desnecessárias que chega a ficar enjoativo e repetitivo e acaba matando uma cena que poderia dar algo.
O arco dramático de Cláudia Abreu poderia ter sido melhor desenvolvido e deram muito destaque para ela sendo que foi esquecida na última meia hora. A questão é o porque de terem colocado uma crítica social/política em uma produção que o foco é o terror? Nosso sistema de saúde é sim falido e bizarro. Um filme de terror perfeito por si só, mas porque colocar as cenas reais de pessoas em hospitais? Muito apelativo e desnecessário sendo que o foco é outro. Isso poderia ter sido melhor inserido se o roteiro tivesse sido bem escrito. A cena final com Demestrio Montagner nem o diretor conseguiu explicar porque estava lá, essa cena foi colocada sem nenhum contexto com o resto do longa.
O Rastro tentou criar uma identidade moderna para uma história já vista em muitas outras produções e empregada de melhor forma. Cinema nacional vai continuar sofrendo rejeição enquanto produções assim continuarem sendo tão ruins. Mas há uma esperança, pelo menos o elenco mandou bem e isso já é uma melhora em relação a produções anteriores.
Escrito por Gabriel Danius.
O Rastro (2017)
Direção: J.C. Feyer
Roteiro: André Pereira
Elenco: Leandra Leal, Rafael Cardoso, Cláudia Abreu, Alice Wegmann, Jonas Bloch, Felipe Camargo
Gênero: Terror
Duração: 90 min
https://www.youtube.com/watch?v=gJA9Wbaeq1U
Crítica | Aliens vs. Predador 2
O primeiro AVP era triste de se assistir de tão ruim. Todos imaginavam uma continuação que poderia e deveria ser melhor. Mas não, conseguiram piorar com Alien vs. Predador 2 que é um pesadelo cinematográfico. No anterior tanto Aliens quanto Predadores se digladiavam na Antártica. A ideia era até que interessante o problema é que foi mal explorado. Já nesse retorno às telas tudo se tornou tão banal e ridículo que há de se pensar duas vezes se esse não é o pior filme envolvendo todos os feitos das duas franquias.
Para começar, se é para fazer um vídeo dos dois se matando no planeta Terra que pelo menos seja algo original. Mas não, resolveram pelo mais simples e óbvio que é enviar os dois para uma cidade pequena dos Estados Unidos (sempre lá). E não foi suficiente ter colocado dois ícones pops que já haviam sobrevivido a um primeiro longa péssimo. Agora em AVP2 teriam que novamente batalhar não pelas suas vidas, mas para sobreviverem também nos cinema.
Dessa vez a história como dito se passa em uma cidadezinha do Colorado. No final do primeiro filme o corpo do Predador vitorioso é levado de volta para seu planeta natal. É a partir desse episódio que AVP2 se inicia. Dentro do corpo desse Predador havia um Alien se formando, ele nasce e dá vida a uma nova espécie: o Predalien. Isso mesmo, eles conseguiram unir as duas raças e isso até que poderia ter sido melhor explorado.
Então, o Alien mata todos Predadores da nave, resultando em sua queda na Terra e na fuga do Predalien, assim como vários muitos espécimes que vão infectar os humanos. Antes do "capitão Predador" da nave morrer, ele envia uma mensagem de socorro para um outro que estava em uma espécie de centro de comandos dos Predadores. Em vez de chamar alguns companheiros para ajudá-lo, ele tem a brilhante ideia de ir sozinho caçar o tal Alien antes que a situação fuja de controle.
Ele até consegue chegar a tempo de implodir a espaçonave antes que a descubram, mas logo irá descobrir que o alienígena saiu e já começou a reproduzir a espécie entre os humanos que lá residem. A partir desse ponto tudo o que acontece é massacre de humanos e embate entre Predadores contra Aliens. Nada de novo em relação ao primeiro, a diferença é que mudaram de um lugar exótico para um local comum. Só que esse segundo consegue superar negativamente o primeiro em muitos aspectos.
Há uma coisa que deve ser dita de imediato antes de começar. Alguém conseguiu enxergar algo nos 94 minutos de AVP2? Se sua resposta foi sim, você merece um prêmio, se foi não você está do lado da grande maioria. A fotografia dessa produção é tão escrota, mal feita que mais parece ter sido realizada por um estudante na área - na verdade, até estudantes fariam um trabalho mais decente. Ok, tem que ser escuro até porque grande maioria dos eventos se passa durante a noite, mas precisa ser uma escuridão no sentido literal da palavra? Provavelmente eles pensaram em deixá-lo mais sombrio, só isso responde o porquê de uma fotografia péssima, que claramente recebeu um tratamento na pós-produção para ter seu brilho diminuido - basta reparar no plano do nascimento do Predalien do primeiro filme, que é reaproveitado aqui, só que assustadoramente mais escuro. As fotos usadas nessa crítica só estão nítidas porque foram tratadas no Photoshop, caso contrário ninguém iria ver nada nelas.
