Angelina Jolie, 49, emocionou o público ao compartilhar uma memória dolorosa de sua família durante seu discurso no Santa Barbara International Film Festival 2025. Ao receber o Maltin Modern Master Award, prêmio que homenageia contribuições significativas para o cinema, a estrela relembrou um momento marcante envolvendo seus pais: o dia em que sua mãe, Marcheline Bertrand, viu Jon Voight, seu então ex-marido, ganhar o Oscar de 1979 enquanto estava acompanhado de sua amante.

Jolie destacou como esse episódio moldou sua visão sobre sua mãe e o impacto que isso teve em sua vida.

“Minha mãe ficava em casa com duas crianças pequenas. O sonho dela era ser atriz. Ela era muito jovem, recém-divorciada de um homem muito famoso, e estava em casa, sozinha, assistindo-o ganhar um Oscar ao lado da amante.”

A atriz descreveu como Bertrand abriu mão de sua própria carreira para cuidar dos filhos, Angelina e seu irmão James Haven, enquanto lidava com um divórcio complicado e rumores de infidelidade de Voight.

“Lembro-me de pensar que [minha mãe] estava ali para mim e para meu irmão, e essa foi a escolha que ela fez. Mas como ela deve ter se sentido naquela noite sempre ficou realmente comigo.”

Relação conturbada com Jon Voight

Jon Voight e Marcheline Bertrand se casaram em 1971, mas a relação terminou em meio a boatos de traição. O casamento chegou ao fim em 1976, quando Jolie tinha apenas um ano, mas o divórcio só foi oficializado em 1980. Na época, Voight já estava envolvido com a atriz Stacey Pickren, com quem trabalhou em vários filmes.

O relacionamento de Angelina com o pai sempre foi marcado por altos e baixos. No início da vida adulta, ela decidiu remover o sobrenome dele e cortou contato completamente em 2002, após Voight declarar publicamente que sua filha deveria buscar ajuda para seus “sérios problemas mentais”. Eles só voltaram a se falar sete anos depois, em 2009.

Além das questões pessoais, pai e filha também possuem visões políticas opostas. Enquanto Jolie se envolve em causas humanitárias e tem um perfil progressista, Voight é conhecido por seu posicionamento conservador, sendo um grande apoiador de Donald Trump.

Redenção no Oscar de 2000

Jolie transformou a dor do passado em um momento de vitória ao homenagear sua mãe quando venceu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por Garota, Interrompida (1999), em 2000.

“Ter aquele momento, sair do palco, ligar para minha mãe e dizer: ‘Esse prêmio é seu’ — e eu o dei para ela — foi um dos melhores momentos da minha vida.”

Marcheline Bertrand faleceu em 2007, após uma longa batalha contra o câncer. A relação entre Jolie e Voight seguiu de forma cordial nos últimos anos, mas o peso do passado ainda ecoa na vida da atriz.

Legado e superação

Angelina Jolie continua a usar sua voz para destacar não apenas sua trajetória no cinema, mas também as lições de vida que moldaram sua jornada. Sua história reforça a força de sua mãe, o impacto das decisões familiares e como experiências difíceis podem ser transformadas em algo maior.

Seu discurso em Santa Barbara foi mais do que uma lembrança dolorosa — foi uma celebração da resiliência de Marcheline Bertrand e um testemunho do quanto a atriz aprendeu com a mãe.

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