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Lista | As piores séries de 2018

Mesmo com séries incríveis chegando para o gosto do público, 2018 não ficou livre de nos entregar algumas decepções. Não estamos falando apenas de shows estreantes que na verdade se transformaram em catástrofes totais, mas também novas temporadas que prometeram ser incríveis e não entregaram nem metade do que prometeram.

A lista de hoje contempla o pior do ano, mas não nos restringimos apenas em histórias ruins ou performances deploráveis; selecionamos também as obras que entraram em um looping de decadência e que representam uma possível necessidade de remanejamento de certas vertentes narrativas.

Confira nossas escolhas abaixo e não se esqueça de deixar seu comentário.

10. AMERICAN HORROR STORY – 8ª TEMPORADA

Antes de pensar que a temporada não merecia ter entrado nesta lista, é um fato dizer que Apocalypse prometia ser a melhor entrada da antologia de terror criada por Ryan MurphyBrad Falchuk. Entretanto, promessas vazias de nada valem, e a oitava temporada construiu uma bela atmosfera pós-apocalíptica para ser jogada no lixo com explicações desnecessariamente longas e um fanservice excessivo que apenas transformou o novo ano em um spin-off de Coven. Ainda que tenha funcionado com seus fillers intermináveis, a história envolvendo bruxas e o Anticristo encontrou um final risível e nem um pouco satisfatório.

9. AMERICAN CRIME STORY – 2ª TEMPORADA

Talvez o ano não seja um dos melhores para Murphy. Além de AHS, sua outra antologia também não cumpriu exatamente o que prometia nos entregar. Na segunda temporada de American Crime StoryGianni Versace foi escolhido para protagonizar uma das histórias reais mais chocantes de todos os tempos: seu próprio assassinato pelas mãos do serial killer Andrew Cunanan. O problema é que, divergindo de seu foco original e respaldando-se em uma atemporalidade cênica confusa e cansativa, a iteração cedeu a estruturas mal estruturadas e fez bastante gente desistir da série antes mesmo de seu season finale. Que em 2019 ele se reencontre – pelo amor de Deus.

8. LIFE SENTENCE – 1ª TEMPORADA

Life Sentence gira em torno de uma jovem mulher chamada Stella (Lucy Hale), que tinha plena certeza que estava morrendo de câncer terminal e por anos viveu cada dia intensamente. Entretanto, o que era para ser uma inocente dramédia coming-of-age da CW tornou-se uma irritante convulsão de pretensões televisivas que colocou a série na caixinha das piores ano ano. No geral, a primeira e única temporada – visto que foi cancelada após a péssima aceitação do público e da crítica – vale pelo início e depois tenta ser mais do que consegue.

7. HERE AND NOW – 1ª TEMPORADA

6. THE NEIGHBORHOOD – 1ª TEMPORADA

The Neighborhood emula alguns dos clássicos dos anos 1970, baseando-se em uma premissa crítica que traz em foco uma família movida pelas constantes discussões entre uma geração conservadora e racista e outra, liberal e militante. Entretanto, nenhum dos personagens parece estar realmente comprometido com o que representa: não há progressão narrativa, acontecimentos interessantes e cada um deles parece estar caminhando sobre ovos. De qualquer forma, há pouco debate, mínimo reconhecimento de privilégios e talvez até mesmo uma regressão social pautada em diálogos desnecessariamente racistas.

5. JESSICA JONES – 2ª TEMPORADA

“O formidável elenco do seriado não é capaz de fazer milagres e, de fato, somente uma intervenção divina salvaria essa desastrosa temporada de Jessica Jones, que parece ter sido feita nas coxas, almejando única e exclusivamente o lucro e não contar uma boa história. Aliás, o pouco que tinham para contar é dilatado em quase treze horas, tornando essa uma jornada insuportavelmente longa, que parece nos deixar sempre no mesmo lugar.” – Guilherme Coral

4. 13 REASONS WHY – 2ª TEMPORADA

13 Reasons Why pode ter causada muita polêmica com sua estreia no ano passado, mas em 2018 tornou-se uma série extremamente maçante. A quantidade de episódios e de subtramas serve mais como tapa-buracos que qualquer outra coisa – e detalhe: se a iteração anterior trouxe temas importantes para colocar em pauta dentro da nossa sociedade, essa preocupação, ainda que distorcida, deixa de existir no novo ano, dando lugar a construções melodramáticas e desinteressantes.

3. WESTWORLD – 2ª TEMPORADA

“O segundo ano de Westworld claramente mostrou que a intenção de Jonathan Nolan, Lisa Joy e toda sua equipe foi criar uma narrativa cheia de mistérios, mas sem um pingo de profundidade, apoiando-se mais do que devia em plot twists ao invés de simplesmente ter a intenção de contar uma boa história. A sensação é que vimos um epílogo exageradamente prolongado da primeira temporada, tudo sendo contado da forma mais confusa possível, apenas para ser confuso, sem um motivo mais orgânico por trás. Westworld decaiu e muito, tornando-se mais uma série qualquer, uma superprodução vazia, repleta de pseudofilosofia, que só não é obviamente rasa porque os showrunners fizeram questão de embaralhar tudo, disfarçando a mediocridade dessa temporada através das incessantes perguntas levantadas.” – Guilherme Coral

2. INSATIABLE – 1ª TEMPORADA

Em meio a tantas problematizações que vão da gordofobia até a LGBTfobia mascarada, Insatiable é uma prova de como nem mesmo em pleno século XXI estamos livres de séries que ratificam e disseminam estereótipos. Como supracitado, a Netflix conseguiu mais uma vez mergulhar em um desserviço completo e que definitivamente deixou sua reputação ainda mais difícil de ser recuperada.

1. HOUSE OF CARDS – 6ª TEMPORADA

House of Cards finalmente encontrou sua ruína, a qual vinha sido premeditada há bastante tempo. O problema é que o show transformou-se em uma convulsão de falsas promessas e voltou a se levar a sério, tentando sem sucesso resgatar o que outrora a colocou em um patamar considerável. É triste, porém é a verdade: a jornada dos Underwood acabou.

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Publicado por Thiago Nolla

Thiago Nolla faz um pouco de tudo: é ator, escritor, dançarino e faz audiovisual por ter uma paixão indescritível pela arte. É um inveterado fã de contos de fadas e histórias de suspense e tem como maiores inspirações a estética expressionista de Fritz Lang e a narrativa dinâmica de Aaron Sorkin. Um de seus maiores sonhos é interpretar o Gênio da Lâmpada de Aladdin no musical da Broadway.

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