Laudo confirma ausência de alimentação e quadro avançado de Alzheimer

O relatório final da autópsia de Gene Hackman revelou que o icônico ator não havia se alimentado por um longo período antes de sua morte em fevereiro de 2025. O documento oficial, obtido pelo Page Six junto ao Escritório do Investigador Médico do Novo México, aponta níveis de acetona no sangue do ator compatíveis com jejum prolongado.

Segundo a análise toxicológica, Hackman apresentou 5,3 mg/dl de acetona, um resultado que também pode estar associado a cetoacidose provocada por diabetes ou jejum severo. O estômago do ator, de acordo com o exame realizado em 27 de fevereiro, estava completamente vazio.

Insuficiência cardíaca e Alzheimer agravaram seu estado

Além da ausência de alimentação, a autópsia indicou que Hackman sofria de insuficiência cardíaca congestiva e de alterações hipertensivas crônicas nos rins. O laudo ainda destacou “características neurodegenerativas consistentes com a doença de Alzheimer”, condição que já havia sido citada como fator contribuinte para sua morte.

O ator faleceu oficialmente em 18 de fevereiro, de acordo com os registros de seu marcapasso, que apontou os últimos sinais de atividade nesse dia. Sua esposa, Betsy Arakawa, pianista clássica, havia morrido seis dias antes, em 12 de fevereiro, vítima da síndrome pulmonar por hantavírus — um vírus raro transmitido por roedores.

Condições domésticas alarmaram autoridades

Quando os corpos foram encontrados no dia 25 de fevereiro, em cômodos separados da casa extremamente desorganizada onde moravam, ambos já apresentavam sinais de mumificação parcial. A Dra. Heather Jarrell, legista-chefe do Novo México, afirmou que, diante do estado mental avançado de Hackman, é possível que ele sequer tenha percebido o falecimento de sua esposa.

Hackman tinha 95 anos e Betsy Arakawa, 65. O caso comoveu Hollywood e os fãs ao redor do mundo, encerrando a trajetória de uma das maiores lendas do cinema norte-americano em circunstâncias trágicas e solitárias.