A renomada cantora Beyoncé, de 42 anos, e a rapper Big Freedia estão sendo processadas por suposta “violação intencional de direitos autorais, práticas comerciais desleais e enriquecimento sem causa” pelo hit “Break My Soul“, lançado em 2022. A ação foi movida pelo grupo Da Showstoppaz, de Nova Orleans, que afirma que partes de sua música “Release a Wiggle” foram usadas sem permissão ou crédito.
De acordo com documentos judiciais obtidos pela revista People, Da Showstoppaz alega que Big Freedia e, posteriormente, a cantora, utilizaram a frase “Release a Wiggle” da música do grupo de 2002, primeiro na faixa “Explode” de Big Freedia em 2014 e depois em “Break My Soul”. O grupo acusa que “o uso das palavras, melodia e arranjo musical reais de ‘Release a Wiggle’ foram deliberadamente feitos por Big Freedia na gravação de ‘Explode’, que posteriormente foi fortemente sampleado pela Sra. Knowles na gravação de ‘Break My Soul’”. O processo foi aberto no estado da Louisiana.
O Da Showstoppaz, composto por Tessa Avie, Keva Bourgeois, Henri Braggs e Brian Clark, afirma que não recebeu nenhum crédito ou compensação pelo uso de suas letras, melodias e arranjos musicais protegidos por direitos autorais. “Os réus não reconheceram sua contribuição, não obtiveram permissão para usar suas letras, melodias e arranjos musicais protegidos por direitos autorais, nem forneceram compensação ao Da Showstoppaz”, detalha o processo.
Complicações com música de Beyoncé

A ação judicial busca que os réus comprovem os lucros obtidos com a suposta infração e cessarem o uso não autorizado das obras do grupo. O Da Showstoppaz pede ainda que lhes seja concedido crédito adequado e compensação pelos direitos autorais. “Break My Soul”, que sampleou a música “Explode” de Big Freedia, foi o primeiro single do álbum “Renaissance” de Beyoncé e recebeu quatro indicações ao Grammy, ganhando o prêmio de Melhor Gravação Dance/Eletrônica em 2023.
A controvérsia legal agora coloca em destaque as práticas de sample na indústria musical e a importância de reconhecer e compensar os artistas cujas obras são utilizadas. Nem Beyoncé nem Big Freedia comentaram publicamente sobre o processo até o momento. A situação aguarda novos desdobramentos à medida que a ação judicial avança nos tribunais da Louisiana.