logo
  • Início
  • Notícias
    • Viral
    • Cinema
    • Séries
    • Games
    • Quadrinhos
    • Famosos
    • Livros
    • Tecnologia
  • Críticas
    • Cinema
    • Games
    • TV
    • Quadrinhos
    • Livros
  • Artigos
  • Listas
  • Colunas
  • Search

Crítica | Quarteto Fantástico (2015) - Não foi dessa vez, de novo

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Catálogo, Cinema, Críticas•8 de julho de 2016•6 Minutes

Há uma década atrás, a Fox lançava sua primeira tentativa blockbuster (a versão de Roger Corman é trash demais para ser levada a sério) de lançar o Quarteto Fantástico nos cinemas. Ainda que de qualidade bem duvidosa, os dois filmes dirigidos por Tim Story conseguiam divertir com seu humor pastelão e trama macarrônica num adorável guilty pleasure, mas foram incapazes de sustentar uma franquia duradoura. Agora, seguindo uma linha mais dark e realista, o grupo da Marvel tenta se reinventar pelas mãos de Josh Trank.

A trama faz algumas mudanças na história original, trazendo os personagens da fase adulta para adolescente. Reed Richards (Miles Teller) trabalha com o amigo Ben Grimm (Jamie Bell) numa teoria para tornar possível o teletransporte e viagens interdimensionais. Com a ajuda de uma equipe formada pelos irmãos Sue (Kate Mara) e Johnny Storm (Michael B. Jordan), e o inescrupuloso Victor Von Doom (Toby Kebbell), o grupo consegue acesso a outra dimensão, onde ganham poderes bizarros que mudam suas vidas.

Depois de Josh Trank ter dirigido o ótimo Poder Sem Limites e um elenco realmente fantástico ter sido escolhido, é difícil de acreditar que este novo Quarteto consiga ser tão burocrático. O roteiro de Simon Kinberg, Jeremy Slater e o do próprio Trank empolga por se debruçar em uma abordagem mais científica do assunto, tanto que sua eficiente primeira metade funciona bem como uma ficção científica e até impressiona por algumas decisões visuais: o primeiro vislumbre dos poderes é quase amedrontador, com a imagem de um Johnny aparentemente morto sendo engolido por chamas ou o corpo de Reed sendo esticado à força em uma mesa cirúrgica. Porém, são apenas bons momentos encontrados numa narrativa sem vida, que pouco empolga e arrisca.

As relações entre cada membro do Quarteto falham ao provocar autenticidade, como se não houvesse química entre o elenco. Miles Teller se sai bem porque seu personagem tem o maior destaque, mas sua amizade com Jamie Bell é forçadíssima (aliás, o ator surge com uma imutável expressão cansada durante toda a projeção, e seu Coisa digital não é dos mais expressivos) e o pseudo romance com Kate Mara, nada convincente. Poxa, nem o carismático Michael B. Jordan tem a chance de brilhar aqui, já que seu Johnny é constantemente jogado em segundo plano, e me ficou a impressão de que o ator realmente se esforçava – mas parecia forçado a ficar no piloto automático. E mesmo que o Doom de Toby Kebbell seja muitíssimo bem introduzido e explorado, sua transição para vilão megalomaníaco é risível, e um dos grandes fatores que expõem os problemas de bastidores que assombraram seu pré-lançamento.

Se levar em conta o que vemos em tela, certamente a Fox teve problemas para concluir o filme, e não ficaria surpreso se os rumores de refilmagens fossem reais. Trank começa a narrativa muito bem, mas raramente vemos ali o mesmo cara que impressionou com a crueza e espetáculo em Poder sem Limites, trazendo cenas de ação tediosas (o clímax com o Dr. Destino é um dos mais apressados e sem energia que já vi na vida) e até uma montagem problemática que parece unir cenas desconexas: um tempo maior de silêncio entre um momento tenso para outro seria necessário aqui e ali, e é um claro sinal de problemas quando a trama salta 1 ano num momento crítico, ignorando desenvolvimento de personagens e a relação destes com seus poderes. A unica exceção é quando Dr. Destino acorda pela primeira vez, e seu violento e sangrento ataque ajuda a acordar o espectador… Mas isso quando já faltam 10 minutos para acabar o filme.

Nos quesitos técnicos, é competente, ainda que nada muito espetacular. É interessante observar como as chamas digitais cobrem com detalhes o uniforme do Tocha Humana, assim como o detalhe de preencher o traje do Sr. Fantástico de argolas e do Coisa surgir numa espécie de casulo de pedra. Aliás, as justificativas para cada um dos poderes são verossímeis, como as rochas que entram na cápsula de Ben ou o fogo que invade a de Johnny durante o teletransporte de ambos, e até o visual do próprio Destino; quase como uma versão mais controlada de A Mosca.

Mesmo que surja com nomes talentosos e boas intenções, o novo Quarteto Fantástico é um filme esquecível e que infelizmente não consegue fazer muito além do básico, se perdendo numa trama sem graça com personagens pouco carismáticos.

E aí Fox, quarta vez é a da sorte?

Obs: Esse filme não é em 3D. Glória, pelo menos isso.

Quarteto Fantástico (Fantastic Four, EUA – 2015)

Direção: Josh Trank
Roteiro: Simon Kinberg, Jeremy Slater, Josh Trank
Elenco: Miles Teller, Kate Mara, Michael B. Jordan, Jamie Bell, Toby Kebbell, Reg E. Cathey, Tim Blake Nelson
Gênero: Aventura, Ficção Científica
Duração: 100 min

Mostrar menosContinuar lendo

Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

Mais posts deste autor
2 Comments
Matheus Fragata
9 de julho de 2016

Totalmente de acordo! HAHAHAHAH

Mumm Rá
8 de julho de 2016

Poderiam mudar o nome desse filme para Quarteto Bostático

Add comment

  • Prev
  • Next
Posts Relacionados
Listas
5 Séries em destaque para ver na Netflix esta semana

5 Séries em destaque para ver na Netflix esta semana


by Patrícia Tiveron

Listas
As 3 melhores séries do Prime Video para maratonar este fim de semana

As 3 melhores séries do Prime Video para maratonar este fim de semana


by Patrícia Tiveron

Esportes
O leão rugiu no clássico: Vitória vence o Bahia por 2 a 1 e ganha fôlego contra o Z-4

O leão rugiu no clássico: Vitória vence o Bahia por 2 a 1 e ganha fôlego contra o Z-4


by Patrícia Tiveron

© 2025 Bastidores. All rights reserved
Bastidores
Política de cookies
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}