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Crítica | Meus 15 Anos

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Catálogo, Cinema, Críticas•24 de junho de 2017•8 Minutes

Se você tem mais de vinte anos e ainda não ouviu falar de Larissa Manoela, não se sinta excluído, você irá ouvir falar muito dela nos próximos anos. Larissa é o mais novo fenômeno teen do momento, muitos a chamam da nova Sandy e não é por menos. Para se ter uma ideia da sua popularidade é só ver o tanto de produtos já licenciados em seu nome. Ela tem um álbum de figurinha do seu novo filme Meus 15 Anos, virou balde de pipoca no Cinemark, tem dois livros lançados, sendo que o primeiro chamado de O Diário de Larissa Manoela vendeu mais de 400.00 cópias e o segundo está sendo lançado agora com o nome de O Mundo de Larissa Manoela. Esse segundo conta a história dela por trás das câmeras, enquanto O Diário mostrava o início de sua carreira e de sua vida antes da fama. E claro, está lançando o já citado novo longa Meus 15 Anos.

Com apenas 16 anos ela já conta com uma carreira vasta e sólida tanto na TV quanto no cinema. Um de seus primeiros trabalhos foi no longa O Palhaço com o experiente ator Selton Mello, daí viriam algumas outras produções até chegar ao papel que iria impulsionar sua vida de atriz. Foi no SBT, com o papel de Maria Joaquina na refilmagem da novela Carrossel que veio sua fama. Depois do remake da novela mexicana vieram outros filmes até chegar nesse que é o seu primeiro papel como protagonista. 

Como não poderia ser diferente, a trama é bastante clichê levando em conta que é um produto para o público adolescente. Em Meus 15 Anos, Larissa é uma garota prestes a completar obviamente 15 anos e como toda garota dessa faixa etária sofre com os dilemas tanto quanto a relacionamentos, popularidade e a aceitação de si própria. Bia (Larissa) consegue o que “toda” menina sonharia, em uma promoção de um shopping ganha o direito de ter uma festa de princesa para comemorar seus 15 anos. Claro que a noite não será como ela imagina, acontecem percalços que irão fazer ela quase desistir da missão de realizar sua festa, mas tudo como quase sempre acontece é feito com muito sucesso ao término. Só que tudo é tão pomposo o filme que chega a parecer exagerado e falso demais.  

Você deve estar se perguntando se é só isso que o filme conta. Sim, em tese isso é tudo que nos é apresentado. O resto é pura enrolação, além de uma festival de clichês um atrás do outro. A diretora e roteirista Caroline Okoshi Fioratti é uma das culpadas por isso acontecer. Ela trabalhou com um tema já muito saturado na televisão e no cinema, não apenas brasileira, mas pelo mundo todo. Há muitas produções que já trataram sobre adolescência e sobre quão confuso é esse período. Só restava a ela escolher seguir um caminho mais realista ou mais romântico/fantasioso. Escolheu a segunda opção e esse foi seu erro. 

Meus 15 Anos é tão romântico e fofinho que lembra os filmes da Disney ou uma novela mal feita, nada ali é um espelho do que realmente acontece na vida de um jovem. Produções recentes que que decidiram ir pelo caminho mais realista se tornaram sucessos de público e crítica, como a série inglesa Skins, ou as releituras brasileiras de Confissões de Adolescente ou a nova Malhação de Cao Hamburger.

Essas produções vão mais pela linha realista e tentam acrescentar algo a mais a esse tema e não apenas fazer mais uma historinha vazia. Fora que os personagens, tanto o de Larissa como a de todo o colégio é um espelho dos mais variados tipos que costumamos ver em filmes americanos. O bonitão que conquista a garota para lhe enganar, o loser que ama a amiga, mas é trocado pelo bonitão e por aí vai. Faltou originalidade ao criar o roteiro e mais ainda na elaboração dos personagens. Meus 15 Anos é uma Malhação bastante piorada. 

E claro que uma trama fraca reproduz em uma atuação apagada da estrela principal, ela se esforça até porque é boa atriz, mas sua atuação não vai além do simples. O filme todo parece ter sido escrito para Larissa Manoela, tentam a mostrar que ela não é mais aquela garotinha que todos conhecemos, que agora ela está crescendo e ficando adulta. Só poderiam ter mostrado esse processo de amadurecimento da personagem de forma menos clichê e não tão infantil como abordado. Podiam ter feito algo mais adulto, não precisava ser algo pesado, mas que retratasse melhor o que é a ser adolescente. Talvez a decisão de seguir por essa linha se deve pelo público dela ser composto na maioria por adolescentes e pré-adolescentes que ainda não tem uma reflexão montada sobre diversos temas.

O elenco é composto quase na totalidade por atores desconhecidos, talvez por isso tenham mesclado youtubers consagrados com atores mais rodados em papéis secundários como o do comediante do Porta dos Fundos Rafael Infante. E há uma surpresa próximo ao final, Anita aparece cantando e atuando – muito mal, por sinal, Anita é uma ótima cantora como atriz. Larissa não está mal em seu papel, o problema como já dito é a personagem que não ajuda, ela não parece ter 15 anos e sim nove. 

Parece que os filmes com temática adolescente voltaram com tudo ao cenário do cinema nacional. Impulsionados pelo surgimento de novas celebridades digitais como os YouTubers, esse tipo de produção está longe de extinguir a fórmula. Só no último ano tivemos produções como Eu Fico Loko! e É Fada e em Meus 15 Anos, todos com celebridades da internet para tentar impulsionar o público a vê-los no cinema. A questão é que esses longas não estão sendo bem recebidos nem pela crítica, nem pelo público. 

Escrito por Gabriel Danius.

Meus 15 Anos (Idem, Brasil – 2017)

Direção e roteiro: Caroline Okoshi Fioratti
Elenco: Larissa Manoela, Anitta, Lorena Queiroz, Heslaine Vieira, Rafael Infante, Clara Caldas
Gênero: “comédia”
Duração: 101 min.

Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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