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Lista | Os Melhores filmes de Natal que não são de Natal

A boa e velha época do Natal finalmente chegou até nós mais uma vez, uma época para relembramos dos nossos grandes feitos no ano e sonhos a realizar no próximo. E nada melhor do que passar essa curta e festiva época Natalina com filmes que revelam seu bom e inspirador espírito. Que nos transporta para sociedade utópicas consumistas; à dramas soturnos sobre crise existencial; sobre jovens morrendo ao vento de forma sanguinária; onde criaturinhas fofas se tornam monstros medonhos; à tiros porrada e bomba pela sobrevivência e…para. Algo de certo aparenta estar errado aqui!

Pois esses filmes aqui não são os filmes de Natal que você com certeza está esperando. E certamente já devem ter notado vários filmes que se passam no Natal e não são nem um pouco sobre o Natal e sua época festiva, apenas servindo de palco para todos os tipos de desventuras inimagináveis. E aqui está uma breve lista com 20 títulos que melhor representam esses filmes rebeldes que usam e abusam do Natal apenas como seu capacho festivo preferido.

Mas atenção, essa lista não trata de ser um apanhado de TODOS os filmes que usaram o Natal como seu pano de fundo. Apenas os melhores que representam muito bem esses filmes que distorcem tudo que pensam saber sobre o que se trata o Natal. Para o agrado de todos os amantes de cinema de plantão e do próprio Natal!

Confira:

A Ceia dos Acusados (1934)

Triste saber como um clássico tão fabuloso como esse filme de W.S. Van Dyke não seja tão lembrado hoje. Nem pelo fato dele se passar mesmo no Natal como pano seu pano de fundo, ou pelo fato de ser uma deliciosa mistura da comédia escrachada screwball com uma trama de assassinato e mistério no melhor estilo Agatha Cristie de ser. E de bônus honroso ainda possuí um roteiro supimpa do mesmo responsável por Falcão Maltês e duas performances centrais fenomenais de William Powell e Myrna Loy como um casal de detetives com uma química de perfeição indescritível. Aproveitem o Natal para conhecer essa pérola imperdível!

Agora Seremos Felizes (1944)

Ok, esse talvez seja uma pequena trapaça já que temos nesse aqui uma das canções mais icônicas sobre o Natal que é a “Have Yourself a Merry Little Christmas”, e ainda usa e abusa do palco Natalino em momentos chave de sua trama. Mas esse subestimado e belíssimo musical de Vincente Minnelli tem seu ponto de atenção em algo muito mais profundo. É, dentro de suas belas firulas musicais alegres, uma obra que denota a passagem do tempo, a transformação das estações de forma tão poética em cima de sua história tão bela de amor e família. Poucos são os filmes (supostamente) de Natal que conseguem extrair uma beleza visual e musical de pessoas e da própria vida.

Se Meu Apartamento Falasse (1960)

Até mesmo o mestre supremo da narrativa cinematográfica como Billy Wilder, também fez do Natal lhe servir aqui como um breve palco de um de seus melhores, se não o seu melhor filme. Onde no meio de sua suposta (HILÁRIA) comédia romântica, com um sempre brilhante Jack Lemmon, vemos um triste e tragicômico estudo de personagem sobre a solidão suburbana e a crise trabalhista de forma soberba. Se Meu Apartamento falasse é imperdível para amantes do Natal, com uma sequência chave acontecendo na noite Natalina dolorosa de se assistir; e para amantes de cinema também!

Noite do Terror (1974)

Quem poderia notar que um dos maiores filmes slasher de todos os tempos se passava exatamente no Natal?! Eis que se apresenta Noite de Terror de Bob Clark, uma verdadeira profanação tenebrosa e sanguinária da festividade Natalina, onde vemos corpos de belos jovens sendo esfaqueados, dilacerados, decepados em níveis quase épicos da violência gráfica. Se você quiser uma noite de Natal diferencial, porque não optar por um pouco de sangue e morte como aqui?!

Fanny e Alexander (1982)

Até mesmo o grande senhor Ingmar Bergman veio a brincar com a época de Natal, de forma soberba devo salientar, logo aqui que talvez seja, discutivelmente, seu melhor filme. Mas o instigante de Fanny e Alexander, é que o filme tem seu início parecendo se disfarçar de um perfeito conto de Natal de Charles Dickens ao vermos a história sendo contada pela perspectiva do jovem Alexander ao ver sua grande família se reunindo para a festividade com uma aura pomposa e alegre. Para depois no seu desenrolar, revela sua faceta fantasmagórica e assombrosa de uma derrocada familiar sendo sugada pela encarnação do mal e de seus pecados. O maior épico dramático intimista que se passa no Natal e não é nem um pouco sobre o Natal!