Calma que ainda tem coisa pior: o arco dramático envolvendo os moradores da cidade. No primeiro filme eram aventureiros entrando na nave submersa, já nesse são adolescentes, famílias e muito mais sendo mortos pelas criaturas titulares. A trama envolvendo esse pessoal citado remete a filmes como Halloween e Pânico, em que um assassino mata todos que encontra pela frente (na maioria das vezes são adolescentes), podendo assim configurar-se como um exemplar do slasher. Dos bem ruins, claro.
São dois os mestres que dirigiram esse épico horrível de terror. Greg Strauese e Colin Strause, dois irmãos sem experiência alguma na função e que caíram abruptamente no projeto. São os mesmos responsáveis do horrível Skyline - A Invasão, o que revela que fazer filmes com alienígenas está na veia dos irmãos; ou melhor, não está. Tanto Greg quanto Colin só haviam trabalhado em direção com curtas-metragens, e em Hollywood a especialidade da dupla é no setor de efeitos visuais, onde já trabalharam em diversos projetos.
A questão é: quem tomou a brilhante ideia de colocar dois diretores sem experiência para dirigir um filme com dois personagens tão icônicos quanto Alien e Predador? Jogaram dinheiro no lixo e não se sabe como ambos conseguiram sobreviver a ele. É o típico pensamento empresarial de se confiar em técnicos de efeitos apenas pelos protagonistas serem duas criaturas que dependem dessa técnica - e por seus realizadores serem consideravelmente mais baratos do que diretores experienciados -, esquecendo-se que o mais importante é a habilidade de se contar histórias
Esse longa não devia existir, o que fizeram com esses dois personagens é um absurdo. Mostraram que não estão nem aí para o conteúdo, só para explosão, morte e caos e nem sempre isso segura um filme. Alien vs. Predador, tanto o primeiro como esse tinham tudo para serem sucesso. São personagens adorados pelo público e tem um lugar cativo entre os principais monstros da cultura pop. Mas não, chamaram diretores péssimos para dirigir, elenco tão fraco que muitos não faria nem papel de figuração, roteiro de chorar. Resta rezar para que não decidam fazer um terceiro episódio dessa péssima duologia.
Alien Vs. Predador 2 (AVPR: Aliens vs Predator - Requiem, 2007)
Direção: Colin Strause, Greg Strause
Roteiro: Shane Salerno
Elenco: Steven Pasquale, Reiko Aylesworth, John Ortiz, Johnny Lewis, Ariel Gade, Kristen Hager, Robert Joy
Gênero: Terror, Ação, Ficção Cientifíca
Duração: 94 min
https://www.youtube.com/watch?v=LnwJId-r8_w
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Guardiões da Galáxia Vol. 2 | Conheça Ayesha e os Soberanos
No artigo anterior discutimos quem era Ego, O Planeta Vivo agora vamos falar de outra personagem dentre os muitos que foram apresentados em Guardiões da Galáxia Vol. 2. A figura em questão chamou muita atenção pelo foco e por ter um certo destaque na trama. Quando Ayesha (Elizabeth Debicki) apareceu poucos sabiam quem ela era e qual sua relação com a produção e de como ela seria aproveitada no próximo longa dos Vingadores: Guerra Infinita.
No final de Guardiões 2 a mulher dourada e com capacete diz que eles são Os Soberanos, esse não é o nome real usado nas histórias em quadrinhos por ela. Ayesha é um ser criado por cientistas humanos de um intitulados de Enclave, ou também conhecidos como a Colmeia. Esse é o mesmo grupo que criou Adam Warlock (Ele), personagem que será o principal responsável pela queda do tirano Thanos.
Ele foi criado antes de Ayesha e a ideia dos cientistas era a de criar um ser que pudesse ajudar a combater o mal. Só que Warlock acabou indo embora e abandonou os cientistas que decidiram criar um outro casulo com a então sacerdotisa dentro. Para esse processo de criação desse novo ser foi chamado o Doutor Estranho que sem conhecimento do que estava fazendo realizou uma cirurgia neural e assim que foi criado o Parágona.
Parágona? Sim, Ayesha antes de se tornar mulher era Parágona, um homem. Isso não será abordado nos filmes até porque iria confundir muitas pessoas. É mais fácil dizer que ela faz parte de um outro grupo (Soberanos) e esquecer que Ela já foi Ele algum dia. Parágona ao sair do casulo recebeu como ordem inicial matar o Doutor Estranho. Ele quase conseguiu realizar sua missão se não fosse Hulk ajudá-lo e juntos derrotarem o ser artificial. Em seu último ato Parágona retornou ao casulo para entrar em um novo transe.
