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Crítica | X-Men Origens: Wolverine

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Catálogo, Cinema, Críticas•2 de março de 2017•7 Minutes

Lá no final dos anos 2000, parecia até redundância a ideia de um filme solo do Wolverine de Hugh Jackman, visto que o mutante carcaju praticamente roubou a cena de todos os filmes da primeira trilogia X-Men nos cinemas. Com o suposto encerramento da saga com X-Men: O Confronto Final, a Fox inauguraria o selo de X-Men Origens, apostando em derivados de alguns personagens icônicos da franquia para explorar histórias anteriores à do primeiro filme de Bryan Singer. Wolverine, claro, foi o primeiro a testar a fórmula, que resultou na catástrofe que atende o nome de X-Men Origens: Wolverine, e serviu para matar de vez o selo de origens.  

A trama volta bem cedo no passado do personagem, para quando James Logan era apenas um garoto no século XVII e tem a trágica revelação de suas garras de osso quando acidentalmente mata seu pai, obrigando-o a fugir com seu meio-irmão, Victor. Crescidos e acostumados com seus poderes bestiais e de regeneração, os irmãos atravessam as principais guerras americanas até serem encontrados pelo Coronel William Stryker (Danny Houston), que os coloca em sua equipe secreta de mutantes que realizam missões ocultas para o governo americano. Quando Logan abandona a equipe, Victor se sente traído e jura vingança a seu meio-irmão.

Comentei acerca da redundância em um filme do Wolverine logo acima, mas é impossível negar que era uma fantástica ideia termos uma história sobre o passado do personagem, especialmente por sua longa trajetória que seu fator de cura possibilitou. E de fato, na sequência de créditos de abertura quando vemos Wolverine e Victor correndo na Guerra da Secessão americana, mergulhados nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, desembarcando na Normandia no conflito decisivo da Segunda Guerra e até sobrevoando Saigon durante a Guerra do Vietnã, temos um dos pontos altos de toda a franquia, graças à condução ágil do diretor Gavin Hood, a fotografia de Donald McAlpine e a dramática trilha sonora de Harry Gregson-Williams. Infelizmente, essa talvez seja a única cena que faz jus à proposta do filme.

É uma bagunça estrutural tão grande que o filme chega a ter 3 prólogos antes de ter um início propriamente dito, e percebe-se um claro embate entre as ambições artísticas de Gavin Hood e os interesses executivos do estúdio, já que constantemente o roteiro de David Benioff (que felizmente se encontrou anos depois como o showrunner de Game of Thrones) e Skip Woods tenta oferecer um aprofundamento às emoções de Logan e o fardo de possuir um instinto animalesco, quase conseguindo criar um certo afeto entre o protagonista e o interesse amoroso vivido pela bela Lynn Collins, mas é algo impossível de se levar a sério quando Origens continua nos enfiando cenas de ação guela abaixo. Incontáveis vezes temos lutas entre Wolverine e Victor quebrando o fluxo da narrativa, quase como se entrassem ali por uma exigência do estúdio para aumentar o número de cenas de ação, vide que nenhuma delas oferece uma consequência realmente significante para o andar da narrativa – sem falar que nem ao menos a direção de Gavin Hood ali é decente, reforçando os rumores de que a Fox teria contratado um “diretor fantasma” para assumir as gravações do longa.

Além desses confrontos intermináveis, temos uma fuga de moto de um helicóptero que abraça o ridículo ao apostar no exagero (até mesmo com uma tomada slow motion de Logan caminhando de uma explosão à suas costas), uma inacreditável luta de boxe que realmente é levada a sério e um clímax que oferece um oponente digno da série Resident Evil, transformando o adorado Deadpool (antes de renascer com estilo em 2016) em um show de horrores indesculpável. Isso sem falar que praticamente todas essas cenas contam com efeitos visuais grotescos, principalmente pela artificialidade das garras do Wolverine em planos fechados – sinceramente, qual a desculpa para usar o efeito digital em uma cena onde o personagem simplesmente OLHA as garras em frente ao espelho de um banheiro? Quem lembra do notório vazamento de uma cópia incompleta do filme antes de sua estreia sabe do nível do trabalho.

Claro que Hugh Jackman torna tudo um pouco mais suportável, já que parece incapaz de entregar uma performance do Wolverine que não seja carismática e divertida, vide pela personalidade nervosa ou pelos pontuais momentos de humor. Porém, ele é o único capaz de oferecer algum personagem sustentável aqui, já que Liev Schreiber parece completamente deslocado e não ajuda o fato de que Victor seja um personagem sem motivação ou profundidade. Danny Houston assume um piloto automático funcional, Ryan Reynolds surge como um bom easter egg antes que seu Deadpool passe pela monstruosa transformação e o azarado Taylor Kistch até tenta fazer de seu Gambit uma figura memorável, mas seu papel na história é simplesmente incoerente e forçado; já se passaram 17 anos e ainda estão tentando fazer um filme do mutante das cartinhas, veja só. E o que dizer do risível will.i.am como um mutante genérico e bonachão?

X-Men Origens: Wolverine é um filme desequilibrado e claramente problemático quanto ao tipo de história que tenta contar. É um exagero de cenas de ação desinteressantes, personagens genéricos e um passado profundamente decepcionante para um dos grandes personagens dos X-Men. Realmente comprova a força de Hugh Jackman em seu retrato do Wolverine, pois até mesmo depois dos créditos terminarem de subir e nos liberarem da tortura, ainda existe interesse em ver mais do personagem.

X-Men Origens: Wolverine (X-Men Origins: Wolverine, EUA – 2009)

Direção: Gavin Hood
Roteiro: David Benioff e Skip Woods
Elenco: Hugh Jackman, Liev Schreiber, Jynn Collins, Ryan Reynolds, Danny Houston, will.i.am, Taylor Kitsch
Gênero: Aventura, Ação
Duração: 107 minutos.

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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