Trocando as Bolas (1983)

Quando você encontra dois caras como Dan Akroyd e Eddie Murphy, ambos no ápice das suas carreiras, é fácil ter certeza de esta se trata de ser uma das comédias mais hilárias que alguém verá na vida, e assim é! E que usa do seu background natalino para se fazer algumas afiadas críticas ao capitalismo e à vida monetária soberbada de forma certeira e relevante pelas mãos do diretor John Landis. Poucas são as comédias que conseguem ser altamente hilárias e reflexivas na mesma medida como aqui. Uma boa pedida para o Natal!

Gremlins (1984)

Ah, um favorito de todos. Talvez seja até algo ofensivo para muitos fãs não colocar esse em uma lista junto dos melhores filmes de Natal. Mas não levem sua colocação aqui como um desaprecio à essa pérola de Joe Dante, que subverte fórmulas do gênero de terror e comédia familiar em uma das misturas mais brilhantes entre ambos os gêneros já feitas. Que garante imersivos calafrios e inquestionável diversão de primeira qualidade. Na próxima noite de Natal lembre-se apenas de assistir a esse filme bem acompanhado e não alimentar seu Gremlim depois da meia-noite!

Rocky IV (1985)

Tinha que ter um filme do Rocky que tinha que se passar, especificamente no Natal certo?! Bom, parece que sim. Nesse que com certeza é o mais brega dos filmes da franquia que te faz lembrar que é Natal, não só graças ao robozinho que canta parabéns pro Paulie, mas pela subtilmente escancarada mensagem de paz e amor aos homens de fé ao redor do mundo que é praticamente o resumo do belo discurso final de Rocky após vencer o truculento Drago. É inegavelmente brega, mas tão divertido que é impossível não amar!

Brazil, O Filme (1985)

Aposto que nem se lembram que essa clássica obra-prima de Terry Gilliam se passava exatamente no Natal. E agora que estou mencionando, nota-se que isso é usado de elemento proposital na própria narrativa do filme, quando vemos sua ferrenha alegoria crítica à sociedade utópica consumista e alienada, e o Natal sendo um perfeito feriado capitalista não poderia ter alvo mais certeiro. Mas é só uma curiosidade dentro do filme, já que vemos o filme indo em níveis maiores e surrealistas para se importar com a festividade do nascimento de Cristo e do bom velhinho de vermelho.

Máquina Mortífera (1987)

Se não fosse pelas sutis decorações natalinas presentes aqui e ali, e a data em especial ser mencionada ao longo do filme através de comerciais televisivos ou diálogos dos personagens, você nunca notaria que esse tão amado clássico de ação e comédia de Richard Donner, que inventou e solidificou o termo do filme “buddy-cop” para sempre, se passava exatamente no Natal. E, de certa forma, dialoga com as lições morais da festividade quando vemos a icônica dupla de Martin Riggs de Mel Gibson e Roger Murtagh de Donald Glover nascendo através de seus puros diálogos cheio de amizade e respeito, que os torna eo uma inseparável família no final. Humor inteligente e hilário, tiroteios e porradas sangrentas; uma trama que mistura elementos de filme Noir e ação com louvor – filmes de Natal dificilmente ficam melhor que isso!

Duro de Matar (1988)

E tinha como não estar aqui?! O perfeito filme Natalino que está LONGE de ser sobre o Natal. Quando John McLane finalmente se vê cercado pelos terroristas internacionais do cruel Hans Grubber, nós já sabemos que a sua ceia de Natal será a mais peculiar possível. Matando levas de inimigos, enquanto sobrevive a noite adentro e tentando salvar a vida de reféns incluindo sua amada. Heróis de ação nunca mais foram os mesmos depois de Duro de Matar e muito menos filmes natalinos! Yippie Kay Yey Papai Noel!

Edward Mãos de Tesoura (1990)

Ninguém melhor que Tim Burton pra distorcer toda e qualquer forma de um cenário de festividade Natalina com os seus traços autorais góticos e bizarros, cheio de drama, humor e muito coração como é o caso aqui com sua obra-prima Edward Mãos de Tesoura. A versão teen gótica da história da criatura de Frankenstein impregnada com a doçura e magia da história de Pinóquio. Mas com a estrutura caricata de tom gótico e dramaticamente cômico na figura tão trágica e icônica do jovem Edward de Johnny Depp. Um filme bizarro e mágico para uma noite de Natal!

Batman – O Retorno (1992)

Tim Burton é com certeza outro fascinado dessa lista que atrai consigo um vício pela festividade Natalina. E a traz aqui para a sua segunda investida no mito do herói do Homem Morcego com pomposidade. Não só lhe garantido um certo grau de detalhes caricaturais na composição do vilão Pinguim e seus capangas circo de Soleil, como também permite ao diretor uma encenação quase teatral da cidade de Gothan, ficando parecendo um interessante palco de uma peça de Charles Dickens. E claro, acompanhado do seu sabor gótico e soturno que cria-se aqui o mais original e um dos melhores filmes do Batman!

