A atriz vencedora do Oscar, Lupita Nyong’o, de 42 anos, revelou em um depoimento corajoso que passou por um procedimento cirúrgico para a remoção de 30 miomas uterinos. A estrela decidiu compartilhar sua jornada de saúde para conscientizar outras mulheres sobre a condição, que é extremamente comum, mas pouco discutida, e para fazer um apelo contundente contra a normalização da dor feminina. “Chega de sofrer em silêncio!”, declarou.
A cirurgia foi a solução encontrada pela atriz após sofrer por muito tempo com dores a cada ciclo menstrual. Agora, em recuperação, ela se uniu a um projeto de pesquisa sobre miomas uterinos, usando sua plataforma para dar visibilidade a um problema que afeta milhões de mulheres em todo o mundo.
“Chega de sofrer em silêncio”
Em seu depoimento, Lupita criticou a forma como a sociedade ensina as mulheres a lidarem com a dor como se fosse uma parte inevitável de suas vidas. “Quando chegamos à puberdade, aprendemos que menstruação significa dor e que a dor simplesmente faz parte de ser mulher”, refletiu. “Estamos lutando sozinhas com algo que afeta a maioria de nós. Chega de sofrer em silêncio!”, afirmou.
“Precisamos parar de tratar esse problema enorme como uma série de coincidências infelizes. Devemos rejeitar a normalização da dor feminina”, continuou a atriz, em um chamado à ação.
A cirurgia e o futuro do tratamento
Lupita Nyong’o contou que, apesar do sucesso da cirurgia na remoção dos 30 tumores benignos, os médicos a alertaram que o procedimento não é uma solução definitiva, pois os miomas podem voltar a crescer no futuro. Essa realidade, segundo ela, só reforça a urgência por mais investimentos em pesquisa.
“Imagino um futuro com educação precoce para adolescentes, melhores protocolos de triagem, pesquisas robustas de prevenção e tratamentos menos invasivos para miomas uterinos”, disse, delineando a mudança que espera ver na saúde feminina.
Um apelo por mais pesquisa e educação
Ao compartilhar sua história, a estrela de “Pantera Negra” e “12 Anos de Escravidão” espera que outras mulheres que se sentem “rejeitadas, confusas e sozinhas” em suas jornadas de saúde encontrem um ponto de apoio.
“Espero que minha experiência repercuta. […] Merecemos algo melhor. É hora de exigir. O silêncio não serve a ninguém”, finalizou. O relato corajoso de Lupita Nyong’o adiciona uma voz poderosa e influente ao movimento global que luta por mais atenção, pesquisa e empatia com a saúde da mulher.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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