É um fardo que o Mario sempre carregou consigo, as várias tentativas de ser substituído. Desde que fez sua estréia no velho NES em 1985, o amado encanador da Nintendo reinou como um rosto proeminente nos videogames até hoje, criando o seu próprio subgênero e angariando um sucesso arrebatador que claro levaria à outras companhias tentar embarcar no mesmo sucesso ao criar seus próprios personagens na plataforma. E não poupando esforços em copiar descaradamente tudo de Mario e seus Amigos e a própria fórmula da Nintendo.
Mas como de esperado, tudo não passou de tentativas. E esta lista vai para relembrar todos esses personagens que tentaram de todas as formas destronar Mario e o império que construiu, mas que acabaram falhando, algumas miseravelmente e outras até que chegaram quase perto, mas com resultados ainda muito aquém.
Titus the Fox
Lançado em 1991 para uma ampla seleção de computadores domésticos, Titus The Fox baseou seu gameplay onde o protagonista, a raposa Titus, viajava para o deserto do Saara para resgatar a namorada roubada do raposo aventureiro. O problema era que o jogo francês nunca recebeu uma dublagem em inglês internacional para alcançar mais público, e ainda apresentava a velha jogabilidade “pegar e jogar inimigos” que lembrava muito um Super Mario Bros. 2. Tudo isso que fez com que os jogadores evitassem o máximo desse jogo.
Glover
Uma luva para ser o design do seu mascote protagonista? Pelo visto todos envolvidos com a criação de Glover em 1998 estavam sem ideias ao mesmo tempo em que em corriam para fazer desse esquecido jogo de plataforma em um novo sucesso de público. E mesmo acabando sendo um jogo suficientemente competente, ainda que não trouxesse nada de novo ao gênero de plataformas, as vendas fracas deram um fim à esses sonhos de sucesso.
Wild Woody
Um lápis com a personalidade de um Crash? Isso nasceu pronto pra falhar. O que é uma pena pois a idéia por detrás de Wild Woody soa interessante mas completamente feita às pressas, com um gameplay que leva o lápis protagonista através de níveis baseados em vários períodos do tempo, onde Woody usaria seus poderes de lápis para desenhar itens à existência. Mas o problema era que o jogo era todo desajeitado e cheio de saltos injustos e dificuldades íngremes em seus níveis. Isso sem mencionar os lamentos irritantes de Woody e que só levaram o jogo e personagem fadados ao fracasso.
Aero the Acro-Bat
Esse foi com certeza um cheio de potencial, sendo inicialmente imaginado como o possível novo mascote da Universal Interactive, e que seria impulsionado com a chegada da próxima geração de consoles, Aero the Acro-Bat apresentava controles bem simples e uma jogabilidade surpreendentemente divertida. Mas logo seguido de uma continuação sem inspiração, e o fato de ter um protagonista roedor muito desinteressante cujo habilidade era arremessar uma estrela ninja chamado Zero, foram o bastante para deixar essa franquia cair no esquecimento.
Jersey Devil
Esse é um tanto…bizarro. Jersey Devil nascera na plataforma em 1997 e seguia esse pequeno gremlin encarregado de sobreviver aos selvagens assustadores de New Jersey (sim isso mesmo) enquanto lutava contra o sinistro Dr. Knarf e seu exército de vegetais mutantes. Mas apesar de apresentar uma estética estilo Tim Burton, repleta de casas assombradas e criaturas assustadoras, com um estilo visual que fez Jersey Devil muito a se diferenciar de outros jogos da plataforma; sua jogabilidade desajeitada e vendas fracas interromperam qualquer chance de Jersey Devil conquistar alguma fama.
Ristar
Dá até pena de Ristar, pois tirando o fato do jogo ter um protagonista bem fofo e antropomórfico, que utilizava seus braços de alongamento para combater vilões e atravessar terrenos traiçoeiros, junto à um design visual bem interessante e uma jogabilidade inventiva, mas nada foi capaz de evitar os inúmeros problemas e bugs que amaldiçoaram o jogo. Que acabou com várias cópias do jogo travar e queimarem. As vezes algumas coisas não estão mesmo destinadas para acontecerem.
