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Crítica | Blue Jasmine

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Catálogo, Cinema, Críticas•9 de julho de 2016•4 Minutes

Eu ainda não vi nem metade dos filmes de Woody Allen (afinal, o cineasta tem quase 50 produções cinematográficas com seu nome creditado como diretor e roteirista), o que torna chocante para mim, especialmente vindo na sequência de Para Roma, com Amor e Meia-Noite em Paris, contemplar o resultado final de Blue Jasmine. Depois dessas divertidas excursões pela Europa, seu novo filme soa muito mais trágico, com levíssimos toques de humor, e maduro.

A trama é centrada em Jasmine (Cate Blanchett), uma mulher rica e poderosa que acaba por perder tudo quando seu marido (Alec Baldwin) é preso por estar envolvido em atividades ilegais que mantinham sua fortuna. À beira de um colapso, Jasmine vai morar com sua irmã Ginger (Sally Hawkins) em São Franciso, onde espera poder tocar a vida novamente.

É basicamente mais uma variação da fórmula “pessoa rica perde tudo, pessoa rica busca lições de humildade” com pitadas humorísticas à lá “peixe fora d’água”. O que diferencia este filme dentre tantos outros é a fascinante personagem-título concebida por Woody Allen, que se mostra uma das criaturas mais complexas e multifacetadas do cinema em 2013. Mérito da performance sensacional de Cate Blanchett, que traça uma figura orgulhosa, egoísta e completamente reprovável. É muito fácil odiar Jasmine, mas você também vai se pegar sentindo pena e vontade de entrar na tela e lhe abraçar apertado e dar uns tapinhas na costas, pois Blanchett destrói como atriz quando retrata a destruição de Jasmine na forma de gritos, colapsos e principalmente quando começa a falar sozinha – algo que a atriz facilmente poderia utilizar para gerar humor, mas que aqui chega a ser deprimente de se observar. Merece Oscar.

Outro ponto que se destaca aqui é a estrutura escolhida pelo roteiro de Allen, que fragmenta a história com flashbacks recorrentes que nos revelam os elementos que levarão à destruição da vida de Jasmine. É muito interessante (quase que de uma forma sádica) observar essa bomba-relógio prestes a explodir, sendo ainda mais interessante quando a montagem de Alisa Lepselter regressa, no último ato, para nos revelar o evento que a fez explodir – surpreendendo não só pela reviravolta reveladora a trama, mas também sobre a natureza destrutiva de sua protagonista. Allen mantém o mesmo raciocínio ao colidir o universo glamouroso de Jasmine com a vida simples e harmoniosa de sua irmã e o namorado desta, ambos vividos com carisma por Sally Hawkins e Bobby Cannavale (que custei pra me tocar de que não era o Andy Garcia).

Ainda que seja um trabalho imperfeito (por melhor que esteja, Louis CK soa simplesmente como um intruso na trama), Blue Jasmine me revelou uma faceta que eu até então desconhecia de Woody Allen. Sua habilidade para analisar a destruição de um indivíduo, assim como as fúteis tentativas de remediá-lo, é tão eficáz quanto a de divertir platéias e proporcionar risadas. Claro, mas isso é apenas alguém que ainda não assistiu a todos os seus filmes.

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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