A atriz e apresentadora Mariana Rios voltou a compartilhar com seus seguidores um pouco mais de sua jornada íntima e, por vezes, dolorosa, na busca pelo sonho de se tornar mãe. Em um novo vídeo publicado no domingo (1/6), a artista, que se descreve como “tentante”, abriu o coração ao recordar o aborto espontâneo que sofreu anos atrás. Ela destacou a importância de uma rede de apoio em momentos tão delicados e criticou a forma como o luto gestacional é, muitas vezes, minimizado pela sociedade.
“Eu fiz tudo direitinho”: A dor da perda e a busca por aceitação
Com a voz embargada, Mariana Rios relembrou os sentimentos que a invadiram após a perda gestacional. “Quando eu perdi, eu só pensava assim: ‘Gente… eu fiz tudo direitinho'”, compartilhou, expressando a sensação de impotência e a busca por explicações que muitas mulheres vivenciam em situações semelhantes. Ela enfatizou a necessidade de processar essa dor e honrar a breve existência do filho: “Então, realmente, eu precisei receber, dar esse amor para esse ser que teve o tempo dele aqui e eu tive o meu tempo com ele, de amor, de entrega, e é isso”.
Essa não é a primeira vez que Mariana fala sobre o aborto espontâneo que sofreu em 2020. Após a perda, ela descobriu ter uma condição autoimune (trombofilia) que pode ter contribuído para o ocorrido. Recentemente, a artista também revelou que ela e seu namorado, o empresário Juca Diniz, possuem uma rara incompatibilidade genética que torna a concepção, mesmo por fertilização in vitro (FIV), um desafio ainda maior, com chances de “uma em um milhão”.
“Acontece com todo mundo”: A crítica à banalização do luto gestacional
Um dos pontos mais sensíveis do desabafo de Mariana Rios foi a crítica à forma como a sociedade, por vezes, lida com a dor da perda gestacional. Ela relatou ter ouvido comentários insensíveis que buscavam minimizar seu sofrimento. “Quantas vezes, quando fui contar do aborto, ouvi: ‘Ah, acontece com todo mundo’”, disse a atriz, com um tom de frustração.
Para ela, esse tipo de comentário, embora talvez bem-intencionado, invalida a dor individual e demonstra falta de empatia. “A pessoa que fala isso, ela não passou. Não passou”, afirmou Mariana, ressaltando que cada experiência de perda é única e merece ser respeitada em sua intensidade.
A força da comunidade e o alinhamento com o propósito
Diante da dificuldade em encontrar compreensão em todos os círculos, Mariana Rios destacou a importância de buscar apoio em comunidades de pessoas que vivenciaram dores semelhantes. “Ali dentro da comunidade, você conversa com pessoas que vivenciaram essa dor. Que vão entender”, explicou. A atriz, inclusive, criou uma plataforma chamada “Basta Sentir Maternidade”, onde compartilha suas experiências e busca oferecer acolhimento a outras mulheres “tentantes” ou que passaram por perdas gestacionais.
Para ela, estar alinhada com seu propósito de vida é fundamental nesse processo. “E acho que o principal de tudo é estar alinhado ao seu propósito. Quando isso acontece, você faz por você e também pelo outro”, concluiu, sugerindo que sua abertura em compartilhar sua jornada também visa ajudar outras mulheres a se sentirem menos sozinhas em suas lutas.