Dentro do casulo ele soube da existência de Adam, ser da mesma linhagem dela. Desde então se apaixonou e quando saiu do casulo já estava transformada em uma mulher loira. Ela foi ao encontro dele que já estava morto. Sua alma havia sido sugada pela gema da alma. A versão feminina de Warlock é muito forte, consegue absorver o poder do universo e usar do jeito que quiser, de preferência contra seus inimigos. Assim como Adam ela cria um casulo para rejuvenescer e descansar. Isso tudo além de ser superpoderosa e de ser imune a gravidade.
Ou seja, a personagem que aparece em Guardiões 2 e que aparenta não ter poder nenhum é sim muito poderosa. Ela e seu povo tentam destruir os guardiões logo no início do filme, pois Rocket roubou algumas baterias poderosíssimas de seu império. No final ela aparece olhando para o sarcófago de Adam com ar de curiosidade e admiração e diz que irá chamá-lo de "Adam".
Vingadores: Guerra Infinita só estreia ano que vem, antes disso teremos Thor Ragnarok e mais nada da Marvel esse ano. Resta a nós esperar o que mais virá pela frente e torcer para que o próximo filme da franquia em que aparecerá Thanos seja FANTÁSTICO!
Escrito por Gabriel Danius.
Crítica | Norman: Confie em Mim
Se perguntassem para você agora o nome de um filme que Richard Gere tenha feito certamente você responderá Uma Linda Mulher, clássico da década de 90. Queira ou não o nome do ator americano hoje com 67 anos estará sempre associado ao clássico romance em que fez dupla com Julia Roberts. Estreia nessa quinta (04) o longa Norman: Confie em Mim dirigido por Joseph Cedar (Beaufort) e conta com o ator sessentão no elenco.
Na trama ele faz o papel de Norman Oppenheimer um homem solitário que vive na cidade de Nova Iorque e com seu carisma vive tentando fazer amizades com todos, sempre falante e alegre diz ter algum amigo influente e sempre tenta indicar para desconhecidos pessoas conhecidas que não são na verdade seus amigos. São pessoas que ele conheceu em algum evento e pegou o contato e acha que são seus companheiros.
Ele se torna amigo de um secretário da justiça de Israel, um político em declínio e sem importância, ele compra sapatos caros para ele na tentativa de começar a ter uma amizade. Tudo para ganhar uma certa influência no meio político. Diz que trabalha no setor financeiro e que conhece pessoas influentes e assim tenta impressionar o israelense.
O filme leva uma grande parte do tempo mostrando esse estreitamento do laço de amizade com o secretário Micha Eshel (Lior Ashkenazi) e nisso vamos descobrindo mais sobre o personagem de Richard Gere. Descobrimos que ele não quer ser influente no sentido de ser rico e famoso e sim quer ter amigos, pessoas com quem possa conversar e mostrar para outras que ele tem amigos, sendo quase sempre desconhecidas, quer mostrar que ele é importante e que pode ajudar sempre quando for possível. Por isso o subtítulo "Confie Em Mim". Por sinal, sempre que tenta ajudar alguém algo dá de errado e são nessas horas que acontecem as cenas mais engraçadas.
Um salto no tempo é dado e três anos depois aparece o então secretário agora como um influente líder mundial e Norman acaba por encontrá-lo e o contato entre os dois é restabelecido outra vez. Lembre-se que Norman gosta de conversar com desconhecidos e nisso acaba por cair em uma arapuca. A uma dessas pessoas ele acaba por passar várias informações de quem ele era, quem eram seus amigos, quais contatos tem. Acontece que essa pessoa era do FBI e estava investigando um esquema de corrupção envolvendo o atual Ministro Israelense. O ditado popular "morrer pela boca" cabe bem nessa situação, Norman falou demais e acabou se dando mal por isso.
A questão é: O que deu na cabeça de Richard Gere ao participar desse longa? O filme não é ruim. É bom dentro da sua proposta, irá agradar alguns, mas outros sentirão falta de algo a mais. Esse algo a mais poderia ser Gere, mas não é. Um ator com uma história no cinema e uma reputação como a que ele tem deveria escolher melhor seus papéis. O que se percebe é que ele não faz filmes por ser bem pago ou porque vai interpretar um grande personagem. Ele trabalha porque gosta do personagem e não se importa se a produção vai bem ou não. Talvez esse seja seu erro, ele é um grande ator sim e bons filmes tem aos montes por aí, resta a ele escolher melhor o que quer interpretar.
Quanto ao filme Norman: Confie em Mim fica aquela sensação de que podia ser bem melhor do que é. Ele é engraçadinho, bem dirigido, mas ao tratar de temas como política e economia é necessário tomar cuidado para que tudo não fique chato e irracional. Exemplos como O Lobo de Wall Street e A Grande Aposta estão aí para provar que dá para fazer um longa com esse assunto sem perder o foco nem ter um ar de aborrecimento. Richard Gere precisa escolher melhor seus papéis, um ator com o carisma dele não pode trabalhar em produções de segundo escalão como O Benfeitor ou esse Norman.
