O ator Denzel Washington, de 69 anos, continua com suas declarações fortes e diretas. Poucos dias após afirmar que “não está interessado no Oscar”, o astro agora minimizou a chamada “cultura do cancelamento”. Em uma nova entrevista, ele questionou a importância do apoio do público. Além disso, foi direto ao ser perguntado sobre o medo de ser “cancelado”: “Quem se importa?”.
A declaração foi dada durante uma entrevista em vídeo para a Complex News. Denzel Washington estava ao lado do diretor Spike Lee para divulgar o novo filme da dupla, “Highest 2 Lowest”.
“Você não pode ser cancelado se não se inscreveu”
A entrevistadora perguntou se o ator se preocupava em “ser cancelado”. Denzel Washington, então, respondeu com outra pergunta, querendo saber o que o termo significava. A jornalista explicou que significava “perder o apoio do público”. A resposta do astro foi imediata e desdenhosa: “Quem se importa?”.
Ele continuou seu raciocínio. “O que tornou o apoio do público tão importante para começar?”, questionou. “Você não pode liderar e seguir ao mesmo tempo. […] Eu não sigo ninguém. Eu sigo o espírito celestial. Eu sigo a Deus, não sigo o homem”, declarou.
Por fim, ele deu um conselho sobre o tema. “Você não pode ser cancelado se não se inscreveu [para o jogo da fama]. Não se inscreva”, finalizou Denzel Washington.
A indiferença aos prêmios e à aprovação
A nova fala do ator está perfeitamente alinhada com suas declarações recentes sobre o Oscar. Na última semana, ele já havia dito que não se importa com o prêmio. “O homem dá o prêmio. Deus dá a recompensa”, filosofou na ocasião.
As duas entrevistas, portanto, pintam o retrato de um artista em um estágio de sua carreira em que ele rejeita os sistemas de validação de Hollywood. Para Denzel Washington, o que importa é sua fé e seu ofício, e não a aprovação da crítica, do público ou das redes sociais.
A nova parceria com Spike Lee
Denzel Washington e o diretor Spike Lee estão lançando seu quinto filme juntos, “Highest 2 Lowest”. O longa é uma releitura do clássico de Akira Kurosawa, “Céu e Inferno” (1963). No filme, ele interpreta um magnata que se torna alvo de um plano de resgate. O filme já está em cartaz nos cinemas.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
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