A longa batalha judicial contra o espólio de Michael Jackson atingiu um novo e impressionante patamar financeiro. Documentos judiciais revelaram que os acusadores Wade Robson e James Safechuck estão pedindo uma indenização de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,1 bilhões na cotação atual) pelo suposto abuso sexual que afirmam ter sofrido do Rei do Pop quando eram crianças.

O valor, até então desconhecido do público, foi divulgado em um processo paralelo envolvendo os executores do espólio e a filha do cantor, Paris Jackson. Os administradores da herança afirmam que seria “desastroso” para o espólio deixar de lutar contra um processo de tal magnitude.

A revelação em meio a uma disputa sobre custas judiciais

O valor impressionante veio a público através de documentos judiciais protocolados em 15 de setembro. Neles, os executores do espólio de Michael Jackson, John Branca e John McClain, argumentam contra um pedido de Paris Jackson, que questionava o pagamento das crescentes custas judiciais do caso com o dinheiro da herança.

Os executores afirmaram que, se não puderem usar os fundos para pagar a defesa, o espólio provavelmente teria que abandonar o caso, “onde [Robson e Safechuck] estão buscando US$ 400 milhões”. “Seria desastroso para o Espólio entrar em default neste caso”, continuam os documentos. O espólio de Michael sempre negou veementemente as alegações, reiterando nesta semana ao Page Six que “o processo não tem mérito e Michael é inocente”.

Relembre as acusações de Robson e Safechuck

O processo foi movido por Wade Robson, hoje com 43 anos, e James Safechuck, de 47, contra as empresas de Michael Jackson. Robson entrou com a ação pela primeira vez em 2013, alegando que foi molestado pelo ícone da música dos 7 aos 14 anos. Safechuck iniciou seu processo no ano seguinte, afirmando que foi preparado para o sexo a partir dos 10 anos, quando estrelou um comercial da Pepsi ao lado do cantor.

As alegações da dupla ganharam notoriedade mundial em 2019 com o lançamento do polêmico documentário da HBO, Deixando Neverland (Leaving Neverland), no qual ambos detalharam os supostos abusos. O espólio do cantor processou a HBO pela exibição do documentário e, em um acordo fechado em 2024, a emissora concordou em remover permanentemente o filme de sua plataforma de streaming.

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