Norman (Norman: The Moderate Rise and Tragic Fall of a New York Fixer, 2016)
Direção: Joseph Cedar
Roteiro: Joseph Cedar
Elenco: Richard Gere, Lior Ashkenazi, Michael Sheen, Charlotte Gainsbourg, Dan Stevens, Steve Buscemi, Hank Azaria,
Gênero: Drama,
Duração: 117 min
https://www.youtube.com/watch?v=RhWJ3WTpWH0
Guardiões da Galáxia Vol. 2 | Quem é Ego, O Planeta Vivo?
Quem assistiu ao filme Guardiões da Galáxia Vol. 2 ou leu alguma crítica ou matéria a respeito do filme deve ter se deparado com um nome que não havia sido apresentado aos fãs cinéfilos. Trata-se de Ego, O Planeta Vivo que entra na história como um dos personagens principais do filme. Atenção aos spoilers.
Origem
Dentro do universo cósmico da Marvel existem muitas entidades e seres superpoderosos que não foram apresentados e provavelmente só em outra fase serão mostrados. Ego, O Planeta Vivo é um desses personagens. Nas histórias em quadrinhos ele já foi tanto vilão como aliado dos super-heróis, mas no filme ele não é o mocinho. Thanos em sua ânsia de dominar e destruir tudo que está a sua frente já tentou destruí-lo, mas não conseguiu, pois Ego é poderosíssimo.
Desenhado por Jack Kirby em 1966 em consequência da criação de outras figuras cósmicas como os Celestiais e Adam Warlock teve a ideia de colocar um planeta com vida própria nas hqs. E Ego é um ótimo personagem, seu rosto é de dar medo em qualquer um que se aproxime dele. Sua origem vem de muito tempo, é uma evolução da criação do universo, só que diferente de outros planetas, ele acabou criando uma consciência. Não é a união de um ser com um mundo, ele é o Planeta no sentido literal da palavra.
Ego vive na nebulosa chamada de Galáxia Negra e não é o único planeta vivo existente em sua realidade. Há o ser chamado de Alter-Ego que foi dado de presente para O Estranho (outro personagem cósmico). Nas histórias do Deus do Trovão Thor, Ego já aprontou das suas. Tentou tomar Odin sem êxito, já foi atacado por Galactus, mas Thor o ajudou e evitou que isso acontecesse. Depois da ameaça do devorador de mundos ter se dissipado alguns habitantes de um planeta que quase foi destruído pelo destruidor de mundos foram buscar refúgio em Ego que aceitou e os absorveu logo que Thor partiu, ou seja, o que é apresentado em Guardiões da Galáxia Vol. 2 é bem real, Ego consome seres que caem em seu vasto território. Claro que no filme quem ele absorve são seus filhos.
Ego em Guardiões da Galáxia
Ego é considerado um bioverso e ele tem um organismo parecido com o dos seres-humanos, com artérias, anti-corpos que reagem quando atacados e um órgão muito parecido com o do cérebro humano. Tudo em sua superfície está viva e ele a molda à sua maneira, criando e dando vida a sua atmosfera. Nos Guardiões da Galáxia ele é mostrado não apenas como um planeta, mas também em sua forma humana.
Ele é vivido pelo inigualável Kurt Russell (Oito Odiados) e é um vilão no filme. Desde a concepção até o lançamento dele o vilão ficou sendo escondido pela Marvel. Nem a menção do Ego era feita para não estragar a surpresa. As pessoas sabiam que Kurt Russel havia sido contratado para interpretar o pai de Peter Quill, mas não sabiam que ele seria um planeta monstruoso.
Como dito acima seu poder de criar vida é escondido ao máximo possível no filme e só é mostrado aos poucos. Ele se diz um celestial, mas como escrito no artigo sobre os celestiais ele não é propriamente dito um Celestial. Essa raça criou todas as espécies do universo, por isso ele seria mais um Eterno ou um Deviante. No filme ele tenta fazer uma ligação de Peter Quill com a luz que seria a entidade cósmica chamada de Eternidade, mas não fica claro se é isso mesmo.
O grande mistério do primeiro Guardiões de quem seria o pai de Peter foi desvendado. Ego é seu pai, mas Peter não é seu único filho. Ele viaja para outros planetas deixando seu gene por onde passa. Seu objetivo é encontrar alguém que tenha tanto poder quanto ele e que possa fazer essa conexão com a luz e assim ele teria poder suficiente para destruir todos os seres de todo o universo com a ajuda do Senhor das Estrelas.
