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Crítica | Godzilla (2014) - Why so serious?

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•8 de julho de 2016•6 Minutes

Criado por executivos da Toho Co em 1954, Godzilla é um dos mais adorados ícones da cultura pop da cultura mundial, sendo um dos grandes representantes do gênero japonês Kaiju. Serviu como metáfora inteligente para a questão nuclear que se intensificava na época de seu lançamento e rendeu 28 longas em sua terra natal, além de duas versões americanas. No aniversário de 60 anos do lagartão radioativo, a Warner aposta na visão de Gareth Edwards no reboot Godzilla, que agrada ao resgatar elementos clássicos da franquia, mas erra no tom.

A trama traz os eventos para os dias atuais, com um cientista (vivido por Bryan Cranston) vasculhando para descobrir um segredo encoberto pela empresa japonesa na qual trabalhava antes da morte de sua esposa (Juliette Binoche). Ao mesmo tempo em que seu filho militar (Aaron Taylor-Johnson) retorno para os EUA, estranhos acontecimentos culminam no aparecimento de monstros gigantes que ameaçam cidades americanas – despertando Godzilla, que parte para detê-los.

É isso aí que você leu: Godzilla é, de certa forma, o herói do filme. É uma novidade para as pessoas não familiarizadas com o legado do personagem, mas tal decisão já foi usada diversas vezes ao longo de seus longas japoneses (o monstrão já teve até filhos, parceiros e crossovers) e serve como um diferencial interessante. A forma como o roteirista Max Borenstein (que seguiu ideias de Frank Darabont e David Goyer) descreve a criatura como “uma força da natureza que visa estabelecer equilíbrio no meio natural” é estimulante, assim como a ideia de trazer oponentes que não humanos – ainda que a criatura gigantesca represente uma ameaça à população. Vale elogiar também o design da criatura, que mantém a postura lenta e “gordozilla” do original.

Responsável pelo independente Monstros, Gareth Edwards acerta quando aposta no espetáculo, principalmente quando Godzilla sai na mão com algum de seus oponentes. O diretor ainda brinca com o espectador ao sempre adiar o encontro entre as criaturas, como uma grande porta se fechando antes do combate ou vislumbres em uma televisão. O senso de tamanho é igualmente importante, e ver coisas como um plano plongéque traz o protagonista nadando ao lado de um cargueiro, transformando os humanos em meras formigas, é animador.  Também ajuda na revelação de seus monstros a trilha sonora surpreendentemente épica de Alexandre Desplat, que acertadamente escolhe trombetas e flautas japonesas para compor a narrativa.

Mas se Godzilla impressiona no visual, decepciona em seu roteiro.

Não que seja sensato esperar uma história genial vinda de um filme que traz monstros gigantes batalhando entre prédios, mas se você está disposto a concentrar mais da metade do tempo de projeção em subtramas humanas, ao menos torne-as envolventes. Borenstein fica preso à clichês e convenções (o militar voltando para casa, intrigas pai e filho, mulher e marido…), pecando ainda por seus diálogos expositivos (“Não pai, eu sou do esquadrão antibombas. Eu desarmo bombas, não construo”) e a unidimensionalidade de seus personagens; algo que também não ajuda o elenco. É só notar a diferença de qualidade entre a cena mais dramática entre Bryan Cranston e Juliette Binoche e aquelas entre Aaron Taylor-Johnson e Elizabeth Olsen (ainda que eu fosse capaz de assistir a uma trilogia só com a atriz rindo graciosamente).

“Ora seu… Clichês e arquétipos são típicos do Godzilla original!” Exatamente, mas Edwards erra ao levá-los tão a sério. Se não quisesse apelar para o cartunesco (como fez tão bem Guillermo Del Toro com seus humanos em Círculo de Fogo ou o Godzilla original, que trazia até um cientista de tapa-olho), então que oferecesse algo a mais, ou bem feito. Acompanhar figuras vazias por tanto tempo quase torna a experiência entediante, e esse não é o adjetivo esperado para uma produção do gênero. Nem mesmo o tom alarmante e assustador prometido pelos trailers marca presença aqui, já que nunca temos uma reação global aos eventos catastróficos.

Em termos bem simples, Godzilla é sensacional quando temos cenas com o protagonista, e simplesmente medíocre quando não o temos – o que é algo em torno de 70% da produção. Existem coisas que não precisam ser levadas tão a sério.

Godzilla (EUA – 2014)

Direção: Gareth Edwards
Roteiro: Max Borenstein
Elenco: Bryan Cranston, Elizabeth Olsen, Aaron Taylor-Johnson, Ken Watanabe, Sally Hawkins, Juliette Binoche
Gênero: Aventura
Duração: 123 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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