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Crítica | 007 - Operação Skyfall

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Catálogo, Cinema, Críticas•10 de julho de 2016•6 Minutes

Tendo sua estreia nos cinemas em 1962 com Dr. No, o agente secreto James Bond comemora 50 anos de sua franquia cinematográfica e, nesse espaço de cinco décadas, muita coisa tem mudado. Adaptando-se para sobreviver, Cassino Royale transformou radicalmente o personagem em 2006 ao lhe oferecer uma abordagem realista e dispensar os elementos fantásticos que tornaram-se sua assinatura. Entra o premiado diretor Sam Mendes para continuar o legado e, nesse processo, acaba por reinventar (novamente) a franquia de forma brilhante em 007 – Operação Skyfall.

Tendo uma trama muito mais pessoal e centrada do que os longas anteriores, Skyfall começa quando o MI6 falha em uma importante missão na Turquia, tendo a identidade de seus agentes vazada na internet e seu quartel-general destruído. Buscando a identidade do misterioso agressor, James Bond (Daniel Craig) é enviado para neutralizá-lo, mas descobre que a missão tem uma significante relevância com o passado de sua chefe, M (Judi Dench).

O vigésimo-terceiro filme da série é, de fato, muito especial. Escrito por Neal Purvis, Robert Wade (esses já familiarizados com a franquia desde O Mundo Não é o Bastante, de 1999) e John Logan (indicado 3 vezes ao Oscar) o roteiro mergulha fundo em seus personagens, e aventura-se ao explorar de forma mais dramática a relação entre alguns deles. Bond e M, principalmente, têm mais detalhes revelados e nunca antes aprendemos tanto sobre o passado do protagonista como aqui – e com maior profundidade dramática, Daniel Craig tem a chance de explorar novas áreas, ficando bem próximo de ser datado com o intérprete definitivo do espião.

O texto do trio também cria ótimos diálogos (a maior parte deles, proferidos pelo genial Silva de Javier Bardem), ainda que traga uma incrível necessidade de soltar trocadilhos sobre a série (“Será que eu compliquei demais a trama?”, diz Craig, ao passo em que Naomie Harris declara que este é “Um cão velho, com truques novos”), criando um efeito divertido, mas cujo uso excessivo o aproxima de uma paródia.

Nome que normalmente não associaríamos ao um filme do gênero, Sam Mendes mostra que seu talento não está apenas ligado ao drama e faz a diferença no comando de ótimas cenas de ação. Sua execução é segura (reparem no longo plano que apresenta o vilão Silva, onde Mendes demonstra total confiança no talento de Bardem) e muito bem equilibrada – nesse quesito, a ótima montagem de Stuart Baird é eficiente ao criar tensão e controlar as múltiplas ações – e estas são visualmente impressionantes graças à inteligente fotografia do mestre Roger Deakins. Alternando entre tons quentes nas cenas em Macau e apostando em uma Londres sempre cinzenta e nublada, o cinematógrafo atinge o auge ao iluminar uma luta entre B0nd e um atirador em Xangai apenas com luzes de outdoors da metrópole. Só esse complexo (e lindo) trabalho, já é o suficiente para indicá-lo ao Oscar da categoria no ano que vem.

Mas o grande destaque do filme é a nova reinvenção que Bond ganha. O agente continua realista e frio como em Cassino Royale e Quantum of Solace, mas aqui tem mais senso de humor e volta a protagonizar acrobacias “impossíveis”, tal como pular de uma escavadeira para um trem em movimento – finalizando com uma sensacional ajeitada no terno. Há também o retorno do quartel-mestre Q, que aqui surge como um nerd na pele do excelente Ben Whishaw, fornecendo ao espião gadgets mais críveis (talvez não tanto assim, mas a abordagem à tais elementos se assemelha à dada por Christopher Nolan em sua trilogia do Batman) e piadas que fortalecem a atualização (“o que você queria, uma caneta explosiva? Não trabalhamos mais com isso”).

007 – Operação Skyfall é uma bela homenagem aos 50 anos da série e também um filme maduro, bem executado e com potencial de agradar os mais variados fãs do personagem. Sua conclusão inicia uma nova era para James Bond, e o futuro parece muito promissor.

James Bond Will Return…

Obs: Os hipnotizantes créditos de abertura deste filme são diferentes de qualquer outra presente na franquia. E a bela música de Adele a acentua com perfeição.

007 – Operação Skyfall (Skyfall, Reino Unido – 2012)

Direção: Sam Mendes
Roteiro: Neil Purvis, Robert Wade, John Logan
Elenco: Daniel Craig, Javier Bardem, Judi Dench, Ben Whishaw, Naomie Harris, Ralph Fiennes, Bérénice Marlohe, Rory Kinnear, Albert Finney
Gênero: Ação, Aventura
Duração: 143 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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