Quase todos elementos das histórias em quadrinhos foram colocados na produção. Ele é superpoderoso e realmente absorve todos que estão em sua superfície. Quando os Guardiões liderados pelo Senhor das Estrelas entram em seu sistema para explodir seu cérebro, aparecem os anticorpos agindo para destruir a ameaça igualzinho ao que acontece com o corpo humano. Foi uma pena ele ter morrido sendo que é um ótimo personagem. É verdade que ele consegue se reestruturar, mas como seu cérebro foi destruído fica muito difícil de acreditar que ele irá voltar no futuro.
Ego assim como tudo o que ocorre no filme desde o aparecimento de grupos como o dos mercenários liderados por Sylvester Stallone e o grupo de Ayesha fazem uma ponte com o que irá ocorrer em Vingadores: Guerra Infinita. Iremos falar mais de Ayesha e seu grupo no próximo artigo.
Escrito por Gabriel Danius.
Os Eternos | Quem São os Celestiais?
Continuando nosso especial sobre os Guardiões da Galáxia Vol. 2 iremos mostrar nesse artigo a origem de uma das raças mais antigas do universo Marvel que são os Celestiais. O texto pode conter alguns spoilers de Guardiões da Galáxia Vol. 2.
Quem São os Celestiais?
Os Celestiais apareceram pela primeira vez em 1976 na revista Os Eternos e apareciam em algumas outras histórias como a do Deus do Trovão Thor. Com o tempo foram sendo cada vez mais utilizados em outros momentos do universo. Na mitologia da Marvel (se assim podemos dizer) Os Celestiais existem desde sempre, quando as galáxias foram criadas eles já existiam. A raça dos Celestiais é a mais avançada e poderosa do universo de heróis e vilões da Marvel.
Eles são muito importantes para manter (junto com outras entidades cósmicas) o equilíbrio de tudo o que acontece nas galáxias. Eles visitam os planetas em busca de realizar diversos estudos nas espécies que ali vivem e cada um tem uma função diferente. Eles aparecem em alguns momentos chaves da história de um planeta para intervir e influenciar em na evolução daquela espécie.
Eles já visitaram o planeta Terra algumas vezes, entrando em conflito com os terrestres. Não se sabe o tempo ao certo que isso ocorreu. O que se pode afirmar é que eles vieram nos visitar há milhões de anos atrás para fazer experimentos com o DNA dos seres que habitavam o nosso mundo.
Nisso houve uma alteração no gene da nossa raça, originado em duas novas linhagens: dos seres que tem poderes de quase deuses e outros com poderes das trevas. Respectivamente eles são Os Eternos e Os Deviantes. Ambos foram alterados geneticamente dos primeiros homens e vieram antes dos mutantes (X-Men). Os Eternos são a parte boa da evolução e Os Deviantes a parte ruim.
São conhecidos como os Deuses do universo e o tamanho de alguns chega a ser do tamanho de planetas. A força deles é inimaginável e são superiores a seres poderosíssimos do universo como Galactus, o Devorador de Mundos. Mas suas forças não são maiores que a de outras entidades cósmicas tão antigas quanto ele assim como a Morte e Eternidade.
[Spoiler] Em Guardiões da Galáxia Vol. 2 É apresentado o pai de Peter Quill que se chama Ego, O Planeta Vivo. Ele é um celestial, mas não um Celestial no sentido literal, pois ele seria gigantesco e teria poderes de um Deus. O filme deu algumas dicas, mas não afirmou com certeza. A frase "Nós Somos Eternos" pode ter sido a dica. Os Eternos como escrito acima são da linhagem dos Celestiais, no caso ele seria mais um Deviante por ser o vilão do filme. Outra teoria diz respeito à entidade cósmica Eternidade que Peter Quill teria se comunicado com ela na parte que entra em transe e fala "eternidade". Isso explicaria o porque deles falarem tanto a respeito da luz.
No filme, Ego procura seus filhos por vários planetas, espalha seus genes por eles até encontrar um filho que tenha o poder de um celestial, então encontra Peter Quill que tem a força de um semideus. Resta saber se eles vão desenvolver dessa maneira ou não, eles não deixaram claro se as teorias sobre os Eternos nem sobre a Eternidade estão certas. Eles estão colocando os personagens aos poucos para não deixar tudo tão confuso.
Os Celestiais
Realizamos um guia com o nome de alguns desses Celestiais com suas funções e sua importância para a raça. Em ordem do primeiro para a direita e assim sucessivamente.
