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Lista | Os Melhores Filmes de Ficção Científica da Década de 2010 até agora

O gênero da ficção científica é um dos mais generosos para dar origem a histórias realmente fantásticas que dialogam tanto com o desconhecido quanto traz mensagens importantes sobres a nossa própria humanidade. Se muitos podem concordar com alguma coisa, claramente se trata da alta qualidade que os filmes desse gênero apresentaram nessa década até agora.

A ficção científica consegue comportar narrativas diversas, além de se misturar graciosamente com outros gêneros cinematográficos. Logo, não estranhe ver dramas, comédias românticas e até mesmo filmes de super-heróis nessa lista. O texto foi escrito em colaboração com Lucas Nascimento e Raphael Klopper.

35. Oblivion (2013)

A primeira ficção científica estrelando Tom Cruise da nossa lista. Oblivion é uma das obras mais subestimadas dessa nova leva de filmes sci-fi. Situado em um cenário pós-apocalíptico, a trama acompanha a jornada de alguns recrutas que coletam os recursos restantes do planeta, enviando para uma nave fora da Terra. Durante uma das missões, o personagem encontra um artefato que pode mudar toda a sua perspectiva sobre a guerra que assolou o planeta. Com direção de Joseph Kosinski, Oblivion brilha pelo tratamento estético sublime. Mesmo com premissa boa, a história acaba se perdendo ao tentar homenagear diversos clássicos em sua trajetória, mas vale uma conferida.

34. Círculo de Fogo (2013)

A pancadaria tokusatsu de Guillermo Del Toro garante divertimento único carregado pelas ideias insanas do diretor para destruir os diversos Kaijus que figuram em seu filme. Também um manjar para os olhos, Círculo de Fogo pode se perder um pouco pela narrativa bastante despretensiosa. Ao menos é sensacional vibrar com as lutas insanas que esse filme possui.

33. A Outra Terra (2011)

Outra Terra é uma obra que veio diretamente do cenário indie americano. Concentrando seu ponto de vista em Rhoda, encontramos um profundo drama de uma menina que ainda precisa descobrir seu lugar no planeta depois de causar uma tragédia inimaginável. Com o surgimento de uma réplica exata do nosso planeta no sistema solar, Rhoda acredita que pode reparar seus erros se viajar para a outra Terra. Mas o caminho para chegar até lá é árduo e difícil. A reviravolta final vale o filme inteiro, além das relações muito corajosas entre os personagens principais.

32. Questão de Tempo (2013)

A única comédia romântica da nossa lista. Questão de Tempo é uma obra obrigatória para curiosos que nunca imaginaram a inserção de viagem do tempo em uma narrativa amorosa. O diretor Richard Curtis captura diversas sutilezas humanas e problemáticas do conceito ao longo da jornada de Tim que descobre poder viajar no tempo e reparar os erros para conquistar a garota dos seus sonhos. O problema é que a comodidade do recurso começa a virar um vício.

31. Coherence (2013)

Mais um indie na nossa lista. A narrativa de Coherence é uma das mais interessantes dentre todos os longas aqui citados. Nela, acompanhamos oito amigos reunidos para um jantar memorável enquanto um aguardado cometa cruza a Terra. Entretanto, durante os dois eventos, as leis da física se alteram assim como a dinâmica do encontro. Marcado por diálogos sensacionais e excelente timing da direção, esse filme vale sua visita.

30. No Limite do Amanhã (2014)

Uma mistura de Feitiço do Tempo com qualquer filme de invasão alienígena. No Limite do Amanhã vale pela graça do reset do dia de vida de Cage partindo para o combate contra os invasores extraterrestres. Explicando muito bem o conceito de viver o mesmo dia várias vezes, vemos Tom Cruise e Emily Blunt se divertindo enquanto entregam um ótimo trabalho conjunto. O diretor Doug Liman consegue manter a fluidez da obra em praticamente sua totalidade sempre adicionando toque diferentes para diferenciar cada sequência de dia repetido.

