Uma nova biografia sobre a lenda do cinema Clint Eastwood, hoje com 95 anos, promete lançar uma luz sobre a conturbada e prolífica vida amorosa do ator e diretor. Intitulado ‘Clint: The Man and The Movies’ (‘Clint: O Homem e os Filmes’), o livro escrito por Shawn Levy compila décadas de declarações e reportagens para detalhar os casamentos, e principalmente os casos extraconjugais, que marcaram a trajetória de um dos maiores ícones de Hollywood.
A obra revela um homem que, mesmo casado, vivia sob suas próprias regras. O livro resgata uma entrevista de Eastwood dos anos 1960, na qual ele descreve sua filosofia para o primeiro casamento, com Maggie Johnson. “Uma coisa que Mag teve que aprender sobre mim foi que eu faria o que quisesse. Ela teve que aceitar isso, porque se não aceitasse, não estaríamos casados”, disse ele, que se autodefiniu como “independente, um vagabundo”. O biógrafo resume: “Segundo muitos relatos, incluindo o seu próprio, ele se comportava mais ou menos como se fosse solteiro.”
A noite com Miles Davis e os casos nos bastidores
Entre as revelações mais surpreendentes está um relato do próprio Eastwood sobre uma noite com a lenda do jazz, Miles Davis. Sendo ele mesmo um pianista e grande fã do gênero, Clint relembrou um encontro após um show do músico. “Ele veio e disse: ‘Vamos sair e pegar umas minas’… Então, saímos e transamos”, contou o ator, em uma confissão direta e sem rodeios.
O livro detalha que o padrão de infidelidade era constante. Eastwood teria tido casos com mulheres que conhecia em suas aulas de atuação, nos estúdios de filmagem e até no complexo de apartamentos onde morava com a primeira esposa. Foi durante esse casamento que ele teve sua segunda filha, Kimber Lynn, em 1964, com a dublê Roxanne Tunis.
O relacionamento tóxico com Sondra Locke
O caso extraconjugal mais famoso e rumoroso de Clint Eastwood foi com a atriz Sondra Locke (1944-2018), com quem contracenou em diversos filmes, começando pelo clássico faroeste ‘Josey Wales, O Fora da Lei’ (1975). A relação durou até 1989 e terminou de forma litigiosa.
Em sua própria autobiografia, Locke fez acusações graves contra o cineasta, afirmando que ele a pressionou a fazer dois abortos e uma laqueadura (ligação de trompas). Ela descreveu o relacionamento como tóxico e abusivo, alegações que Eastwood sempre negou veementemente.
A nova biografia busca dissecar a complexa teia de relacionamentos do cineasta, que foi casado oficialmente duas vezes — com Maggie Johnson (de 1953 a 1984) e com a jornalista Dina Ruiz (de 1996 a 2014) — e tem oito filhos reconhecidos com seis mulheres diferentes. O livro pinta o retrato de um gênio do cinema cuja vida pessoal foi tão intensa e cheia de conflitos quanto os personagens que ele dirigiu e interpretou nas telas.