Arishem - É um dos principais Celestiais. Ele é conhecido como o Juiz e foi o líder das expedições feitas ao Planeta Terra e não é chamado de juiz em vão. Ele julga se uma civilização de um mundo deve ou não continuar existindo. Seria ele o responsável por julgar algumas das civilizações extintas do nosso planeta
Jemiah - É o responsável por fazer as analises genéticas dos espécimes captados por Gammenon. É conhecido por ser o cientista da raça
Tefral - Ele realiza um estudo da geografia do planeta. Uma espécie de geólogo humanóide
Oneg - A especialidade desse ser é a realizar sondagens. Foi o criador do gene X (gene dos humanos mutantes)
Hargen - A verdade é que nunca foi definida a real função de Hargen. Ele seria o responsável por fazer a medição do que foi encontrado pelos Celestiais nos planetas visitados
Gammenon - É um dos primeiros a existir e sua função é coletar espécies encontradas em outros mundos
One Above-All - Os Celestiais tem um líder e esse é o One Above-All. Ele surge em momentos importantes como a luta contra Thanos na saga do infinito, nas hqs. Não confundam com o a divindade de mesmo nome que nada mais nada menos é o Deus da Marvel, que está acima até mesmo do Tribunal Vivo. Portanto, há dois seres com o mesmo nome.
Nezarr - Esse é o matemático da turma e em uma das visitas que fez à Terra foi avistado na Rússia e atacado pelo exército soviético. Ele criou ilusões na mente dos soldados e o trauma foi tão grande que eles entraram em coma. É um dos Celestiais mais poderosos.
Eson - É o responsável por observar e pesquisar planetas. Já esteve na Terra onde entrou em confronto com Os Deviantes
Ziran - Ele é o criador dos Eternos e sua função é testar o material genético dos planetas. Os envia para missões em outros mundos e depois de vencer esses desafios voltam a sua terra natal.
Guerra Infinita
A importância dos Celestiais para o universo Marvel tem ligação com Thanos e as joias do infinito. Ao conseguir todas as joias Thanos se torna onisciente, onipresente e onipotente. Ou seja, ganha poderes de um Deus fora o fato de ter como objetivo matar todas as raças de todas as realidades do universo para homenagear a sua amada Morte. Lembrando que em 2018 estreará Vingadores: Guerra Infinita e Thanos é o personagem central nisso tudo.
Eis que todos os Celestiais (Foto acima) junto com outras entidades cósmicas mais o Galactus aceitam a ideia de Adam Warlock de comandá-los rumo a luta contra o Louco de Titã e ao término, depois de muitas mortes e destruição (Thanos chega a arremessar planetas nas entidades) Thanos enfim é vencido e Adam recupera a manopla e as joias do Infinito. Isso tudo acontece na saga da Marvel Desafio Infinito.
Como dissemos acima o Planeta Vivo ou mais conhecido como Ego é um dos principais personagens de Guardiões Vol. 2 e no próximo artigo iremos explicar o que ele é e qual sua importância para esse cenário que está sendo montado pela Marvel nos filmes.
Crítica | Além da Ilusão - Um filme sem magia
Além da Ilusão é o tipo de filme que tem tudo para dar certo, mas ao término dele você pensa "O que o diretor (a) quis com tudo isso?". Na realidade é uma produção de difícil assimilação, depois de pensar muito e ir digerindo o que assistiu é que você vai entendo qual a proposta da diretora Rebecca Zlotowski. Entende em partes.
Logo no início vão apresentando as duas personagens principais e suas características. As irmãs Laura Barlow (Natalie Portman) e Kate Barlow (Lily-Rose Depp) aparecem em uma casa de espetáculos fazendo shows para um seleto público. O longa não diz qual época é, mas tudo leva a crer que seja ambientado nas décadas de 40. Nessa casa de show elas se apresentam como uma dupla de videntes que conseguem entrar em contato com os mortos. Laura é a mediadora de tudo, ela conversa com sua irmã em uma mesa e então ela acaba por evocar algum fantasma.
Elas tem o sonho de mudar de vida, fazer espetáculos em locais pequenos não é o que Laura almeja para sua vida. Lá ela é mal paga, não é o que é ela quer para sua irmã Kate. Eis que aparece Emmanuel Salinger (André Korben) um produtor de cinema, ele e alguns empresários da área querem dar mais originalidade as produções francesas e querem trazer algo novo para poder competir com o cinema americano. É aí que ele encontra as duas irmãs e as convida para fazer uma seção com ele em sua casa. Elas vão e acontece que um espírito acaba por fazer contato com ele e isso prova que a garota (Laura) realmente tem um dom e que não é uma charlatã.
Emmanuel então propõe a Laura (irmã mais velha) que se mudem para sua residência e que trabalhem com ele em um projeto cinematográfico. Ele irá tentar gravar a aparição desse fantasma e assim provar que espíritos existem. Esse é o elemento novo que ele tanto procura para passar nos cinemas e dar uma maior originalidade ao cinema francês. A questão é que ele precisa de financiamento e tudo começa a ficar caro demais. Esse fenômeno sobrenatural seria a ilusão que dá nome ao filme, a mágica que o cinema faz para entreter o público, isso em uma metáfora de não tão fácil associação.