29. Ataque ao Prédio (2011)

Revestido pela aura funk pop familiar de Edgar Wright, o subestimado filme de Joe Cornish traz uma nova vertente de ação, suspense e comédia para o gênero de invasão alienígena em um filme absurdamente divertido e eficiente em todos os graus. Raphael Klopper

28. Contra o Tempo (2011)

É raro poder encontrar um filme que lide com viagem no tempo de forma tão original e eficiente como aqui no ótimo filme de Duncan Jones. Que mesmo passando a mão em uma história de romance piegas em certos momentos, mas tocante nos momentos certos, é na intensa trama de alterar o inalterável em que o agonizante brilho de Contra o Tempo se encontra. Raphael Klopper

27. Dredd (2012)

Cumprindo a devida missão de nos fazer esquecer por completo uma infame versão com Stallone, o filme de Pete Travis é um exemplo nato de uma adaptação muito fiel ao espírito de suas HQs, e conseguir ser ainda um refrescante filme de ação sanguinolento com uma aura oitentista en um rico palco de futuro distópico. Pena que nunca veremos uma continuação. Raphael Klopper

26. Prometheus (2012)

O retorno de Ridley Scott para a ficção científica divide fortes opiniões até hoje sobre sua infame qualidade. Mas a coragem de realizar um digno filme de ficção científica recheado de questionamentos existencialistas digno de 2001 – Uma Odisséia no Espaço, ao mesmo tempo que se construiu minuciosamente um vasto e misterioso universo já familiar, é tão louvável e te deixa realmente com o gostinho de curiosidade de quero mais. Raphael Klopper

25. Não Me Abandone Jamais (2010)

Talvez o desenvolvimento alcance o piegas e por momentos genérico. Mas o riquíssimo conceito de espaço tempo e idade de sua fantástica obra original é tão bem traduzida para o telão, e o charmoso elenco também não faz feio! Raphael Klopper

24. Alien: Covenant (2017)

O infame novo capítulo da clássica franquia marcando o retorno de Ridley Scott é outro corajoso experimento que tanto divide opiniões. Mas é exatamente por essa coragem em trazer novos interessantes conceitos temáticos para esse universo, ao mesmo tempo que retorna sim a glória foi terror e suspense do filme original que ocasionam aqui no irresistível charme de Alien: Covenant. Raphael Klopper

23. Upstream Color (2013)

Upstream Color é um longa desafiador. Facilmente encaixado entre ame ou odeie, a jornada bizarra oferecida pelo diretor Shane Carruth conquistou alguns fãs em 2013. O “problema”, se é que posso chamar assim, é o formato bastante surrealista da obra a deixando praticamente incompreensível para muita gente. A premissa é interessantíssima. Vemos uma mulher ser abduzida por um homem que implanta um verme em seu corpo. Controlada pela criatura, a mulher arruína a própria vida. Livre do controle mental, inicia uma jornada de reparação.

22. Star Trek: Além da Escuridão e Sem Fronteiras (2013 e 2016)

Os dois Star Trek dessa década são extremamente equilibrados. Ambos trazem diversão na medida certa, além de despontarem direções excelentes de J.J. Abrams e Justin Lin. Cada diretor demarca o terreno com diferentes assinaturas visuais e atmosferas contrastantes. Em Além da Escuridão, há toda a tensão enervante de uma trama psicológica intensa para derrotar Khan, enquanto Sem Fronteiras traz uma divertida obra despretensiosa com uma história épica e cheia de reviravoltas intensas. Difícil escolher um favorito entre os dois.

21. Guardiões da Galáxia (2014)

Quando James Gunn revolucionou a jornada espacial da Marvel. Trabalhando com personagens completamente desconhecidos pelo grande público e apenas obedecendo as normas de narrativas clichês do gênero, Gunn pode brilhar com os diálogos e situações geniais que joga seus personagens protetores da galáxia. Uma narrativa simples, com a trilha musical perfeita que vai te cativar vividamente.

20. Perdido em Marte (2015)

A dramédia de Ridley Scott vem justamente na crista do tom descontraído concretizado por Gunn em Guardiões da Galáxia. Particularmente, acho surreal esse tom empregado na história de um homem isolado em Marte tentando sobreviver a todo custo enquanto cientistas da Terra se esforçam para resgatá-lo do planeta vermelho. Mas conquistou uma legião de fãs pela abordagem realista da ciência, além do texto bem-humorado cheio de referências e músicas pop dos anos 1980.

19. A Viagem (2012)

O retorno das irmãs Wachowski para os grandes temas universais pode não acertar em todas as suas notas dramáticas, mas eis aqui um filme de grande escopo e um louvável esmero técnico junto de um soberbo elenco, que formam um filme que realiza uma bizarra porém divertida mistura de gêneros para abordar temas tão atuais e emocionantes. Raphael Klopper

18. Sob a Pele (2013)

Quando 2001 – Uma Odisséia no Espaço cruzou com invasão alienígena foi o dia que Sob a Pele nasceu. Um onírico, contemplativo e misterioso estudo da superficialidade da fisionomia humana. Que ainda carrega consigo uma diferente e excelente performance de Scarlett Johannson. Raphael Klopper

