A situação jurídica do rapper Oruam, de 24 anos, se complicou drasticamente. A Justiça do Rio de Janeiro aceitou, nesta quarta-feira (30), a denúncia do Ministério Público (MP-RJ) e o tornou réu pelo crime de tentativa de homicídio contra policiais civis. A nova e grave acusação está relacionada à reação do cantor durante uma operação em sua casa, na Zona Sul do Rio, no último dia 21 de julho.

Oruam, que já está preso preventivamente há uma semana no Complexo de Gericinó, em Bangu, por outras sete acusações, teve um novo mandado de prisão expedido pela juíza Tula Corrêa de Mello, da 3ª Vara Criminal. A decisão também se estende a um amigo do rapper, Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, que estava na residência no dia do ocorrido.

O ataque com pedras de quase 5 kg

A acusação de tentativa de homicídio tem como base o confronto ocorrido durante a operação policial. Os agentes estavam na casa de Oruam para cumprir um mandado de apreensão contra um adolescente, conhecido como Doca, suspeito de envolvimento com roubo de carros e tráfico de drogas.

Após a apreensão do jovem, segundo a denúncia do MP, o cantor, seu amigo e outros indivíduos não identificados começaram a arremessar pedras contra os policiais de uma varanda, a uma altura de cerca de 4,5 metros. O laudo da perícia apontou que algumas das pedras pesavam até 4,85 kg, sendo capazes de causar ferimentos letais. Um dos agentes foi atingido nas costas.

A denúncia do Ministério Público

Para a Promotoria, ao arremessar objetos tão pesados daquela altura, os acusados “aceitaram o risco de matar os policiais”. A denúncia afirma que eles agiram com “intenções torpes” e por meio “cruel”, o que pode enquadrar o caso na Lei dos Crimes Hediondos. O MP também acusa o rapper de ter incentivado a violência contra a polícia e de ter provocado os agentes em suas redes sociais após a operação.

Uma semana na prisão e múltiplas acusações

Oruam está detido desde que se entregou à polícia, após a decretação de sua primeira prisão preventiva. Além da nova acusação de tentativa de homicídio, ele já responde por tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal.

A aceitação da nova denúncia pela Justiça agrava consideravelmente a situação do cantor, que agora enfrenta a acusação mais séria de todo o processo, com potencial para uma longa pena de reclusão.

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