Laura logo vê nisso uma oportunidade de conseguir algo melhor para ela e sua irmã. Kate já vê nisso apenas uma chance para se manter com uma carreira estável no cinema, ela gosta de ser e se sentir uma atriz. Kate também aceita participar das filmagens e por ser mais nova acha tudo muito interessante. Gosta do que está fazendo e não se importa de se mostrar para os outros. . Ela acaba por conhecer o produtor André Korben (Louis Garrel) com quem tem um breve romance.
A ideia do filme era fazer uma homenagem ao cinema e suas fantasias. Desde sua concepção, ou seja, reunião da produção com empresários do setor, até o processo de construção dos personagens, gravação e sua versão final. O problema do filme é o modo como tudo nele é construído. Como produção é bem fraquinho, para não dizer chato e sonolento em um contexto geral.
Um filme que fala sobre o cinema falha justamente naquilo que é o principal para a sétima arte: o roteiro e a direção. Rebecca não é uma diretora iniciante, já havia feito outros dois longas Belle Épine e Grand Central. Você percebe que enquanto a história vai passando a ela vai ficando mais confusa com o tempo. Começa a falar da vidência da garota e você acha que o filme será sobre fantasmas, mas depois começa a falar de cinema e você acha que o foco será esse e não é. Depois mostra o romance de Laura com o personagem vivido por Louis Garrel e nada novamente. Acabou ficando uma história vazia e sem saber qual seu verdadeiro foco. Um filme que tinha tudo para ser bom acabou ficando chato e monótono.
Vamos usar como exemplo o longa A Invenção de Hugo Cabret de Scorsese que trabalha muito bem o lado lúdico do cinema, como tudo começou com Meliês, a magia do cinema, a paixão, tudo de forma clara e bem feita. Nesse há uma tentativa de mostrar o processo de criação, mas o abordade forma tão errada que você nem percebe o que eles estão querendo te mostrar. Há sim bons momentos nesse longa como as atuações de Natalie e da Depp (filha), a fotografia e direção de arte são belas. Mas não existe filme sem um bom roteiro e sem uma direção competente. Seria interessante se esse filme fosse mais focado na fantasia e menos no real.
Nem a bela Natalie Portman consegue segurar as pontas. Ela está bem em seu papel, o problema é que sua personagem é bem chata, amarga e sem vida. Lily-Rose Depp pelo nome já se percebe a relação com o pai famoso Johnny Depp está graciosa, bem inserida em sua personagem. É uma atriz que pode vir a se tornar um sucesso assim como seu pai é. Uma coisa que não foi entendida é: Porque Louis Garrel recebe tão poucos papéis de destaque ultimamente? É um ator completo, qualquer papel que interpreta fica bom. E esse não é diferente, ele aparece tão pouco que chega a ser ridículo colocar um ator do quilate dele em um personagem tão sumido e apagado quanto o que ele interpretou. A verdade é que Além da Ilusão foi uma oportunidade perdida de homenagear o cinema e tudo que nele está inserido.
Além da Ilusão (Planetarium, França, Bélgica – 2016)
Direção: Rebecca Zlotowski
Roteiro: Rebecca Zlotowski
Elenco: Natalie Portman, Lily-Rose Depp, Emmanuel Salinger, Amira Casar, Pierre Salvadori, Louis Garrel, David Bennet, Damien
Gênero: Drama
Duração: 105 min
https://www.youtube.com/watch?v=k1HlEsqHsek
Guardiões da Galáxia Vol. 2 | Quem é Adam Warlock?
Antes de começar esse texto se você não gosta de receber spoilers pare de ler agora... Com a estreia de Guardiões da Galáxia Vol. 2 acontecendo hoje, você provavelmente está sendo bombardeado de informações quanto a história e aos seus personagens, um deles é o de Adam Warlock. Nesse breve artigo iremos contar para vocês um pouco da história desse ser tão importante para a saga do Infinito que tem Thanos como o principal vilão e Warlock como um dos defensores do universo.
Adam Warlock é um personagem enigmático que teve sua primeira aparição originalmente nas revistas do Quarteto Fantástico 66-67 (1967) e nas histórias de Thor 165-166 (1969). Desde então apareceu em outras diversas publicações da Marvel. Mas ficou realmente marcado por ter destaque na luta contra Thanos e contra outros vilões nas sagas: Desafio Infinito, Guerra Infinita e Cruzada Infinita. Antes de falarmos dele vamos entender o que foram essas três sagas que marcaram o universo Marvel e o papel de Warlock nelas.
