Um novo e contundente estudo divulgado pelo grupo de monitoramento de mídia NewsBusters expôs o que chama de “inclinação de extrema-esquerda” no programa The Late Show With Stephen Colbert, da CBS. A análise revelou uma disparidade gritante na lista de convidados do talk show desde 2022: foram 176 convidados liberais ou do Partido Democrata, em comparação com apenas uma conservadora.
O relatório surge poucas semanas após a CBS anunciar o cancelamento do programa de Colbert, previsto para 2026. Para os críticos, o estudo oferece uma explicação cultural para as perdas financeiras alegadas pela emissora, argumentando que o programa se tornou “propaganda” e alienou grande parte do público.
O desequilíbrio no sofá de Colbert
De acordo com a pesquisa do NewsBusters, o sofá de Stephen Colbert se tornou uma “porta giratória” para a elite progressista dos EUA. A lista de convidados inclui 14 pesos-pesados do Partido Democrata, como os senadores Chuck Schumer, Elizabeth Warren e Bernie Sanders, além da própria vice-presidente Kamala Harris. Somam-se a eles 29 figuras da mídia liberal, como Chris Hayes, da MSNBC, e John Oliver, da HBO.
O único nome considerado “conservador” que participou do programa no período foi a ex-deputada Liz Cheney, uma republicana que se tornou uma das maiores críticas de Donald Trump. O estudo argumenta que sua presença serviu apenas para reforçar a narrativa do programa, e não para oferecer um contraponto.
“Terapia de grupo para liberais”
Curtis Houck, editor-chefe do NewsBusters, não poupou palavras. “O programa de Colbert tem sido uma terapia de grupo para os liberais”, disse ele. “Os americanos têm demonstrado continuamente que não têm mais tempo ou paciência para esse tipo de escárnio partidário disfarçado de comédia.”
A análise ecoa o sentimento de muitos conservadores de que o programa de Colbert deixou de ser entretenimento para se tornar um “palanque” político, o que teria levado à queda de audiência e, consequentemente, à sua inviabilidade financeira. A CBS alegou que o cancelamento foi uma “decisão puramente financeira”, já que o programa gerava prejuízos de até US$ 50 milhões por ano.
Acusações de “contribuição de campanha ilegal”
O viés, segundo o estudo, não se limita a Colbert. Coletivamente, os principais talk shows noturnos dos EUA apresentaram 511 convidados de esquerda contra apenas 14 de direita desde 2022.
A revelação levou Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, a pedir investigações da Comissão Eleitoral Federal e do Departamento de Justiça. Ele argumenta que, ao manter no ar programas que dão prejuízo mas que promovem uma agenda política específica, as emissoras estariam fazendo uma “contribuição de campanha em espécie” ilegal para o Partido Democrata.