Carolina Andrade, a biomédica de 26 anos que se casou com Daniel Cravinhos, condenado pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, falou pela primeira vez sobre o relacionamento com um dos criminosos mais notórios do Brasil. Em uma entrevista ao jornalista Eleandro Passaia, apresentador do “Balanço Geral” da Record, ela afirmou não sentir medo do marido e ainda mandou um recado para a ex-namorada dele, Suzane.

“Nunca fui dormir com medo dele”

Casada com Daniel há cinco meses, Carolina foi questionada se sentia medo ou algum tipo de atração por homens violentos. “Acredito que ninguém se sinta atraído por um homem violento, a violência ela traz riscos, então a resposta é não”, declarou.

Ela explicou que o que a aproximou de Daniel, que hoje tem 43 anos e cumpre o restante de sua pena em regime aberto, foi a “curiosidade” de entender quem ele é hoje, para além do crime que o tornou famoso. “Quando você senta e conversa com ele, você entende quem ele é atualmente, aí isso [o crime] não fica em primeiro, nem em segundo ou terceiro plano, você só quer realmente entender sobre a pessoa”, reforçou.

Sobre a convivência, ela garantiu que é pacífica e segura. “Nunca fui dormir com medo dele, na verdade ele me traz muita segurança. Nós nunca discutimos”, assegurou a biomédica.

O recado para Suzane von Richthofen

Durante a entrevista, Carolina também foi perguntada sobre Suzane, a ex-namorada de seu marido e mandante do crime que o levou à prisão. Questionada se sentia ciúmes, ela disse que considera o relacionamento dos dois algo que ficou no passado.

Em um tom que misturava bom humor e uma leve provocação, ela mandou um recado direto para a antiga parceira de Daniel. “Eu diria: ‘Ê Suzane, onde você foi meter meu bebezinho?’”, disse Carolina, rindo, antes de adotar uma postura mais séria. “Acredito que tenha sido uma construção de ambos, de alguma história que eles tiveram, mas não estou aqui para julgar ela”, encerrou.

A relação com a enteada

Carolina também falou sobre a dinâmica familiar e sua relação com a filha que Daniel Cravinhos tem de um casamento anterior, com Andressa Rodrigues. Ela foi enfática ao dizer que não tem interesse em conviver com a menina. “Não convivo com a menina, porque nunca a vi, nunca a conheci e não faz parte do meu convívio”, afirmou. “Não me faz falta e respeito ele como pai visitá-la, este é o papel dele. Mas, como nada me é imposto, como o papel de madrasta, não me faz falta e eu ao menos tenho vontade de conhecê-la”.

O crime que chocou o Brasil

Daniel Cravinhos foi condenado a 39 anos e seis meses de prisão pelo assassinato brutal de Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002. O crime, que chocou o país, foi planejado pela própria filha do casal, Suzane, e executado por Daniel e seu irmão, Cristian Cravinhos, a marretadas.