O Árbitro (1994)

Não há nada melhor do que passar uma noite de Natal com sua família servindo de reféns de um ladrão invasor, foragido da polícia. Mas enquanto uma trama como essa cairia como sendo um massacre gráfico e impiedoso nas mãos de um diretor como um Michael Haneke da vida, Ted Demme mostra sua versão cômica, afiado em seu humor negro, e bem divertida da invasão ao lar. E consegue puxar algumas boas performances do trio Denis Leary, Kevin Spacey e Judy Davis em ótima química cômica. Talvez não seja nada demais, mas consegue até ser uma boa e divertida sessão para se assistir com a família na noite de Natal.

Los Angeles – Cidade Proibida (1997)

Não há melhor forma do que passar a semana de Natal do que investigando à dentro uma conspiração de policiais corruptos nas perigosas ruas da cidade das estrelas. Pelo menos é assim que esse filme do ótimo Curtis Hanson decide fazer seus personagens passarem a época de festividade, em um exímio Noir clássico com uma soberba estrutura moderna e algumas excelentes atuações de seu rico elenco. Nunca houve melhor encontro entre o Noir e o Natal como aqui!

De Olhos Bem Fechados (1999)

O senhor Stanley Kubrick é bem conhecido hoje por ter metido sua assinatura autoral em quase todos os gêneros definidores do cinema e abordado alguns dos temas mais emblemáticos da história em seus filmes. E parece que nem uma festividade como o Natal lhe escapou das mãos e realizou aqui em sua obra-prima de despedida, o grande e subestimado De Olhos Bem Fechados, um filme que deturpa por completo qualquer significado moral aconchegante que o Natal tem pra oferecer às pessoas. Servindo apenas como mero palco para um dos estudos mais intrínsecos da fragilidade de um matrimônio à beira de um colapso caótico e erótico, e os segredos macabros e sórdidos que o meio social de alto escalão esconde por detrás de toda sua aparente perfeição.

O Romance de Morvern Callar (2002)

Quando você tem o nome de Lynne Ramsay no cargo de direção, já vá se preparando para uma das experiências mais angustiantes que você terá em assistir a um filme. A grande e subestimada diretora aqui apenas usa da época Natalina como pano de fundo para uma experiência rica artisticamente em seu visual. E de personalidade onírica, psicológica, bizarra e sensorial no desenrolar de seu profundo e amargo estudo de personagem sobre o pesar, a dor, o perdão e a salvação moral quando não o merecemos. Com certeza não o filme de Natal apropriado mas belo de se contemplar.

Beijos e Tiros (2005)

Shane Black realmente tem uma tara pela época do Natal. Já o tinha demonstrado antes com sua assinatura nos roteiros do primeiro Máquina Mortífera e Despertar de um Pesadelo, e sua investida na Marvel com Homem de Ferro 3. Porém, talvez nunca tenha feito perfeito uso disso como aqui em sua pérola Beijos e Tiros. A mistura mais insana que você verá de um suposto filme Noir de mistério e investigação, sobrecarregado de um humor negro afiadíssimo e sanguinolento sem pudor, e ainda acompanhado de elenco transbordando carisma com Robert Downey Jr. sendo Robert Downey Jr. pré Tony Stark e um histericamente hilário Val Kilmer em um de seus melhores momentos!

A Sangue Frio (2005)

Ah esse com certeza seja, talvez, o mais peculiar filme da lista. Não só pelo fato deste se passar no Natal e não ser seu foco de atenção principal na narrativa. Mas também por se situar como um filme de crime com uma decente aura de suspense e carregado de uma boa pitada de humor negro digna de uma comédia dos Irmãos Coen. Talvez não seja tão realmente ótimo, mas vale pelas ótimas performances de ambos John Cusack e Billy Bob Thornton, nesse que talvez tenha sido o último realmente bom filme de Harold Ramis. E nada melhor que uma noite de Natal cheia de humor negro e mortes dolorosas!

Na Mira do Chefe (2008)

Pois é, nada de mais Natalino do que vermos uma dupla de assassinos por aluguel passando o final de semana discutindo e refletindo sobre o valor moral de sua profissão e o peso de seus pecados em uma existência marcada pela violência, logo perto da data do nascimento do menino Jesus. Não pode ser dito que nenhum deles mereça um presente do papai Noel, mas o diretor Martin McDonagh com certeza merece os parabéns por ter feito um filme profundo em seus temas de vida e morte com personagens multifacetados bem delineados com ótimas atuações do trio Colin Farrel, Brendan Gleeson e Ralph Fiennes. Uma trágica e cômica sessão para uma serena e reflexiva noite Natalina!

Já conferiram todos esses filmes “anti-Natal”?! Qual o seu filme de Natal, que não é sobre o Natal, favorito?!

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Publicado por Raphael Klopper

Estudante de Jornalismo e amante de filmes desde o berço, que evoluiu ao longo dos anos para ser também um possível nerd amante de quadrinhos, games, livros, de todos os gêneros e tipos possíveis. E devido a isso, não tem um gosto particular, apenas busca apreciar todas as grandes qualidades que as obras que tanto admira.

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