O presidente Jair Bolsonaro fez uma indagação na última quinta-feira (26) a respeito da qualidade do atual cenário de produção audiovisual brasileiro e ainda falou a respeito da Cota de Tela, que pode ser zerada com a melhora dos filmes brasileiros.
O presidente renovou nesta semana a Cota de Tela, uma medida que serve para estabelecer um número mínimo de filmes nacionais que devem ser exibidos em salas de cinema, e serve para evitar que filmes blockbusters estrangeiros ocupem todas as salas de cinema de um local.
Em live realizada pelas redes sociais, Jair Bolsonaro defendeu que sejam realizadas produções no país que sejam de interesse da população em geral, “e não as minorias”. E ainda defendeu que a Cota de Telas tenha uma diminuição gradual.
“Obviamente que, fazendo bons filmes, não vamos precisar de cota mais. Há quanto tempo a gente não faz um bom filme, não é?” falou em tom de questionamento. “Vamos fazer filmes da história do Brasil, da nossa cultura e arte, que interessa a população como um todo e não as minorias” finalizou.
Na mesma live, o presidente também defendeu que seja feita uma releitura a respeito do período militar, em que vigorou a ditadura no país. Para ele, o cinema feito sobre período militar abordavam “mentiras de histórias passadas”.
“Os filmes que estamos fazendo a partir de agora não vai ter mais questão de ideologia, aquelas mentiras todas de histórias passadas, falando do período de 1964 a 1985. É sempre fazendo a cabeça da população como se o pessoal da esquerda foi o mais puro, ético e moral do mundo. E o resto como se fosse o resto”, disse o presidente.
Mesmo com as críticas ao cinema nacional, houve bastante reconhecimento internacional para o cinema do país em 2019. Em maio, Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e o longa A Vida Invisível, dirigido por Karim Aïnouz, receberam troféus no Festival de Cannes, um dos mais importantes do mundo.
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