17. Rogue One: Uma História Star Wars (2016)

Um filme feito por um fã para fãs. E talvez não há outra perfeita definição para classificar Rogue One. O filme que bebe de toda a essência clássica de Star Wars e o adapta para um digno filme de guerra nesse rico universo. Que mesmo não contando a mais complexa história, a simpatia pelos personagens e a paixão com que Gareth Edwards dirige cada excitante momento, já torna Rogue One um dos mais divertidos e interessantes filmes da saga feitos até hoje. Raphael Klopper

16. Rua Cloverfield 10 (2016)

Eis aqui uma aula de como realizar um extremamente criativo spin off de um já clássico cult entre muitos. Mantendo o misterioso universo de ficção científica, mas indo por um percurso íntimo e enclausurada ao criar um exímio filme de suspense com perfeitos toques Hitchcockianos. O nome Cloverfield nunca mais será o mesmo depois daqui! Raphael Klopper

15. O Lagosta (2015)

O Lagosta levou anos para chegar aqui nas nossas terras, mas a espera valeu a pena. Uma narrativa bizarra digna da assinatura de Yorgos Lanthimos. Em um futuro no qual solteiros não são tolerados na sociedade, a última esperança reside na internação em um hotel especializado em encontrar seu par. Quem não consegue encontrar sua alma-gêmea acaba sendo transformado em um animal e jogado na floresta que cerca o lugar. Em uma clássica narrativa contra o status quo, temos um herói que decide se rebelar contra o sistema, mas rapidamente as coisas saem do planejado ao cair nas mãos dos extremistas solteiros.

14. Expresso do Amanhã (2015)

Um raríssimo exemplo de como criar um blockbuster de ação sanguinolento sem pudor, mas ao mesmo tempo carregado de um cerne dramático filosófico e social tão atual. Ao trazer junto um dos mais criativos palcos distópicos que o cinema moderno hoje pode ver. Quem dera houvesse mais filmes como esse. Raphael Klopper

13. Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017)

Não só aquela rara (e um tanto subestimada) continuação que supera seu ótimo filme original, mas mostra como seu diretor James Gunn tanto ama esses personagens e o gênero que os leva por novos percursos escapistas despirocados e hilários, ao mesmo tempo que se importa com o drama individual e trágico de cada um. Um filme de super-heróis em puro cenário vasto de ficção científica que diverte e inova a tudo que se propõe. Raphael Klopper

12. Star Wars: O Despertar da Força (2015)

Não era tarefa fácil entregar um novo Star Wars para o mundo de hoje. É certo que J.J. Abrams manteu um jogo muito seguro ao apostar na fórmula vencedora do filme original, mas é inegável que O Despertar da Força seja um filme de aventura impecável, com um elenco fantástico e a promessa de levar a franquia a novos e mais interessantes rumos. Só falta um pouco mais de coragem, mas todos os ingredientes certos estão lá. Lucas Nascimento

11. Ex Machina: Instinto Artificial (2014)

Em uma época em que smartphones se transformaram nos nossos melhores amigos, o Cinema tem brincado com a ideia de uma relação afetiva entre Homem e máquina, Ex Machina: Instinto Artificial oferece aquela que talvez seja a obra definitiva sobre o assunto a surgir em muitos anos. O roteiro esperto e bem estruturado de Alex Garland oferece conceitos e personagens fascinantes, assim como diversas soluções visuais estimulantes para contar uma história perturbadora e surpreendente. Lucas Nascimento

 

10. Looper: Assassinos do Futuro (2012)

Não só um retorno à forma de Bruce Willis em talvez uma de suas melhores performances, o show aqui também pertence a uma palpável vitalidade entregue pelo sempre promissor Joseph Gordon Levitt e o talento de Rian Johson em misturar vários gêneros dentro de um. Com ação sanguinolenta; drama psicólogo de personagens e filme de vingança ala Western, misturados com viagem no tempo ala Exterminador do Futuro, tudo isso aqui definindo com exaltidão o verdadeiro conceito de ficção científica em sua melhor forma! Raphael Klopper

9. Trilogia Planeta dos Macacos (2011, 2014, 2017)

A trindade de filmes que ressuscitou a franquia dos símios falantes e inteligentes no cinema com louvor. E que mostra raros exemplos de como se realizar blockbusters de ação que possuem uma pulsante alma e carregam profundos temas humanistas tão atuais e relevantes, que nos fazem questionar nossa existência ao mesmo tempo que nos faz divertir com louvor. Raphael Klopper

8. Melancolia (2011)

Talvez nunca um filme apocalíptico recebera uma retratação tão dramaticamente bucólica como aqui. Onde ousa remexer em temas frágeis de depressão e trauma, com questões existenciais frente o inevitável fim. Difícil de assistir e digerir, mas talvez seja exatamente esse seu propósito em nos chocar com nossa frágil mera existência. Raphael Klopper

