O Grupo Boticário, através de seu CEO Artur Grynbaum, decidiu abolir o termo black friday por ser considerado de cunho racista, segundo o entendimento da empresa.
“A dois meses do tradicional evento de compras e vendas – um dos períodos mais relevantes do ano para o varejo e a data mais importante para o comércio eletrônico em todo o mundo, nos deparamos com um incômodo recorrente: há anos conversamos sobre a possível origem do termo “Black Friday”, sobre a ausência de dados científicos que comprovem que ele realmente não se relaciona à questão da escravatura. Então, respeitando os movimentos que sentem desconforto com o termo, decidimos parar de refletir e começar a agir – não teremos mais o termo Black Friday no Grupo Boticário”, comenta o executivo.
Na publicação, o executivo comenta ainda os compromissos da companhia com a promoção da diversidade e da inclusão, com práticas desde 2013 para a equidade de gênero, LGBTQIA+, pessoas com deficiência, pessoas de diferentes gerações e raça.
O período de descontos continuará existindo em 2020, mas com um novo nome para a ocasião: Beauty Week.
Grynbaum convida outros executivos do país para mais mudanças. “Convido aqui minhas e meus colegas, lideranças empresariais em todo o país para se juntarem a nós e repensarem suas Black Fridays, batizando-as com outros nomes, que façam sentido para cada empresa e setor. Afinal, não estamos falando “só” de uma mudança no termo: está em pauta aqui o caminho para alcançarmos o sucesso responsável e dar mais uma contribuição para uma nova perspectiva de raça na sociedade, com senso de urgência e coragem”.
Neste ano, a Black Friday acontece no dia 27 de novembro.