Em Desafio do Infinito, o Louco de Titã (Thanos) desafia todos heróis da Terra e mata grande parte de nós terráqueos como demonstração de força. Ele anuncia aos heróis que irá destruir toda a existência (todos seres vivos do universo) para homenagear sua amada Morte e assim começam seus jogos macabros do Infinito. Então todos super-heróis Marvel partem para a batalha contra Thanos que no momento estava tão forte que podia destruir até mesmo entidades cósmicas como Galactus.
Somente com a ajuda das entidades conhecidas como Mestre Ordem e Lorde Caos e com a ajuda do aracnídeo Homem-Aranha que rouba a manopla do poder que Warlock e seus companheiros conseguem vencer Thanos e enviá-lo para o exílio. Ao fim disso Warlock usa a manopla para reorganizar toda loucura feita pelo vilão e divide as seis joias do infinito entre outros heróis chamada de "guarda do infinito" que teria como objetivo cuidar das joias e impedir que elas fossem colocadas juntas novamente. Essa primeira parte da saga do infinito foi lançada em três edições no Brasil
Depois viria a Guerra Infinita. Thanos em seu exílio percebe algo estranho no universo e procurando saber o que está acontecendo acaba por encontrar Magus que é a versão do mal de Adam Warlock, ou seja, irmão dele. Magus busca vários cubos cósmicos com o intuíto de criar o ovo cósmico. Adam aparece para lutar contra seu alter ego. Se em Guerra Infinita Magus é o lado mal de Warlock, na saga Cruzada Infinita, o "vilão" é o lado bom dele, chamada de Deusa que se apossa do ovo cósmico e decide fazer loucuras tão grandes quanto as de Magus. Warlock ainda apareceria na Saga de Thanos, minissérie em cinco edições que mostra a luta dos heróis Marvel contra Thanos.
Adam ou "Ele" (como também é chamado nas histórias em quadrinhos) é um ser artificial criado por uma organização chamada de O Enclave, ou A Colmeia. Tal criação tinha como objetivo criar um ser perfeito e a intenção era usá-lo em objetivos criminosos. Percebendo isso ele fugiu e foi aí que encontrou Thor e Lady Sif. Ele tentou sequestrá-la e Thor partiu para cima dele que fugiu e entrou dentro de um casulo.
Esse é um dos poderes de Warlock, ele cria casulos regenerativos (uma espécie de fator de cura do Wolverine), mas no caso dele é um lugar em que ele melhora de batalhas feitas. Outros de seus poderes são: força inumana, super-velocidade, consciência cósmica e super inteligência. Não a toa a Igreja da Verdade Universal o considera um Messias e é isso que o transforma em Magus no futuro alternativo e que dá início a Guerra Infinita.
[Atenção: Spoilers a Seguir] Esse casulo teria aparecido nos créditos finais de Thor: Mundo Sombrio. Na cena aparece Lady Sif indo ao encontro do Colecionador. Isso antes do filme dos Guardiões da Galáxia em que tudo é destruído pela joia do infinito. Essa imagem abaixo seria o casulo em que Adam Warlock estaria confinado e que irá aparecer em Guardiões da Galáxia Vol. 2.
Voltando para as Hqs, Adam só sairia desse casulo depois que o Alto Evolucionário (espécie de pai para ele), que o orientou sobre quais rumos tomar e de como usar seus poderes. Foi ele que o batizou com o nome de Warlock, além de ser ele também o ser que deu a joia do infinito da alma que ele carrega em sua testa e que é usurpada por Thanos para criar a manopla do poder e começar toda a saga do infinito.
O Alto Evolucionário o enviou para a Contra-Terra, lugar que seria uma versão da Terra-616 e lá recebeu nome que Adam que carrega até hoje. Em outra aventura espacial acabou por encontrar um ser cruel chamado Magus e seus súditos fanáticos da Igreja da Verdade Universal. Magus nada mais é que uma versão de Adam Warlock em uma realidade alternativa e havia matado inúmeros seres, para não dizer milhões de raças. Warlock se aliou a Gamora, Pip e...Thanos (sim, Warlock se aliou a Thanos). Pois Magus era muito poderoso e ele sozinho não daria conta de vencê-lo. É aí que vem a parte confusa, Warlock tem uma visão de si mesmo no futuro antes de se tornar Magus. Ele acaba por mandar esse eu alternativo para dentro da sua joia da Alma evitando a criação do seu alter ego do mal. Daí em diante acontece tudo que foi descrito acima envolvendo Thanos, Vingadores e Morte.
A verdade é que Adam Warlock é um ser essencial para a Guerra do Infinito e como o filme dos Vingadores: Guerra Infinita terá estreia ano que vem não é de se estranhar que ele apareça já em Guardiões da Galáxia Vol. 2. A verdade é que estão fazendo muito mistério quanto a ele. Resta esperar os próximos filmes da Marvel e ver como o personagem será introduzido a esse enorme universo de Super-Heróis.
Escrito por Gabriel Danius.