7. Ela (2013)

Um dos romances mais doces, 7, encantadores, e ao mesmo tempo afetivamente doloroso e verdadeiro na forma que lida com sentimentos de amor e perdão, dor e esquecimento de forma tão real em seu ambiente futurista não tão distante do nosso. Você nunca vai se apaixonar perdidamente por uma inteligência artificial como aqui.  Raphael Klopper   

                  

6. O Predestinado (2014)

Você talvez nunca tenha ouvido falar deste filme, mas não cometa o sacrilégio de perdê-lo. O Predestinado cheira àquelas bombas que atores como Ethan Hawke fazem só para descolar uma grana extra para pagar o aluguel, devidamente lançadas diretamente no mercado home vídeo. Mas aí você para para assistir a esse curioso filme australiano, e se depara com um dos melhores exemplares do sci-fi dos últimos anos. Uma estrutura sinuosa e um protagonista nada confiável fazem deste suspense de viagem no tempo um verdadeiro nó no cérebro, em uma narrativa inteligente e altamente envolvente. Um filme que fica ainda melhor na revisão, quando o espectador já conhece a grande reviravolta. Lucas Nascimento

5. Interestelar (2014)

A jornada épica de Cooper para salvar a humanidade em Interestelar de Christopher Nolan é extremamente polêmica. Marcado por ódio intenso e um amor que transcende barreiras, uma das melhores obras de Nolan é imortalizada pelo constante debate. A obra é uma das primeiras ficções científicas a colaborar ativamente com a física moderna. Se nunca viu, veja. É uma experiência única ver um enorme épico de sobrevivência repleto de mensagens belas, mas que se trata verdadeiramente do forte amor entre pai e filha.

4. Mad Max: Estrada da Fúria (2015)

O clássico moderno de George Miller é o oposto do senso comum dos filmes de ficção científica. Enraizado em um terreno árido, cheio de poeira, mutantes e gasolina, a narrativa de Mad Max não poderia ser mais simples: uma perseguição intensa e insana ao longo de toda a obra. Em temáticas poderosas sobre libertação e necessidade da violência, George Miller traz um dos melhores filmes desse século mesmo que seja praticamente mudo e bruto.

3. Gravidade (2013)

Alfonso Cuáron é um daqueles cineastas exímios que o cinema recebe de tempos em tempos. Depois de marcar a ficção científica com o soberbo Filhos da Esperança, Cuáron retorna com Gravidade. Também centrado no realismo da situação desesperadora de uma astronauta driblando todos os desafios para sobreviver, temos uma das experiências mais tensas já vistas nas telonas. A beleza de Gravidade não se situa apenas na perseverança do espírito humano, mas principalmente nos sacrifícios feitos para conquistar a natureza.

2. A Origem (2010)

A Origem é o blockbuster mais corajoso desse século até agora. A narrativa intrincada de Christopher Nolan nos joga em um mundo onírico extremamente racional com ladrões tentando implantar uma ideia poderosa na cabeça de sua vítima. Não bastasse a história ser extremamente original, também temos Nolan em um de seus melhores momentos de encenação. Pulsante, enervante e arrebatador, A Origem marcou gerações.

1. A Chegada (2016)

Será muito, mas muito difícil desbancar esse daqui do topo da lista dos filmes de ficção científica não só dessa década, mas de todo o século. Uma obra-prima de Denis Villeneuve e Eric Heisserer sobre a importância da comunicação e da linguagem dentro de uma narrativa intimista sobre o destino humano. E claro, para exibir essa paixão toda pelas nossas melhores características e mistérios mais apaixonantes, tudo isso é mostrado através de uma tensa situação de invasão alienígena. Mas de seres extraterrestres que não expõem suas verdadeiras intenções até o último segundo deixando as relações diplomáticas do mundo na beira do precipício. Obra imprescindível na vida de qualquer um.

Essa é a nossa lista das melhores ficções científicas dessa década até agora! Com certeza vamos ter que atualizar para encaixar o vindouro Blade Runner 2049, além de outras obras que surgirão nos próximos dois anos. Mas, por enquanto, quais são seus favoritos?

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Publicado por Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema seguindo o sonho de me tornar Diretor de Fotografia. Sou apaixonado por filmes desde que nasci, além de ser fã inveterado do cinema silencioso e do grande mestre Hitchcock. Acredito no cinema contemporâneo, tenho fé em remakes e reboots, aposto em David Fincher e me divirto com as bobagens hollywoodianas.

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