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Lista | As Sequências mais Esquecíveis de Hollywood

Na via mais tradicional quando um filme faz sucesso na bilheteria, temos as benditas sequências que raramente fazem jus à qualidade do original. Nisso, franquias inteiras são sustentadas com dois, três, até seis filmes – isso até a Marvel mudar o jogo e tradicionalizar o conceito de universos compartilhados e possibilitar milhares de filmes diferentes que servem como sequências indiretas.

Como disse, na maior parte das vezes as sequências não são tão boas, mas também dificilmente são esquecidas como no caso de boa parte das animações Disney. Porém, outras realmente são obscuras e ignoradas totalmente pelo público mesmo se tratando de um filme que tenha sido muito popular em sua estreia nos cinemas.

Separamos dez desses casos que realmente trazem um enorme desafio em lembrar ou até mesmo de conhecer esses títulos.

The Last Days of Patton

Uma das sequências mais improváveis e inusitadas de todos os tempos. Dezesseis anos depois do lançamento do histórico Patton: Rebeldo ou Herói? Uma sequência foi feita para mostrar os últimos dias de vida do lendário general da 2ª Guerra Mundial. O mais surpreendente é que o George C. Scott retornou para encarnar o papel que o consolidou na História do Cinema. Porém, como o filme detalha os dias anteriores à morte do personagem, Scott praticamente só aparece deitado em uma cama, com paralisia, aguardando a morte chegar.

Um Homem Perigoso

Em 1992, outra sequência improvável surge no formato de filme para televisão. Dessa vez, se trata de Um Homem Perigoso, sequência do histórico Lawrence da Arábia, de David Lean. Apesar do próprio filme original ter início mostrando a morte do personagem, a sequência mostra Lawrence e Feisal pedindo a independência árabe em uma conferência da paz em Paris em 1919.

Ralph Fiennes interpreta o personagem, substituindo a performance história de Peter O’Toole. Dizem que o longa não é completamente ruim, mas certamente é difícil de lembrar de sua existência.

Tratamento de Choque

Outra sequência que ninguém havia pedido, apenas embalada pelo sucesso de Rock Horror Picture Show, um dos musicais mais icônicos de Hollywood. Tratamento de Choque funciona como uma “sequência” já que pouco tem a ver com o filme original. Focado em game shows, o filme não traz canções memoráveis, além de uma narrativa bastante batida que trata o filme original de modo bastante satírico. É difícil levar essa daqui à sério.

A Chave do Enigma

Um dos maiores clássicos da Sétima Arte é Chinatown, filme de suspense criminal de Roman Polanski contando com ótimas performances de Jack Nicholson e Faye Dunaway. Mesmo depois de dezesseis anos, Nicholson encontrou dificuldades de esquecer seu papel como o detetive Jake GIttes e acabou bancando, dirigindo e protagonizando essa sequência do clássico de Polanski.

O mais curioso é que o filme ainda tinha a ajuda do roteirista do original, Robert Towne, para criar uma história tão boa quanto a do primeiro. Infelizmente, o resultado foi abaixo do esperado com críticas medíocres e baixa procura do público. Nicholson então desistiu de realizar um terceiro e último filme sobre o personagem.

Operação França II

O filme que catapultou a carreira do diretor William Friedkin, Operação França, acabou ganhando uma sequência quatro anos depois da estreia do original. Agora totalmente baseado em uma história fictícia, o longa acompanha a vida de Jimmy Doyle (com direito ao retorno de Gene Hackman ao papel) em sua procura pelo criminoso Alain Charnier. Com detalhes originais e uma abordagem nova para Doyle, o filme é um típico caso de ame ou odeie, dividindo opiniões até hoje.

Golpe de Mestre II

Como ficou provado nessa lista, realizar sequências depois de uma década da estreia do original é sempre uma má ideia. Ainda mais se for realizar uma sequência de um dos filmes mais icônicos de Hollywood: Golpe de Mestre. Funcionando basicamente como um remake preguiçoso, trazendo as mesmas viradas do original e um elenco reformulado não muito inspirado, o longa conquistou praticamente ninguém, permanecendo oculto no baú das sequências esquecidas.

Os Pássaros II

Lançado em 1994, Hitchcock acabou ganhando outra sequência deplorável inspirada em seus clássicos suspenses. Os Pássaros II apenas aproveita a situação da rebelião e ataque de diversas aves contra os humanos apresentando uma família apática que tenta sobreviver aos eventos – praticamente do mesmo modo que os personagens driblam a morte no original de 1964. Um dos piores filmes da existência, Os Pássaros II não tem muita consideração pelo original ao replicar momentos exatos sem a menor técnica e sutileza do mestre do suspense.

Aliás, reconhecendo que a produção é uma verdadeira bomba, o diretor Rick Rosenthal não assinou o filme, usando o pseudônimo de Alan Smithee.

The Fall of a Nation

Essa é a primeira sequência da História do Cinema. Servindo como continuação do épico controverso O Nascimento de uma Nação, a história de The Fall of a Nation é um dos maiores mistérios do Cinema também, já que todas as cópias foram destruídas ou se perderam no tempo. A produção do longa, obviamente, foi bastante apressada para ser lançada em 1916, apenas um ano depois da estreia do filme original que é considerado um clássico inventor de linguagem cinematográfica.

Os Embalos de Sábado Continuam

Nem mesmo o clássico oitentista, Os Embalos de Sábado a Noite, merecia uma sequência tão terrível como essa. Os Embalos de Sábado Continuam traz novamente John Travolta como Tony Manero agora tentando ser bem sucedido como dançarino nos palcos da Broadway. Em uma história realmente sem inspiração, atuações caricatas e glamour brega, a sequência fracassou em crítica e público. O curioso é que ela é dirigida por Sylvester Stallone que também escreveu o roteiro.

Look What’s Happened to Rosemary’s Baby

Indiscutivelmente que essa talvez seja a sequência mais inútil de todos os tempos. Além do título sensacionalista similar aos clickbaits que temos aos montes na internet, o filme responde uma questão que ninguém deseja saber ao final de O Bebê de Rosemary que já é perfeito por si só. No caso, o menino anti-Cristo, filho do Capeta, é adotado e cresce sem saber que é rebento do demônio na Terra. No meio do caminho, precisa se confrontar com o fato de ser o anti-Cristo. Exatamente como acontece em A Profecia II que é um filme muito superior a esse.

O excesso sempre é a prova da má saúde. Isso vale em praticamente todos os campos da humanidade, incluindo a arte. Quem disse que também não há poluição no Cinema? Felizmente, boa parte dessas sequências que não se importam em nada com a própria qualidade acabam encontrando o merecido destino depois de um tempo: o completo esquecimento.

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Publicado por Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema seguindo o sonho de me tornar Diretor de Fotografia. Sou apaixonado por filmes desde que nasci, além de ser fã inveterado do cinema silencioso e do grande mestre Hitchcock. Acredito no cinema contemporâneo, tenho fé em remakes e reboots, aposto em David Fincher e me divirto com as bobagens hollywoodianas.

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