Durante a trilogia Matrix, as diretoras e irmãs Lana e Lily Wachowski ainda se identificavam ao público como de gênero masculino. Entretanto, quando as duas confirmaram serem transgênero, alguns fãs começaram a vasculhar os filmes em busca de dicas sobre essa questão de identidade.
Aspectos básicos da trama sustentam o argumento de que o longa seria uma alegoria sobre a transexualidade como o fato de Neo rejeitar o nome imposto a ele; papel da atriz Belinda McClory, Switch tem gêneros diferentes dentro e fora da Matrix.
Até recentemente, nenhuma das duas cineastas comentaram sobre o assunto, mas isso mudou em um vídeo de comemoração ao 21ª aniversário do primeiro filme. Lily confirmou que o público estava certo.
“Mas o mundo não estava preparado para isso. O mundo corporativo não estava pronto”, ponderou Lily. “Fico feliz que as pessoas tenham descoberto essa nossa intenção”.
“Eu amo como esses filmes são significativos para pessoas trans, elas sempre me dizem: ‘Esses filmes salvaram a minha vida’. Quando você fala sobre transformação, principalmente em ficção científica, trata-se de imaginação e de transformar o impossível em possível. Há um diálogo muito grande com o público”, celebrou a diretora.
“Nós existíamos em um espaço no qual palavras não faziam sentido, então sempre vivemos em um mundo de imaginação. Por isso nos aproximamos da ficção científica e da fantasia. Sempre gostamos de criar os nossos mundos. Isso também nos libertou como cineastas”, disse a diretora.
Ela também comentou sobre o processo de resignação sexual que passou há alguns anos. No momento a franquia se prepara para receber o 4º filme previsto para 2022.