Socks the Cat
Pois até o gato do presidente teve sua tentativa. E não, não estou brincando, com esse jogo literalmente buscando ter como seu protagonista título o gato do presidente Clinton. Que prometia consistir em um gameplay onde o jogador levava Socks para lutar contra espiões russos e o próprio Richard Nixon. Mas infelizmente, Socks The Cat Rocks nem sequer teve a oportunidade de ver a luz do dia com o jogo nunca sequer chegando às prateleiras mesmo depois de ter sido concluído e revisado pela própria Nintendo Power, o jogo foi silenciosamente cancelado por motivos desconhecidos. Nunca saberemos se o gatinho presidencial iria alcançar os nomes como Mario e Sonic.
Banjo – Kazooie
Esses até que chegaram bem perto. Sendo introduzidos em 1998, Banjo-Kazooie, a dupla formada por um urso e pássaro conseguiu em seu início fazer um feito impressionante de praticamente reinventar todo o gênero de plataformas de mascote, ao introduzir na época elementos como itens colecionáveis e um mundo cheio de conexões. Até sua continuação em 2000 foi recebida com aclamação da crítica e ótimas vendas, consolidando a franquia da Rare como uma das mais populares da N64 por um bom tempo. Mas depois da aquisição da Rare pela Microsoft, a série entraria em uma longa hibernação de anos, o que levou a sua outra continuação Banjo-Kazooie: Nuts & Bolts em 2008 ser um total fracasso e que nunca mais recebeu a oportunidade de recuperar o brilho de outrora.
Bubsy
Esse sim conseguiu forçar muito a sua estadia, onde logo após sua estréia em 1993, a raposa Bubsy com uma das personalidades mais irritantes que um protagonista mascote de um jogo de plataforma já teve. Com uma lábia de piadas sem graça ininterrupta, e sem falar do jogo com uma jogabilidade complicada e níveis confusos e terrivelmente projetados. Mas que surpreendentemente garantiram o jogo duas continuações até fazer o salto para 3D com o frustrantemente ruim Bubsy 3D. Difícil crer que realmente acreditavam que Bubsy poderia ser maior do que Mario.
Gex
Talvez o personagem da lista que mais conseguiu definir e representar os anos 90 do que Gex. Com seu óculos de sol, cheio de referências a cultura pop, e sendo uma lagartixa obcecada pela televisão, Gex pretendia ser um novo tipo de mascote original e descolado. E por um tempo, até que foi, mas Gex não conseguiu escapar dos anos 90 de onde nasceu. Com uma trama bem divertida onde seu herói é sugado para dentro de uma TV pelo malvado Rez e forçado a se aventurar pelos mundos temáticos em torno de programas de TV, o que facilmente lhe conquistou um público que faria o personagem retornar para mais duas continuações, Gex 3D e Gex 3: Enter The Gecko. Mas após o terceiro título da série, as vendas caíram, forçando a Crystal Dynamics fecharem as portas para a franquia Gex.
Spyro
Tendo sua estréia no PS1 em 1998, Spyro The Dragon apresentou os jogadores ao fofo e mal humorado dragão roxo, que passava o jogo inteiro queimando vilões e passando por vários níveis criativos e divertidos. O que fez longo de três jogos de PS1, a franquia Spyro ser um forte oponente ao sucesso de Mario e que deu Nintendo iniciar uma corrida pelo seu dinheiro. Mas eis que o vôo pelo sucesso de Spyro sofreu uma triste rasante quando a Insomniac Games vendeu os direitos de Spyro, o que levou a uma série de jogos mal recebidos, levando a franquia, que já foi bem-sucedida, a transformá-la em jogos portáteis de pouquíssimo sucesso. Um dos personagens que realmente chegou muito perto de tomar a coroa da plataforma dos anos 90.
Crash Bandicoot
Sem dúvidas a figura com muito mais sucesso que os outros da lista, e embora o velho Spyro certamente tenha muitos fãs, é difícil não considerar o mascote de maior ícone do PS1 senão que Crash Bandicoot. O marsupial rodopiante de olhos esbugalhados que por muitos anos estabeleceu uma posição dominante no console da Sony, que desde sua estréia em 1996, Crash fez história entregando um estilo inovador à plataforma 3D, fazendo jogadores enlouqueceram com seu gameplay inventivo, desafiador e viciante. Mas em 2001, depois de duas ótimas continuações e um excelente spin-off com a versão Kart, a Naughty Dog acabou vendendo os direitos do personagem, o que levou Crash a se tornar multiplataforma, com seus títulos subsequentes recebendo críticas medianas e vendas abaixo do esperado, e a ilusão de que Crash poderia mesmo superar Mario se tornou um sonho perdido.
Acham que esquecemos de outro personagem famoso que tentou ser um Mario 2.0? Não deixe de nos dizer qual!
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