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Crítica | Velozes & Furiosos 4

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Catálogo, Cinema, Críticas•9 de abril de 2017•6 Minutes

Um argumento um tanto usado por críticos que costumam defender filmes cuja qualidade é duvidosa trata-se da questão envolvendo a “proposta”. Por exemplo, a franquia Velozes e Furiosos, iniciada em 2001, assumia sem discrição este aspecto urbano de vida na ruas. Porém, quando seus filmes são analisados intrinsecamente, deixam alguns cinéfilos de cabelo em pé. Claro, deve-se relevar se a proposta do filme é apenas diversão, mas o filme em questão nem isto consegue.

Velozes e Furiosos 4 se passa cinco anos após o primeiro filme. Dominic Toretto (Vin Diesel) e sua nova equipe vivem uma vida de crime na República Dominicana roubando tanques de combustível. Suspeitando de investigações do FBI, Toretto deixa Letty (Michelle Rodriguez) com sua irmã, Mia Toretto (Jordana Brewster), e parte para o Panamá. No entanto, passado algum tempo, ele recebe uma trágica notícia fazendo com que regresse para Los Angeles. Nisso, Brian O’Conner (Paul Walker) e a polícia ficam ativos com o seu retorno.

Já aqui a premissa começa a ser problemática. O roteiro assinado por Chris Morgan demonstra-se perdido com o destino de seus personagens: Ele inicia uma situação, mas desfaz logo em seguida. O tempo que Dominic passa no Panamá não passa de alguns minutos, transparecendo a pressa da escrita. O grave acontecimento acima descrito torna-se gratuito quando não é mais tratado no longa, nem servindo como motivação ao protagonista.

VF4 é o primeiro que busca um enredo com uma escala “maior”. O foco em corrida de ruas é deixado um pouco de lado dando lugar a grandes cartéis de drogas. No entanto, Morgan encontra problemas em equilibrar o plot. Vez ou outra conflitos familiares se intrometem na narrativa, e ainda assim o background envolvendo a persona de Toretto não é bem desenvolvido. O relacionamento entre ele e O’Conner transparece esta falta de cuidado, deixando claro como o roteirista não consegue fugir deste meio.

Justin Lin, que assumiu o comando da franquia em Desafio em Tóquio, demonstra um amadurecimento se comparado aos antecessores. Isto se deve também à cinematografia de Amir Mokri que abandona as cores saturadas de outrora, investindo em mais discrição nos planos. O que é adequado já que o roteiro não lida mais com gangues de ruas. O uso de imagens chamativas em carros tunados e belas mulheres tornam-se quase nulos, porém a fraca trilha sonora não é justificável. A seleção de músicas feita por Brian Tyler é a pior da franquia, não há nenhuma canção que faça o público lembrar-se após a sessão.

No entanto, mesmo que a direção esteja com uma mão mais firme, isto não significa que a mesma seja mais criativa. A ação do filme pouco diverte o espectador. Na verdade, cansa. A começar pela sequência do início, onde não é possível comprar qualquer perigo, e entre outras corridas sem nenhuma novidade visual ou agregamento narrativo.

Quanto ao elenco do longa, gostaria de dizer que ele divide-se em dois grupos: os realmente ruins que, não importa a péssima qualidade de roteiro em mãos, não conseguem entregar uma performance convincente; e os que tentam fazer algo. Obviamente, dado o enredo da “pérola”, é inadequado exigir algo oscarizado, porém isso não impede um mínimo esforço dos atores. Algumas cenas simples de diálogos são prejudicadas pela baixa interpretação, de diálogos um tanto mais tensas tornam-se risíveis. Sendo assim, os dois grupos acabam se igualando.

Liz Alonso e John Ortiz são o que mais saem prejudicados neste aspecto. O primeiro com um personagem caricato, cuja presença em cena fez-me revirar os olhos com falas limitadas que falham em sua intenção que é intimidar Dom Toretto. Quanto ao outro, seu personagem é o estereotipado traficante de drogas. Uma péssima dupla de vilões, enfim.

O elenco ainda conta com uma estreante Gal Gadot (Mulher-Maravilha), como Gisele, e até então é clara sua inexperiência como atriz, porém o roteiro não evolui com sua personagem, servindo-se apenas como um possível novo interesse amoroso de Vin Diesel. Quanto ao ator canastrão, seu carisma é isento durante o longa. Seja em cenas descontraídas ou dramáticas, a expressão de Diesel é a mesma. Já Paul Walker é aquele que cumpre o que se pede, pouco pode ser dito sobre. Quanto aos outros, nem sequer merecem uma opinião a respeito.

Velozes e Furiosos 4 é mais um daqueles filmes feitos para apenas preencher tabela no calendário dos estúdios. No geral, sua composição é extremamente vazia, esquecível e chata. Se a proposta é ser ruim, que seja tratado como tal.

Velozes e Furiosos 4 (Fast & Furious – EUA/Japão 2009)
Direção: Justin Lin
Roteiro: Chris Morgan
Elenco: Paul Walker, Vin Diesel, Jordana Brewster, Michelle Rodrigues, John Ortiz, Laz Alonso, Gal Gadot, Jack Conley, Shea Whigham, Liza Lapira, Sung Kang, Tego Calderon, Don Omar, Mirtha Michelle, Greg Clipes
Gênero:
Ação
Duração: 107 min

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Escrito por Kevin Castro

Redação Bastidores

Perfil oficial da redação do site.

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