Há 300 dias a Cinemateca Brasileira se encontra fechada por causa da falta de verba. A instituição não recebe há meses nenhum repasse financeiro do governo. Muitas personalidades do cinema já se manifestaram a respeito do tema e demonstraram preocupação a respeito do acervo da Cinemateca, que é um dos maiores da América Latina. Desta vez, foi o diretor Martin Scorsese que se manifestou sobre o assunto.
De acordo com texto escrito pelo cineasta Walter Salles para o jornal Folha de S.Paulo, Martin Scorsese enviou uma carta na qual mostra sua “angústia” em relação a suspensão da verba para a Cinemateca no período da pandemia do novo coronavírus.
O cineasta declarou que as artes são necessárias e que são importantes para todo o mundo.
A preservação das artes, especialmente de uma tão frágil quanto o cinema, é um trabalho difícil, mas essencial. Esta não é minha opinião. É um fato. Espero sinceramente que as autoridades federais do Brasil abandonem qualquer ideia de retirada do financiamento e façam o que precisa ser feito para proteger o acervo e a dedicada equipe da Cinemateca.
Scorsese preside a Film Foundation, que é uma instituição com foco em restaurar títulos de vários países, inclusive aconteceu recentemente com o longa brasileiro Limite (1931), dirigido por Mário Peixoto.
O objetivo da Cinemateca Brasileira é o de restaurar, digitalizar, preservar e também ajudar com a distribuição de produções nacionais, mas no momento está passando por problemas financeiros, devido a falta de verba.