A influenciadora Jude Paulla, uma das amigas mais próximas de Preta Gil e que a acompanhou em suas últimas semanas de tratamento em Nova York, compartilhou um relato íntimo e devastador sobre os momentos finais da cantora. Em uma série de publicações nas redes sociais, ela revelou que, embora Preta mantivesse o otimismo pela cura, ela também tinha consciência da gravidade de seu estado e tentava “normalizar” a morte com os amigos.

“Nos últimos dias ela sempre dizia pra mim: ‘eu tô morrendo!'”, confessou Jude. “E eu pra disfarçar sempre respondia: ‘ESTAMOS TODOS! hahaha’. Ela ficava p*ta porque eu não levava a sério e не queria levar a conversa pra um lado triste, mas ela só queria ‘normalizar’ o que viria a acontecer. A sabedoria dela vinha daí!!”, refletiu a amiga, que agora entende a atitude da cantora.

“Ela só queria ‘normalizar’ o que viria a acontecer”

Jude contou que Preta Gil tinha uma visão muito pragmática e até bem-humorada sobre a finitude. “Ela era muito otimista em relação à cura, inclusive passamos por muitos momentos lá nos EUA que eu pensava: ‘agora ela vai desistir!’. E ela não desistia”, escreveu. Ao mesmo tempo, a cantora falava abertamente sobre a morte.

“Ela dizia que queria que fosse como em outros países que tratam a morte e o dia do velório com festa! Tem vários pedidos dela engraçados nesse vídeo. Eu vou pedir autorização da família pra postar qualquer dia desses”, disse Jude, sobre uma gravação que fez da amiga. “Depois de tudo, eu sempre abro ele e penso: ela tá em paz!”.

Uma nova forma de amar

A amiga também falou sobre como a doença transformou a dinâmica da amizade entre elas. “A Preta não era grudenta e eu também não, mas quando a gente se declarava uma pra outra a gente se assustava hahahaha e ria”, lembrou. “Mas na nossa temporada em NY o que a gente mais fez foi ser carinhosa uma com a outra! Se eu ficasse muito longe ela já me gritava pra ir pra perto e vice-versa.”

Jude finalizou com uma reflexão comovente sobre o amor que as uniu no final. “Essa doença é horrível em todos os sentidos, mas a gente se amou de uma forma como nunca tinha acontecido antes. E […] que bom que deu tempo da gente experimentar uma nova forma de amar”, escreveu.

O relato de Jude Paulla oferece o vislumbre mais íntimo até agora dos últimos dias de Preta Gil, que faleceu no último domingo (20). A história revela uma mulher que enfrentou a morte com uma rara mistura de esperança, sabedoria e, fiel ao seu estilo, um inabalável senso de humor, usando seus últimos momentos para ensinar e aprofundar os laços de amor com quem estava ao seu lado.

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