Medalhas de Paris 2024 enfrentam deterioração precoce e atletas buscam substituições
Após os Jogos Olímpicos de Paris 2024, um problema inesperado surgiu: várias medalhas olímpicas começaram a deteriorar-se em um curto período de tempo, gerando desconforto entre os atletas. Entre os casos mais notáveis, o skatista Nyjah Huston, da equipe dos Estados Unidos, postou em suas redes sociais sobre a condição de sua medalha de bronze, descrevendo-a como parecendo “ter ido para a guerra e voltado”. O atleta observou ainda que a parte frontal da medalha estava começando a lascar.
Outros atletas também expressaram preocupação com a aparência de suas medalhas. O jogador de badminton dinamarquês Viktor Axelsen comparou sua medalha de ouro em Paris com a conquistada em Tóquio 2020, destacando que a medalha de Paris parecia significativamente menos brilhante. Esses relatos começaram a gerar discussões sobre a qualidade das medalhas fabricadas para os Jogos Olímpicos.
A razão por trás da deterioração das medalhas
O problema com as medalhas olímpicas foi atribuído a uma mudança nos processos de fabricação pela Monnaie de Paris, responsável pela produção das premiações. A introdução de um novo verniz, após a proibição de um químico tóxico, resultou em um acabamento que não resistiu bem ao uso. Os atletas, especialmente aqueles com medalhas em contato frequente com a pele, notaram que suas medalhas estavam se deteriorando mais rápido do que o esperado.
A Monnaie de Paris, reconhecendo a situação, afirmou que desde agosto iniciou a troca das medalhas danificadas e ajustou o processo de fabricação para tornar o produto final mais resistente. A substituição das medalhas, com gravação idêntica às originais, foi prometida para o primeiro trimestre de 2025, garantindo que todos os atletas que desejam substituições possam recebê-las.
Reações de atletas e ajustes na produção
Alguns atletas, como o nadador francês Clément Secchi e o ginasta Yohann Ndoye-Brouard, compartilharam imagens de suas medalhas que pareciam estar significativamente danificadas. Secchi descreveu sua medalha de ouro como tendo a aparência de “pele de crocodilo”, enquanto Ndoye-Brouard postou uma foto de sua medalha de bronze deteriorada.
A ginasta brasileira Rebeca Andrade também se mostrou desapontada com a condição das medalhas, mencionando que não poderia usá-las juntas devido aos arranhões e danos causados pelo desgaste. Ela expressou tristeza por ver que o desgaste de suas medalhas afetava a percepção do valor conquistado.
Compromisso com a substituição e melhorias na produção
Em resposta às reclamações dos atletas, o Comitê Olímpico Internacional (COI) assegurou que todas as medalhas danificadas seriam substituídas. A Monnaie de Paris, em colaboração com os organizadores de Paris 2024, garantiu que os novos modelos de medalhas seriam mais resistentes ao desgaste, com ajustes no verniz e no processo de fabricação.
De acordo com a Monnaie de Paris, cerca de 5.084 medalhas foram produzidas para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024. A instituição afirmou que a situação foi tratada com seriedade e que a substituição das medalhas danificadas já está em andamento.