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Crítica | Era Uma Vez um Deadpool - Quando um extra de DVD foi parar nos cinemas

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•21 de dezembro de 2018•5 Minutes

Não importa a mídia, seja nos quadrinhos ou no cinema, Deadpool sempre é eficiente em subverter expectativas no tratamento da metalinguagem. Não satisfeitos em quebrar a quarta parede e arrecadar rios de dinheiro com os dois filmes de Ryan Reynolds, a Fox aposta em um lançamento surpresa envolvendo o Mercenário Falastrão, para quebrar ainda mais regras narrativas e arrecadar mais trocados ao caixa do estúdio.

Assim nasceu Era Uma Vez um Deadpool, uma versão remontada do segundo filme para servir a dois formatos nada convencionais ao personagem: um conto natalino e um filme com censura para menores de 13 anos, algo que jamais poderia funcionar com o personagem, que tem na violência gráfica e nos palavrões desenfreados sua assinatura. Não sendo surpresa alguma, a experiência de rever Deadpool 2 em sua forma mais “domada” não é tão divertida, mas o formato natalino se sai um pouco melhor.

Não há absolutamente nenhuma mudança na trama do filme, que permanece sendo sobre Deadpool tentando impedir que o mutante viajante do tempo Cable (Josh Brolin) assassine o jovem Russell, contando com a ajuda de Dominó (Zazie Beetz) e a equipe X-Force no processo. A diferença é que Deadpool agora está contando essa mesma história para o ator Fred Savage, parodiando seu papel em A Princesa Prometida.

E esse é justamente o ponto alto de Era Uma Vez um Deadpool: as interações entre Reynolds e Savage, que divertem pelo ótimo timing cômico do ator de Anos Incríveis. Não só pela interação, mas pelo roteiro de Rhett Reese e Paul Wernick trazer coisas verdadeiramente interessantes, como Savage questionar Deadpool com todas as críticas que o longa recebeu durante sua estreia em maio – como o tratamento com a personagem de Vanessa, a insistência em defender erros do roteiro com piadas e por aí vai, e oferecendo a chance da produção retrucar os apontamentos de forma divertida e engraçada.

A forma como o fato de ambos os personagens estarem em um filme PG-13 também só se manifesta com inteligência aqui, como quando Deadpool usa um dispositivo para censurar as palavras de Savage, dando a impressão de que ele está falando algo muito mais obsceno do que fato está. De forma similar, a rápida piada com Fred Savage ridicularizando o fato de que esta é uma produção da Marvel pela Fox também funciona, afinal não seria nenhum absurdo pensar que a ideia de um Deadpool para menores tenha saído da Disney…

Infelizmente, isso é tudo o que funciona nessa versão. O processo de abaixar a censura mostrou-se danoso ao restante do filme, que é forçado a esconder a violência e o sangue com enquadramentos sendo adulterados para limitar o quadro – sendo mais fechados – e a montagem picotando cenas de ação para não demonstrar elementos mais gráficos. O mesmo acontece com os palavrões, que além de não serem tão eficientes como a boa e velha f-word, podem ter a dublagem mais “light” perceptível para os mais observadores. 

Porém, no que diz respeito a adaptação de palavrões, preciso reconhecer como a Fox Film do Brasil entrou bem na brincadeira na hora de fazer as legendas em português. Claramente cientes das constantes reclamações e memes sobre traduções que suavizam palavrões de filmes americanos, a legenda do filme traz termos infantis como “bobão” e “meleca” quando os personagens usam palavrões ou termos chulos, sendo uma sacada digna do Mercenário Falastrão.

Era Uma Vez um Deadpool tem uma ideia bacana, mas é algo que deveríamos estar vendo em um extra de DVD, não como um filme lançado no cinema. Toda a estrutura ao redor de Fred Savage é divertida e reforça a metalinguagem, mas o personagem definitivamente não funciona sem os membros decepados e a boca suja.

Era Uma Vez um Deadpool  (Once Upon a Deadpool – EUA, 2018)

Direção: David Leitch
Roteiro: Rhett Reese, Paul Wernick e Ryan Reynolds, baseado nos personagens da Marvel
Elenco: Ryan Reynolds, Fred Savage, Josh Brolin, Zazie Beetz, Morena Baccarin, T.J. Miller, Brianna Hildebrand, Bill Skarsgard, Terry Crews, Rob Delaney, Julian Dennison, Leslie Uggams, Karan Soni, Stefan Kapicic
Gênero: Comédia, Ação
Duração: 116 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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